domingo, 29 de abril de 2012

SISTEMA RESPIRATÓRIO


O sistema respiratório possui função de realizar as trocas gasosas entre o ambiente interno de um organismo com seu meio externo, é muito importante para a liberação de dióxido de carbono do organismo retendo então o oxigênio necessário para o metabolismo celular. Tem função de olfação em várias espécies, e produção de sons com utilização de pregas vocais que vibram com a passagem do ar.


HORST E. K; HANS. G. L. Anatomia dos animais domésticos. Texto e atlas colorido,- 4ª edição, Editora Artmed, 2011







Algumas estruturas são responsáveis pela condução do ar sendo eles o nariz, a cavidade nasal (composta de outras estruturas como as conchas nasais, seios paranasais e coanas, e mucosa olfatória) faringe, laringe, traquéia, brônquios e bronquíolos. Seguindo esse trajeto temos outros órgãos que são responsáveis pela troca gasosa, esses órgãos é que definitivamente irão retirar através de células especializadas o gás carbônico do sangue e colocar o oxigênio, essas estruturas são os Bronquíolos, Ductos alveolares, Sáculos alveolares, e Alvéolos pulmonares. 


O trato respiratório é dividido em Superior ou Vias aéreas superiores, que são compreendidos pelo Nariz, Cavidade Nasal, Faringe, Laringe e parte superior da traquéia, do ponto de vista clínico a Cavidade oral também faz parte das vias aéreas superiores, porém ela está relativamente ligada ao Sistema digestor e não de respiração, porém existe uma ligação entre essas duas cavidades que pode ser utilizada como trajeto respiratório. O trato respiratório inferior ou Vias aéreas inferiores é composta pelas estruturas como a Laringe, Traquéia, Brônquios, Bronquíolos e Pulmões.


Os ossos que formam o nariz dorsalmente são os ossos nasais, lateralmente pela maxila, ventralmente pelos processos palatinos da maxila e incisivo, osso incisivo e osso palatino. E caudalmente pela lâmina crivosa do etmóide.


O nariz é dividido em dois planos dependendo da espécie animal, por exemplo, os bovinos, o Plano Nasolabial é identificado por não haver uma diferenciação entre narina e lábio, não tem como observar onde começa o nariz e onde começa o lábio, pois o tipo de epitélio não se diferencia ao longo dessa região, esse local geralmente contêm pigmentação, porém, não apresenta pêlos na região e é possível enxergar algumas depressões na narina, apresenta também glândulas serosas que vão fazer a lubrificação desta região. O Plano Labial tem a possibilidade de identificar onde inicia a narina e o lábio, pois o epitélio é diferenciado entre um e outro, apresentando um Sulco Labial entre ambos, é a região do rostro, podem apresentar pêlos ou não na região labial e ausência na região da narina, exemplo de cães, gatos, ovinos e caprinos.


O Suíno apresenta um Plano Rostral, uma fina camada de pêlos apoiada nesse plano sob um osso, o osso Rostral característico dessa espécie.


Cavidade Nasal possui estruturas internas que vão dar o formato ao vestíbulo nasal que irá manter a abertura dessa cavidade e ainda proporcionar ao animal a olfação. As cartilagens Nasais laterais irá manter a arquitetura dessa cavidade, as conchas nasais superior média e inferior, são lâminas ósseas e possuem perfurações e fazem a condução dos meatos (espaços) até as Coanas (parte caudal da cavidade nasal próximo a nasofaringe) essas cartilagens tem algumas diferenças no eqüino em que sua cartilagem lateral não estão unidas, e existe uma cartilagem alar que é em forma de vírgula e a parede lateral nasal é sustentada basicamente por cartilagem o que permite aquela abertura das narinas do eqüino.

HORST E. K; HANS. G. L. Anatomia dos animais domésticos. Texto e atlas colorido,- 4ª edição, Editora Artmed, 2011

A espécie Canina é uma espécie denominada de Macrosmática, isso deve-se a área de abrangência das mucosas nasais e das mucosas olfatórias, por ser maior que nas demais espécies conseqüentemente ele tem um estímulo olfatório maior devido a maior quantidade de células olfatórias na região.

As conchas nasais são lâminas ósseas dispostas em formatos espiralados, que possuem perfurações em seu corpo, elas estão dispostas nas parte superior, média e ventral das narinas, e servem para conduzir o ar até a nasofaringe, e nelas estão espalhadas as mucosas nasais que vão ajudar na filtragem do ar, aquecimento e ainda umidificação deste.


Seios Paranasais

Os Seios paranasais são cavidades nos ossos cranianos, grosso modo, esses seios servem basicamente para diminuir o peso da calota craniana, aumenta o tamanho do crânio para a inserção dos músculos e ligamentos, serve como isolante térmico, seu interior é recoberto por mucosa respiratória. Os seios paranasais são: Seio frontal, Seio maxilar, Seio palatino, Seio esfenoidal e Seio lacrimal (presente apenas em ruminantes e suínos).


HORST E. K; HANS. G. L. Anatomia dos animais domésticos. Texto e atlas colorido,- 4ª edição, Editora Artmed, 2011


No eqüino o seio maxilar ele é dividido por um septo ósseo em seio maxilar rostral e caudal, esse seio é atravessado pelo canal infra-orbitário e assim dividido em recesso lateral e medial, suas bases apresenta apenas uma fina camada óssea que tem podem ser observadas as raízes dos molares, sendo possível o tratamento dentário através do seio maxilar através de um procedimento chamado Trepanação. O seio frontal comunica-se com o seio conchofrontal tendo ampla comunicação com o seio maxilar caudal. Os eqüinos não possuem o seio lacrimal nem seio palatino.


Nos cães e gatos não existem seio maxilar nem seio lacrimal, apresenta apenas um recesso maxilar, neste recesso se localiza a glândula nasal lateral que umidifica o nariz.


Nos ruminantes o seio frontal é bastante extenso chegando até o processo cornual do osso frontal, o seio maxilar tem comunicação com o meato nasal médio por uma abertura comum com o seio palatino. Em pequenos ruminantes (ovelhas, cabras) o seio esfenoidal é ausente. Cerca de 50% dos ruminantes podem apresentar seio lacrimal. Os suínos apresentam o seio frontal bastante extenso e apresenta o seio maxilar e lacrimal.

 Ruminantes Presente 

Seio Frontal, Seio Maxilar, Seio Palatino, Seio Esfenoidal, Seio Lacrimal 

50% podem não apresentar o Seio Lacrimal, 

Seio Esfenoidal ( ausente pequenos ruminantes) 


Carnívoros 

Apresenta um recesso Maxilar, Seio Frontal, Seio Esfenoidal, Seio Palatino 

Seio Maxilar, Seio Lacrimal 


Eqüinos 

Seio Frontal, Seio Maxilar, Seio Esfenoidal, 

Seio Lacrimal, Seio Palatino 

Suínos 

Seio Frontal, Seio Maxilar, Seio Palatino, Seio Esfenoidal, Seio Lacrimal 

 
Laringe:

A laringe é um órgão tubular, que situa-se medianamente e está entre a faringe e a traquéia fazendo comunicação com esta, possui ligamentos e músculos que fazem a articulação dessas cartilagens. É incompletamente fechada cranialmente à faringe pela epiglote no ato da deglutição e caudalmente ela continua através dos anéis cartilagíneos da traquéia. Na Laringe estão algumas estruturas importantes como as cartilagens laríngeas, que vão fazer a divisão da passagem do ar vindo das vias aéreas para a traquéia e conseqüentemente para o pulmão e do bolo alimentar vindo da cavidade oral ao esôfago para o estômago. A Laringe possui um epitélio pavimentoso estratificado que continua com a mucosa traqueal e ainda possuem um estreitamento em sua cavidade que se localiza as pregas vocais que pela passagem do ar produz sons característicos de cada espécie.

As cartilagens da laringe irão formar o esqueleto da mesma, essas cartilagens são em números pares e ímpares. 

A Epiglote é uma cartilagem que possui função de fazer o direcionamento do ar para a traquéia, e do alimento para o esôfago, é uma cartilagem elástica com um formato de folha, possui uma base ou pecíolo que se prende na porção mediana da tireóide, em cães, gatos e cavalos ela possui um formato pontiagudo e suínos e ruminantes tem sua porção apical arredondada e lateralmente ao pecíolo na base encontra-se o processo cuneiforme.

HORST E. K; HANS. G. L. Anatomia dos animais domésticos. Texto e atlas colorido,- 4ª edição, Editora Artmed, 2011


A cartilagem Tireóide é ímpar, possui um formato de escudo e suas lâminas são fundidas ventralmente, essa cartilagem aloja a epiglote e as cartilagens Aritenóides, possui duas incisuras uma rostral e uma caudal. Nos ruminantes a incisura caudal é ausente e possui uma saliência arredondada chamada de proeminência laríngea.

Cartilagens Aritenóides

É um par de cartilagens que estão alojadas dentro da cartilagem tireóide, possui um formato triangular e articula-se com a lâmina da cricóide sua face medial é coberta pela mucosa da cavidade laríngea, em seu ângulo dorsal apresenta um processo corniculado, na base das aritenóides encontram-se algumas saliências que são as pregas vocais e pregas vestibular, que vibram com a passagem do ar e produz o som. Em sua parte lateral possui o processo muscular para a inserção do músculo crico-aritenóide.

Cartilagens da Cricóide

É mais caudal possui um formato de circulo-anel e está em articulação com a traquéa, os ligamentos crico-tireóide e crico-traqueal que permite a movimentação do pescoço.

HORST E. K; HANS. G. L. Anatomia dos animais domésticos. Texto e atlas colorido,- 4ª edição, Editora Artmed, 2011


Músculos da Laringe

Os músculos da laringe são: Músculo crico-tireóideo, esse músculo traciona as pregas vocais tornando-as tensas e aproxima a cartilagem da cricóide até a tireóide. O músculo crico-aritenóideo dorsal, faz a rotação da aritenóide dilatando a abertura da epiglote, o músculo crico-aritenóideo lateral aproxima os processos vocais aritenóides e auxilia no estreitamento da glote. O músculo aritenóideo-transverso aproxima as aritenóides do plano transverso. Músculo hioepiglótico traciona a epiglote em direção à língua e músculo tirio-aritenóideo faz o relaxamento das pregas vocais.

HORST E. K; HANS. G. L. Anatomia dos animais domésticos. Texto e atlas colorido,- 4ª edição, Editora Artmed, 2011





Traquéia

A traquéia é um tubo formado por anéis de cartilagem hialina, tem seu inicio na faringe e se bifurca nos brônquios direito e esquerdo, acima desta bifurcação, em bovinos e Suínos existe um brônquio a mais chamado de Brônquio traqueal que se localiza o Lobo Cranial Direito; sua porção final é de fibras elásticas que confere ao tubo uma relativa mobilidade, internamente ela é revestida por uma mucosa respiratória e externamente por uma camada de tecido conjuntivo frouxo denominado de Túnica Adventícia. Seus anéis são abertos dorsalmente e unidos pelo ligamento anular traqueal. No cão o anel traqueal é pressionado dorsoventralmente e o músculo anular traqueal é externo a cartilagem. Nos suínos, bovinos e eqüinos o músculo anular traqueal e internamente a cartilagem.

HORST E. K; HANS. G. L. Anatomia dos animais domésticos. Texto e atlas colorido,- 4ª edição, Editora Artmed, 2011


Há diferenciações do formato do anel cartilaginoso entre as espécies, onde nos suínos a extremidade do anel sobrepassa sobre si, no bovino o anel possui um formato de gota, e no eqüino as extremidades do anel não se encostam uma na outra assim como no cão.

Pulmões


Os pulmões são órgãos parenquimatoso, ou seja, ele não é oco, não possui lúmen, é um órgão elástico e esponjoso, ele está revestido por um sáculo denominado de Pleura Pulmonar Visceral tem um íntimo contato com o pulmão, entre os lobos encontra-se a Pleura Parietal, essa pleura recobre todo o tórax e entre elas existe um espaço virtual que contêm Líquido Pleural que é um fluído seroso e viscoso armazenado que mantém a lubrificação desse órgão evitando o atrito entre pulmão e parede torácica. Na região mediastino, encontra-se o Timo uma glândula que produz anti-corpos quando os animais são jovens, a medida que o animal cresce essa glândula tende a desaparecer, caso isso não ocorra essa glândula, se transforma num Timoma uma espécie de tumor cancerígeno.

A cor dos pulmões variam de acordo com a sua vascularização que vai desde o rosa intenso, ao rosa pálido, até o alaranjado em espécies domésticas, possuem três faces, a Face Costal, Face Mediastinal e Face Diafragmática. A Face Costal encaixada na face costal do tórax, face mediastino voltada ao mediastino e diafragmática justaposta ao diafragma. A margem dorsal do pulmão é romba, ou seja, meio arredondada, a margem ventral é mais aguda. Cranialmente o ápice pulmonar alcança a Cúpula Pleural através da abertura torácica cranial.

Em algumas espécies a região mediastino pode apresentar uma separação dos pulmões, sendo independentes um do outro, caso o animal sofra algum acidente que perfure o diafragama o animal não pára de respirar por completo, é como se ele utilizasse apenas um dos lobos do pulmão, o cão e o gato não possui essa separação.


Hilos Pulmonares

São locais onde ocorrem a inserção dos Brônquios principais, artérias pulmonares, veias pulmonares, artérias e veias bronquiais e vasos linfáticos. Existe uma diferença entre o pulmão esquerdo e direito dos animais onde a fissura cardíaca do pulmão esquerdo é mais profunda que do pulmão direito. 

Os Lobos Pulmonares se diferem em cada espécie, os cães e gatos possuem o pulmão esquerdo dividido em dois lobos: cranial e Caudal, o lobo Cranial ainda é dividido em porção cranial e porção caudal, o pulmão direito é dividido em Lobo cranial Lobo médio, lobo caudal, e lobo acessório.

HORST E. K; HANS. G. L. Anatomia dos animais domésticos. Texto e atlas colorido,- 4ª edição, Editora Artmed, 2011








Os suínos possuem o pulmão esquerdo dividido em lobo Cranial, porção cranial e Caudal e lobo Caudal e o pulmão direito é dividido em lobo cranial, lobo médio Caudal e acessório.

HORST E. K; HANS. G. L. Anatomia dos animais domésticos. Texto e atlas colorido,- 4ª edição, Editora Artmed, 2011


Os bovinos possuem todas as divisões pulmonares. Pulmão esquerdo, lobo cranial, porção cranial e caudal, lobo Caudal. Pulmão direito, dividido em lobo cranial, porção cranial e caudal, lobo médio, lobo acessório e lobo caudal.

HORST E. K; HANS. G. L. Anatomia dos animais domésticos. Texto e atlas colorido,- 4ª edição, Editora Artmed, 2011


Os eqüinos possuem o pulmão direito esquerdo dividido em lobo cranial e lobo caudal. Pulmão direito dividido em lobo cranial, lobo acessório e lobo caudal.

HORST E. K; HANS. G. L. Anatomia dos animais domésticos. Texto e atlas colorido,- 4ª edição, Editora Artmed, 2011





Os Alvéolos Pulmonares são formados por células que possuem uma fina lâmina basal, essas estruturas são responsáveis pela troca gasosa do organismo com o ambiente, possui nessa região uma intensa rede de capilares a superfície de contato entre capilar e alvéolos ocorre na união entre a lâmina basal dessas células.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

FISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO - NEURÔNIO

Neurônio.
            O neurônio é a unidade funcional do sistema nervoso, ele é responsável pela recepção e envio de estímulos nervosos aos demais órgãos de um organismo. Seu corpo celular contém praticamente as mesmas estruturas de outras células, suas organelas desempenham papéis importantes para a atividade celular acontecer normalmente. Algumas estruturas do neurônio como num todo, tem funções específicas que o caracteriza como uma célula nervosa. Possui um formato triangular, seu núcleo é central com nucléolo bastante proeminente, os dendritos e os axônios são prolongamentos citoplasmáticos com função de encaminhar impulsos nervosos, servindo como ponte de ligação entre células adjacentes, os dendritos recebem o impulso e o axônio o transmite através dos terminais pré-sinápticos, nessa estrutura acontece uma troca química entre o axônio e o dendrito de um célula adjacente. O sistema nervoso não é composto somente de células neuronais, encontram-se células de extrema importância que auxiliam no desempenho da função do neurônio que são as células da Glia, que estão intimamente ligadas ao funcionamento do Sistema Nervoso.
Neurônio


O neurônio possui função de integrar impulsos freqüentemente opostos no corpo celular, porém para que isso aconteça de forma eficaz sem perder o estímulo e intensidade, ele está envolto por uma camada glicolipídica, chamada de bainha de mielina, essa camada é essencial para manter os impulsos nervosos, que são impulsos elétricos, nos limites do corpo do neurônio e não se perder ao longo do seu trajeto.
Os oligodendrócitos são células responsáveis pela produção dessa capa que envolve principalmente os axônios e os dendritos, eles estão ao longo de toda a célula neuronal apenas no Sistema Nervoso Central, no Sistema Nervoso Periférico, encontra-se mielinizando as células nervosas as células de Shuwann. A principal diferença entre essas duas células é que um oligodendrócito tem a capacidade de mielinizar vários axônios dos neurônios e as Células de Shuwam mieliniza apenas o axônio de um neurônio. Outra célula que é de extrema importância no SNC são os astrócitos, essas células parecem realmente com um astro e tem a função de manter a citoarquitetura do cérebro, mantendo os neurônios afastados uns dos outros para que não haja um contato íntimo entre si, sempre entre um neurônio e outro encontra-se astrócitos que mantêm essa estrutura organizada.

Astrócitos e Oligodendrócitos

Esquema da bainha de mielina nos axônios


Uma estrutura de fundamental importância na fisiologia do sistema nervoso, são os nodos de Ranvier, essas estruturas estão no axônio e podem ser percebidas como um espaço entre uma bainha de mielina e outra, esses espaços como se fossem um “nó” funciona como potencializadores de impulsos , onde ao passar impulso por essa região ele é enviado com mais velocidade ao longo do axônio.

Esquema animado da função do Nodo de Ranvier

Potencial de Repouso da Membrana
O potencial de repouso de membrana é uma carga elétrica que pode ser medida através da membrana celular externa, esse potencial elétrico pode ser alterado em conseqüência das transmissões sinápticas, a neurotransmissão acontece pela sintetização de macromoléculas pelo corpo celular e são e transportadas para os terminais pré-sinápticos.
O Potencial de Repouso da Membrana é caracterizado quando a membrana da célula nervosa está interiormente negativa e exteriormente positiva, diz-se então que a célula está eletricamente estabilizada ou em Potencial de Repouso, porém quando esse potencial de repouso da membrana é alterado, ele muda de interior negativo para positivo e vice-versa, esse mudança de polaridade da membrana passa a se chamar então de Potencial de Ação, esse potencial se propaga ao longo dos dendritos do corpo e do axônio da célula nervosa até os terminais pré-sinápticos chegando numa célula adjacente.
Esquema da despolarização ao longo do axônio

Os principais fatores que desencadeiam esse potencial de Ação é a bomba de sódio e potássio. A rápida despolarização no Potencial de Repouso da membrana, torna o interior da membrana que era negativo em positivo, e o exterior que era positivo em negativo. Essa troca de polaridade faz com que se abram os canais de sódio, saindo íons de sódio de dentro da célula, ficando então no interior mais íons de Potássio que íons de Sódio. Quando a membrana repolariza voltando a ter seu exterior positivo e em seu interior negativo, se fecha os canais de sódio e fechando esses canais, se abre os canais de potássio, ou seja, fica no interior da célula mais íons de sódio e menos íons de potássio. Esse movimento de polarização e despolarização da membrana é que desencadeia o processo Potencial de Repouso e Potencial de Ação gerando então o que chamamos de impulsos nervosos. Esses impulsos vão se propagando ao longo dos axônios e dendritos até as células adjacentes e até chegar no tecido ou órgão que precisa receber o estímulo.

Bomba de Sódio e Potássio


Todo esse processo necessita de elementos essenciais para o pleno funcionamento dos neurônios, desde a presença de oxigênio e glicose que são importantíssimos para desencadear as reações bioquímicas, até a camada glicolipídica, bainha de mielina, que mantêm e direciona pelo trajeto certo os impulsos gerados no corpo do neurônio.