segunda-feira, 4 de março de 2013

ANATOMIA TOPOGRÁFICA DO PESCOÇO


Pescoço
O pescoço apresenta uma pele relativamente solta, encontra-se duas ou mais pregas de pele longitudinais ventrais principalmente na região da calha da jugular, que em animais magros a jugular externa pode ser facilmente visualizada. O pescoço é dividido em regiões que facilitam a localização anatômica dos órgãos: porção ventral e porção dorsal do pescoço.


Na porção ventral encontra-se todas as estruturas visceromusculares localizadas abaixo da linha formada pela extremidade dos corpos vertebrais. Na porção dorsal, acima da linha formada pela extremidade dos corpos vertebrais encontra-se as estruturas osteomusculares.

Cada região possui uma importância clínica. Na região dorsal cervical podem ser vias de reconhecimento de lesões neuromusculares, assim como a região cervical ventral abriga a porção visceral do pescoço e órgãos importantes como laringe, faringe, traqueia, esôfago, tireoides, paratireoides, os grandes vasos como as jugulares e carótidas, etc. Lesões nessa região podem causar alterações no funcionamento desses órgãos.

Região cervical ventral

        Nessa região encontra-se o espaço visceral do pescoço, pode-se observar a passagem de grande parte das vísceras que compõe o trato digestório, circulatório, respiratório e endócrino.

         Na região ventral apresenta como limites 06 músculos do pescoço que vão desde a primeira a sétima vértebra cervical, (trapézio, romboide, esplênio, braquicefalico na porção cleidocefálico que por sua vez é dividia em cleidooccipital e cleido mastóideo, omotransverso, esternocefalico que é dividido em esternomastoide e esternomandibular e por fim o músculo esternotireoideo) sendo 04 destes facilmente identificados através da palpação cutânea. São possíveis de identificação através da apalpação os músculos braquiocefalicos, esternocefalicos, platisma, trapézio e ainda parte do tecido adiposo, ou seja, todas as estruturas viscerais apresentam-se no terço médio do pescoço em sua porção ventral.

Músculos cervicais e adjacentes do pescoço

            Esôfago

            O esôfago encontra-se numa porção dorsolateral à traqueia, mas essa localização pode variar, geralmente encontra-se dorsal a traqueia e a nível de 3ª vértebra cervical desvia-se lateralmente à esquerda da traqueia a nível de 5ª vértebra cervical e retorna a porção dorsal até o hiato esofágico. Não é possível observar em qual porção de um corte transversal qual nível vertebral se apresenta, a menos que o corte tenha atingido o terço cranial do pescoço para se observar as estruturas laringianas, a partir daí até seu terço distal a única mudança da estrutura está no diâmetro dos órgãos, porém, não é possível identificar a diferença facilmente. (segue a figura abaixo)
Corte Transversal de um pescoço

.
O músculo esternoioideo possui um formato de cordão largo encontrado ventralmente a traqueia que estende-se do manúbrio ate o osso hioide e o músculo esternotireoideo é possui uma forma de correia que corre lateralmente a traqueia.

Em casos clínicos onde é necessário ter acesso direto à traqueia, com o auxilio de uma pinça e uma pequena incisura na região ventral da pele do pescoço, divulsiona-se o espaço entre os músculos e consegue acesso à traqueia sem seccionar o tecido muscular e causar sangramentos.


A região do arco hioideo encontra-se na transição entre cabeça e pescoço especificamente no ponto de flexão da cabeça. Ao ser introduzido uma lâmina nesta região até a articulação atlantoccipital facilmente ocorre a desarticulação desta estrutura.  A ponto de curiosidade os músculos mais superficiais da parede lateral do pescoço estão os músculos omotransverso e escaleno.


Na região cervical ramos de nervos cervicais ventrais surge diretamente da medula espinhal dos animais, esse grande numero de nervos é denominado de placa mioneural, as lesões desta região não causam sequelas graves, visto que é uma porção terminal de nervos. Porém, se a lesão fossena base dos nervos na medula essas sequelas seria observadas.

O tendão clavicular ou intersecção clavicular situada no músculo braquiocefálico é o ponto ímpar de referência na divisão de articulação escapuloumeral. O ponto inicial de formação da calha da jugular se dá na região do esterno pela origem dos músculos braquicefalicos e esternocefalicos que fusionam-se na sua porção cranial, juntos evidenciam o trajeto subcutâneo da veia jugular externa. O garrote é a simples compressão digital da região onde a veia jugular se desemboca na localidade imediatamente ao lado onde ocorre a inserção do músculo esternocefalico. Esse local é denominado de cavidade da jugular ou cavidade jugulocaval.
  
Estruturas viscerais do pescoço

 Essas estruturas encontra-se na porção cranioventral do pescoço, é constituída pelos órgãos como traqueia, esôfago, tireoide, paratireoide, tronco vagossimpatico, carótidas e jugulares.


Esôfago:

É um órgão tubular (20) de musculatura lisa que segue caudal à laringe e dorsal à traqueia, possui um trajeto variável de acordo com a área em que atravessa. Segue dorsal a traqueia ate a 3 vértebra cervical passa lateralmente à esquerda ate a 5 vértebra e posteriormente toma seu trajeto normal ate o hiato esofágico.
Músculos profundo do pescoço.

A importância clinica está na grande possibilidade de obstrução do esôfago na entrada do tórax entre as costelas. Através da palpação esofágica transcutânea, procedimento mais fácil em pequenos animais, mas não impossível em grandes animais devido a possível visualização externa do bolo alimentar em todos os animais. A morte de animais com obstrução esofágica se da por infecções respiratórias devido a entrada de sólidos nas vias respiratórias causando brônquiopneumonia ou ainda a simples compressão da parede do órgão por sólidos pode causar isquemia e ruptura por inflamação e necrose do órgão devido a densa rede vascular e vir a entrar alimentos para a cavidade torácica.

Traqueia

É um órgão cilíndrico e cartilaginoso formado por anéis unidos entre si por uma membrana de tecido epitelial simples (19), está mais superficial que as demais vísceras. Possui um trajeto ventral a base óssea do pescoço (vértebras cervicais) sendo um ponto de referencia básica para localização das vísceras. Essa relação entre a porção visceral se mostra pelo fato das carótidas, esôfago, nervos vagossimpatico e frênico (pela porção esquerda da traqueia), tireoide, jugular interna e alguns linfocentros estarem próximos deste órgão, por este motivo a traqueia é utilizada como ponto de referencia para localização das demais estruturas viscerais desta região.
Em termos de musculatura profunda do pescoço na remoção dos músculos esternocefalicos, braquicefalicos e esternotireoideo resta as musculaturas denominadas de musculatura epaxial cervical. Exemplos são os músculos longuíssimo do pescoço que fazem várias inserções nos processos espinhosos das vértebras. Ainda nessa região do pescoço no seu terço caudal a partir da 3 ou 5 vértebra cervical surge cintas nervosas por conta da intumescência cervical, esses nervos irão fazer a inervação de membros anteriores.

Tireoides

Massa de tecido com uma coloração vermelho-amarronzada envolta por um tecido conjuntivo e apresenta-se diferente nas diversas espécies. Possui em carnívoros lobos alongados e normalmente está posterior ao 3º anel traqueal sendo vascularizada pelas Aa tireoidianas e drena para a veia jugular interna.

Paratireoides

É uma massa de tecido pálido encontrada no polo cranial da tireoide é um tecido ectópico envolto por uma capsula de tecido conjuntivo

Artérias Carótidas

Possui origem no tronco braquiocefálico e segue a direita e a esquerda dorsal à traqueia dividindo-se na altura da articulação atlanto occipital em Carotida interna e externa, a interna passa pelo forame da jugular acessa a base do cérebro (irriga encéfalo) Carótida externa (irriga porções da face). A carotida caminha junto com o nervo vagossimpático e o nervo faríngeo caudal.

Veias Jugulares

As veias jugulares externas recebem confluências vinda das veias linguofacial e maxilar e veias jugulares interna (exceto equinos e caprinos) juntas drenam a musculatura e diversos órgãos e estruturas da cabeça e pescoço. A jugular externa corre no sulco da jugular formado pelos músculos esternocefalico na porção laterodorsal e a porção ventral do músculo braquicefálico a outra lateral, o músculo homohioideo forma o assoalho da calha da jugular. Essa região é utilizada para fins terapêuticos na administração medicamentos e coleta de sangue etc.

Tronco vagossimpático


Saindo do forame da jugular até o nível de segunda vértebra cervical há a origem do nervo vago, este desce seguindo o esôfago e a carótida pelo seu lado esquerdo, esse nervo é importante na inervação de coração, assim como seguindo a traqueia encontra-se o nervo frênico que faz inervação de porção cranial de diafragma. Correm paralelamente jugular a carótida esquerda, nervo vago e nervo frênico, esse plexo é denominado de plexo vago simpático. O nervo vago é um nervo inibidor, ou seja, a lesão nesse nervo causa uma arritmia cardíaca, a simples compressão do olho dos animais com força aumenta os batimentos cardíacos, esse reflexo é denominado de reflexo vago simpático, devido o ponto de chegada do nervo vago e nervo óptico na base do encéfalo.


Faringe


As faringe relaciona-se com os órgãos do espaço maxilo-faríngeo: carótida e jugular internas, glosso-faríngeo, pneumogástrico, espinhal, grande hipoglosso e simpático atrás; - parótida, carótida externa e jugular externa à frente. Abaixo deste plano, as faces laterais da faringe relacionam-se com o pedículo vásculo-nervoso do pescoço, o corpo da tiróideia e os seus pedículos vasculares.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

NERVOS CRANIANOS


Embora não possuam uniformidade relativa de composição e padrão de distribuição encontrados nos nervos espinhais, torna-se possível arranjá-los em três grupos. Aqueles no qual possui função sensitiva como, por exemplo, os nervos olfatórios, da visão e vestibulococlear.
Aqueles que suprem a musculatura da cabeça de função somítica como exemplo os nervos oculomotor, troclear, abducente e hipoglosso. E ainda um terceiro grupo de funções mistas cujos nervos possuem relação com estruturas do arco faríngeo, nervos trigêmeos, facial, glossofaríngeo, vago e acessório.
Nervo Olfatório I
As fibras que compõe este nervo emerge como processo central de células olfatórias na cavidade nasal, não é um nervo único apresenta uma grande quantidade de axônios amielinizados cujos corpos celulares apresentam-se na região de epitélio olfatório. Esses axônios alcançam o bulbo olfatório após atravessar de forma separada a lâmina crivosa do etmoide onde na região de bulbo ocorrem as sinapses. O curto trajeto desses axônios e a localização protegem essas estruturas contra lesões casuais, exceto em casos de doenças infecciosas ou neoplásicas. As infecções ocorridas na cavidade craniana advinda desse nervo consistem em penetrar por uma bainha meníngea que envolve o axônio o que possibilita a disseminação de doença para o SNC por esta via.
Nervo Óptico II
Não é um nervo periférico verdadeiro e sim uma extensão do encéfalo, as fibras do nervo óptico se originam a partir da retina cuja origem embriológica é a mesma do diencéfalo. A parte intracraniana do encéfalo origina-se a partir do quiasma óptico onde parte das fibras decussam-se (cruza a linha mediana em forma de X) para o lado contralateral no quiasma óptico. Essas fibras formam tratos na base do encéfalo. As fibras ópticas fazem sinapses com fibras que se projetam para o córtex cerebral visual no lobo occipital.
Nervo Oculomotor III
Compõe-se de fibras eferentes somáticas do núcleo principal (motor) e neurônios eferentes viscerais do núcleo parassimpático, ambos os tipos apresentam-se no Mesencéfalo ou encéfalo médio. Possui origem na região superficial da face ventral do mesencéfalo próximo a linha média em série com outros nervos cranianos de composição predominantemente eferente somática e com as raízes ventrais dos nervos espinhais. Relaciona-se com o nervo troclear e nervos abducente e oftálmico e ainda com o seio cavernoso. Dentro do forame orbitário divide-se suprindo os músculos reto dorsal, ventral médio e oblíquo ventral e o levantador da pálpebra superior. As fibras pré-ganglionares parassimpáticas possuem um pequeno gânglio ciliar colocado sobre um dos músculos que oferece raízes para os músculos intraocular e constritor da pupila.
http://anatomiadosanimais.blogspot.com.br/


Nervo Troclear IV
É um pequeno nervo motor que inerva o músculo oblíquo dorsal surge dos núcleos trocleares no encéfalo médio (mesencéfalo) da origem a um feixe de poucas fibras que decussa antes de emergir do véu medular rostral. Penetra na dura-máter na altura da prega ventral do tentório cerebelar e passa rostralmente lateral ao nervo maxilar. Deixa a cavidade craniana através do forame redondo, exceto nos equinos que há uma abertura separada.
Nervo Trigêmio V
            É um nervo complexo do tipo misto, emerge do aspecto lateral da raiz motora é o maior trato nervoso sensor da cabeça, compõe-se de fibras sensoriais da pele e tecidos mais profundos da cabeça e fibras motoras para, por exemplo, a musculatura da mastigação, músculo milo-hióideo, parte do véu do palatino e o músculo tensor do tímpano. O nervo periférico é formado pela fusão das fibras sensoriais e motoras que se ligam a face ventral da ponte. A maior raiz conduz o compacto gânglio trigêmeo e logo após divide-se em três ramos primários que confere o nome ao nervo. Cada uma dos três ramos primários é limitada a diferentes processos embrionários.
O núcleo motor do nervo trigêmeo encontra-se no metencéfalo. As fibras sensoriais emergem dos neurônios pseudounipolares do gânglio trigemial e passam para os núcleos sensoriais do trigêmeo no mesencéfalo na ponte e na coluna. Quando ele deixa o gânglio trigeminal divide-se em três ramos principais.
Nervo oftálmico, que da origem a ramos de nervos lacrimal, frontal e nasociliar que irão inervar estruturas como glândulas lacrimais , músculos ciliares, córnea, mucosa olfatória, pele, conjuntiva da pálpebra superior, canto nasal, testa etc.
Nervo maxilar é mais forte que o nervo oftálmico é sensorial para a pálpebra inferior, mucosa nasal, dentes superiores, lábio superior e nariz, os ramos distais compreendem fibras pós-ganglionares que abastecem glândulas lacrimais, nasal e palatina, antes de deixar a cavidade cranial destaca-se o ramo meningeo para as partes basais da dura-máter. Relaciona-se intimamente com o gânglio pterigoideo palatino parassimpático e divide-se em:
Nervo zigomatico que inerva pele da região temporal e frontal juntamente com os nervos lacrimal frontal e auriculopalpebral. Não existe no gato.
Nervo mandibular tão forte quanto o nervo maxilar, porém ao contrário dos outros ramos do nervo trigêmeo é tanto sensorial quanto motor, fornece inervação motora para os músculos voltados para preensão e mastigação e ainda propicia inervação para a cavidade bucal, dentes, língua e mandíbula conferindo sensibilidade a estas estruturas. Divide-se em diversos ramos como nervo mastigador, massetérico, temporais, pterigoideos medial e lateral, bucal, auriculotemporal, alveolar inferior e nervo da língua.
Nervos abducente VI
As fibras desse nervo surgem da porção caudal do tronco encefálico, e como se trata de fibras eferentes, encontra-se próximo a linha média (mesencéfalo) e inerva músculo reto do bulbo, lateral e quarto lateral do músculo retrator do bulbo do olho, suas fibras origina-se no núcleo motor desse nervo nas partes dorsais da ponte, onde as fibras do nervo facial traçam um arco ao seu redor. Deixa a cavidade craniana juntamente com os nervos maxilar oculomotor e troclear através da fissura orbital.
Nervo Facial VII
Conhecido como nervo intermédio facial, essa denominação consiste na sua natureza composta. O componente intermediário é um nervo visceral sensorial com funções inclusive gustativa e motora (parassimpática) o componente facial é o nervo do segundo arco faríngeo cuja distribuição segue principalmente a musculatura mimética. Os nervos faciais e vestibulococleares emergem juntos na extremidade lateral do corpo trapezoide e correm dentro de revestimentos meningeos para o meato acústico interno. Os ramos emitidos ao longo do osso representa o componente intermediário e os ramos emitidos após deixarem o osso representa o componente facial. Do nervo facial originam-se vários ramos como o nervo petroso maior, composto principalmente de fibras parassimpáticas que formam sinapses no gânglio pterigopalatino. As fibras pós ganglionares inervam glândulas lacrimal nasais e palatinas. Nervo estapedio inerva músculo que tenciona a corda do tímpano. Há uma infinidade de nervos que irão inervar as diversas estruturas da cabeça, como nervo auriculopalpebral, que emite ramos que se unem com o trigêmeo e forma um plexo auricular dorsal etc.
Nervo Vestibulococlear VIII
Fornece apenas inervação sensorial; divide-se em meato acústico interno em suas partes vestibular e coclear, a parte vestibular está referente ao equilíbrio do indivíduo e o nervo coclear esta ligado com a audição. Seguem caminhos separados ate a parte petrosa do osso temporal para o componente vestibular e coclear do labirinto membranoso da orelha interna.
Nervo Glossofaríngeo IX
É um nervo misto tanto sensorial quanto motor, suas fibras surgem na porção rostral ou ventrolateral da medula oblonga, a partir das radículas rostrais que também da origem ao nervo vago e parte medular do nervo acessório. Combina-se com fibras relacionadas com estruturas do terceiro arco branquial com componentes eferentes (parassimpático) e aferentes viscerais importantes. É motor para estruturas musculares palatofaríngea e determinadas glândulas salivares e sensorial para mucosas para raiz da língua do palato e da faringe. Esse nervo segue para o forame da jugular e apresenta um gânglio que emitem ramos como o nervo timpânico onde participa com os nervos caroticos internos (simpático) e facial para qual o nervo segue para um gânglio óptico suprindo a glândula parótida. Destaca-se o ramo do seio carotico que terminam em barorreceptores no seio carótico e em quimioreceptores do corpo carotico. O nervo Glossofaríngeo possui ainda ramos faríngeos que compreende ramos para o músculo estilofaringeo caudal e ramo lingual que entra na língua paralelo a artéria lingual aos ramos dos nervos mandibular e hipoglosso. É sensorial para a mucosa da língua e motor para o músculo levantador do véu do palatino e glândulas do palato mole.
Nervo Vago X
É o nervo do quarto arco braquial contem fibras parassimpáticas que inervam vísceras cervicais torácicas e abdominais. O segundo componente confere distribuição mais ampla em todos os nervos cranianos. Forma parte de feixes que passam pelo forame jugular, possui dois pequenos gânglios que ficam dentro do forame e imediatamente externo a este e tem intima relação com o glossofaríngeo e acessório. O nervo glossofaríngeo volta-se rostralmente e o vago continua com o acessório e relaciona-se com o gânglio cervical superficial. Continua-se abaixo do músculo longo do pescoço em íntimo contato com o tronco simpático o qual se liga com uma bainha fascial comum na margem dorsal da artéria carótida comum e relacionada com a traqueia. O tronco vagossimpatico esquerdo tem um contato extra com o esôfago.
Os nervo Vago e Simpático se divide na entrada do tórax no qual o nervo vago continua mais ou menos horizontalmente através do mediastino até que se divide sobre o pericárdio em ramos dorsais e ventrais, estes unem-se com os ramos contralaterais formando tronco vago dorsal e ventral que entram no abdômen ao longo das bordas correspondentes do esôfago. Esses nervos dividem-se livremente participando com as fibras simpáticas na formação dos plexos que suprem as vísceras abdominais. Outras emissões significantes do nervo vago são ramo auricular, ramos faríngeos, laríngeos, nervo depressor para o coração. A porção torácica o vago emite ramos cardíacos, nervo laríngeo caudal.
Nervo Acessório XI
Pertence ao grupo do nervo vago compõe apenas de fibras motoras, mas recebe fibras simpáticas do gânglio cervical cranial e formado por duas raízes a cranial que se origina na parte caudal do núcleo  ambíguo da medula oblonga e deixam o nervo acessório para unir-se ao vago. As fibras da raiz espinhal possuem corpos celulares no núcleo do nervo acessório o qual se localiza a porção cervical da medula espinhal. Essas fibras deixam a medula espinhal no aspecto lateral e se combinam em um tronco que percorre a medula espinhal ate entrar na cavidade craniana pelo forame magno.
O ramo dorsal corre caudalmente sobre os músculos esplênio e serrátil ventral antes de suprir os musculos braquicefalico omotransverso e trapézio. O ramo ventral supre apenas músculo esternocefálico o qual penetra próximo a sua inserção cranial.
Nervo hipoglosso XII
É um nervo motor para os músculos intrínsecos e extrínsecos da língua que tem origem nos miotomos dos somitos occipitais. Deixa a face ventral da medula oblonga e passa pelo canal do hipoglosso antes de cruzar o grupo de nervos vagal e ramifica-se na massa lingual acalcando vários músculos.