segunda-feira, 2 de novembro de 2015

DEFORMIDADES ANGULARES DOS MEMBROS DOS POTROS

Esse tipo de patologia pode acometer potros e pode ser congênito ou adquirido, uni ou bilateral.
Ocorre por uma sobrecarga sobre os ossos longos dos membros desses animais. Essa sobrecarga provoca uma redução do suprimento sanguíneo local, desta maneira ocorre uma atraso na produção de condrócitos no lado epifisário levando a um retardo na formação óssea no lado metaisário.
Esse tipo de patologia acomete potros de crescimento rápido, musculosos e obesos. 

Sinais clínicos: Ocorre um desvio medial ou lateral das articulações carpianas e tarsianas.



O diagnóstico está baseado nos sinais clínicos apresentado pelo animal e raios X nas posições Antero-posterior.

tratamento: são obtidos resultados com o tratamento de animais até o terceiro mês com a imobilização de todo o membro utilizando talas e gesso. Promove-se a restrição dos movimentos e realiza-se um manejo nutricional adequado. Pode-se ainda realizar a aplicação de grampos ortopédicos e dupla compressão com parafusos e arames ortopédicos.

domingo, 1 de novembro de 2015

AZOTÚRIA OU MIOGLOBINÚRIA PARALÍTICA EM EQUINOS

Acomete equinos submetidos a exercícios intensos após longo período de inatividade que são alimentados com dietas ricas em carboidratos e proteínas.

Patogenia: Ocorre por conta do excesso de ácido lático produzido pela queima do glicogênio. Assim o ácido latico em excesso acumula-se nos tecidos e destrói as células musculares, que por sua vez libera a mioglobina presente dentro das miofibrilas. Essa mioglobina ganha a corrente sanguínea e podem se acumular nos rins provocando lesões renais e o animal pode desencadear uma insuficiência renal aguda (IRA) com consequente azotúria. A unina desse animal apresenta-se com coloração escura que pode variar do marrom ao vinho e ir clareando conforme a diminuição das lesões.

Os sinais clínicos são fadiga musculares, incoordenação motora, tremores musculares, dor, sudorese, aumento na Frequência cardíaca, respiratória e temperatura. As grandes massas musculares são mais acometidas, como os glúteos, quadríceps, ilepsoas. Essas musculaturas ficam tensas e firmes, edemaciada e dolorida.

Diagnóstico:
Histórico e sinais clínicos, dosagem de AST, LDH e CPK o tratamento consiste no repouso e fluidoterapira com ringer com lactado. duchas e compressas frias, sedativos, vitaminas B1 e vitamina E. Monitoramento do fluxo renal através da coloração e volume.
Antiinflamatórios como a fenilbutazona 4,4mg/kg
Flunixim meglumina 1,1 mg/kg

o animal deitado o prognóstico é reservado a grave!

MIOSITE EQUINA


É um processo inflamatório que acomete os músculos  esqueléticos do cavalo. É causado por um trauma direto ou indireto. os sinais clínicos podem ser, incoordenação motora, leve sensibilidade a palpação, aumento na temperatura local, edema e tensão muscular.

O diagnóstico pode ser através do histórico e dos sinais clínicos, associados a dosagem de AST, CPK e LDH.
Tratamento:
Repouso de pelo menos 3 meses, 
Fenilbutazona 4,4mg/kg IV (sempre com um protetor gástrico).
Vitamina B1 0,5 a 1g/kg
Fluidoterapia com Ringer com lactato ou Solução fisiológica + bicabornato 1 a 3g/litro.

Afecções do sitema Locomotor dos equinos

É necessário levantar o histórico desse animal.
Idade, artrites septicas, osteocondrites e deformidade angulares, são mais observadas em animais jovens, e com doenças degenerativas os animais mais velhos e atletas. 
A raça também é um fator predisponente, como por exemplo, as chamadas "dores de canelas" em equinos das raças quarto de milha e puro sangue inglês. o Quarto de milha também tem grande incidência de doença do osso navicular.

Fraturas de falanges, sesamódes, ossos do carpo, assim como tendinite em cavalos atletas. Fraturas em osso longos em cavalos que vivem em grupos  soltos no pasto.

Problemas nos Posteriores

São acometidos os cavalos de salto e tração, doenças de navicular nos cavalos de laço, apartação, provas de tambores, etc.
Manejo: o tipo de criação e a geografia do local onde esses animais vivem possuem fundamental importância na determinação de muitas doenças que acometem esses animais.  
Determinar a história clínica do animal com referência ao sei passado e presente de maneira detalhada para que o médico veterinário venha se aproximar do diagnóstico correto e instituir a terapia adequada.
É necessário saber que a força da gravidade nos equinos ocorre num determinado ponto atrás da cernelha desse animal, isso chamamos de "força peso do animal".
Quando alguém está montado sobre o equino essa força peso normal é desestabilizada e faz com que o animal force outros membros afim de sustentar esse peso.
Os aprumos corretos desses animais, proporcionam uma melhor distribuição dessa "força peso" nos quatro membros do animal.
A distribuição desse peso chega até a ranilha e se torna eficiente quando essa estrutura apresenta algumas características favoráveis para o amortecimento e dissipação dessa energia. Essa estrutura necessita ser elástica e não ressecada.
INSPEÇÃO DIRETA 

Estando o animal preferencialmente em solo duro e firme, observa-se o animal parado e depois em movimento. É preciso estar atento na presença de aumento de volume, feridas e outras alterações da normalidade física do casco e dos membros como por exemplo, atrofia dos músculos ou deficiência de aprumos.
Estando o animal em movimento, observar a coordenação e a amplitude dos movimentos nas diferentes fases do passo e observar a simetria e a presença de claudicação.

É importante examinar o animal nos diferentes tipos de andamentos, tanto em linha reta quanto à distância, retornando, em movimentos circulares para direita e esquerda. 

Os diferentes graus de claudicação podem ser classificados segundo os Graus de Obel em:

I não evidente ao passo mas perceptível ao trote
II notado ao passo e óbvio no trote
III perceptível no passo e no trote
IV presença de um membro sem apoio

Na palpação observa-se alteração de volume e dor, diferenças na temperatura de em locais distintos. Realiza a digipressão, palpação e flexão forçada e temporária das articulações.

Palpação indireta: avaliação das estruturas dos cascos através da utilização da pinça de casco. Avaliar os pontos de fixação dos cravos caso o animal seja ferrado, assim como todas as estruturas internas e externas do estojo córneo. Exame completo do animal vai constar na avaliação comparativa com o membro contralateral.

Percussão: Realizada com um pequeno martelo ou até mesmo com a pinça de casco e averiguar a presença de sons estranhos.

Inspeção indireta: Como exame complementar a avaliação radiográfica ou ultrassonográfica. É fundamental o diagnostico presuntivo para realizar a solicitação dos exames.

Exames auxiliares: Temos como ferramenta a utilização do bloqueio de anestésico local ou regional. Realiza o bloqueio anestésico desde a porção distal do membro e cada bloqueio promover o trote desse animal. Qaundo o animal trotar sem claudicar significa que o ponto de dor foi encontrado.

Análise do líquido sinovial: Através da colheita desse material é possível distinguir problemas articulares sépticos e formas inespecíficas de doenças articulares. Nas artrites sépticas, os valores de pt aumentam de 3g/dl e o total de leucocitos pode ultrapassar valores de 10000/dl