1.
Defina espermatogênese e cite seus 3 principais componentes.
É um processo que as células tronco
masculinas se desenvolvem em espermatozóides e ocorre nos túbulos seminíferos
testiculares. Ocorre através de um processo longo e sincroniza em que as células
troncas diploides na base dos túbulos seminíferos, as espermatogônias, passam a
se dividir por mitose com intuito de manter seus próprios números e para
produzir através de ciclos uma progênie com divisões meióticas e diferenciadas
em espermátides haploides. Estas que passam a ser liberadas posteriormente como
espermatozóides. Os principais eventos são caracterizados em:
espermatocitogênese, meiose e espermiogênese.
2.
Descreva as funções das células de Sertoli e das células de Leydig
Com
função de fornecer um ambiente propicio as células de Sertoli possui diversas
funções como o controle da maturação e da migração das células germinativas; através
da síntese de proteínas e esteroides que estão envolvidos no controle da
passagem das secreções entre compartimentos tubulares e intersticiais, formam a
barreira hemato-testicular, converte testosterona em estrogênios e possuem
receptores de FSH, esses receptores apresentam importância para a conclusão da
meiose de células germinativas. As células de Leydig secretam testosterona que
é essencial no desenvolvi mento e manutenção da espermatogênese através do estímulo
do hormônio LH.
3.
O que é um ciclo espermatogênico?
Pode ser caracterizada como a
associação uma associação celular definida que sofrem divisões até serem
liberadas como espermatozoides. A espermatogônia preparada para sua primeira
divisão sincronizada é encontrada como espermatócito pré leptotênicos,
espermatócitos paquitênicos, espermátides arredondadas jovens e espermátides,
uma serie de associações celulares diferentes ocorre ate que o ciclo conhecido
como ciclo espermatogênico ou ciclo do epitélio seminífero tenha se completado
e a associação original reaparecido, mas sendo cada célula uma nova geração. O
ciclo deve ser repetido quatro vezes a partir da primeira divisão sincronizada
de uma espermatogônia para a liberação do espermatozoide derivado desta. A
quantidade de associações celulares e túbulos contendo essas associações
diferem entre as espécies.
4.
Descreva os principais hormônios e a forma como eles interagem para
garantir a produção adequada de espermatozóides.
A manutenção da espermatogênese e
desencadeada pelo Testosterona, LH (hormônio luteinizante) e FSH ( hormônio
folículo estimulante) sendo os dois últimos
produzidos pela adeno-hipófise. O LH estimula as células de Leydig
através da produção de monofosfato cíclico de adenosina responsável por iniciar
a produção de testosterona, o LH, que estimula as células de Leydig submetendo-as
a hiper ou hipotrofia. Esse mecanismo tem por função a regulação da produção da
testosterona. O FSH estimula através de receptores de membrana as células de
Sertoli. A partir daí são produzzidas receptores de membrana com sítios de
ligação para os hormônios androgênicos, convertem testosterona em estrogênio e
diidotestosterona, a estimulação de espermatocitogênese, a conclusão da
liberação de espermatozóides e a secreção de inibina, é a inibina que age
através de feedback negativo sobre a secreção de FSH.
5.
Quais as principais funções da testosterona?
Iniciar e manter a espermatogênese, esse
hormônio esta ligado ao desenvolvimento e atividade secretoras de glândulas
acessórias, da sustentação a libido e das características corpórea ao sexo
masculino.
6.
Discorra sobre o mecanismo fisiológico
responsável pelo início
da puberdade em machos.
O sistema reprodutivo dos machos é
regulado pelo hipotálamo, ligado através do hormônio à hipófise anterior que
por sua vez se liga aos testículos via hormônio luteinizante e hormônio
folículo estimulante. A hipófise, as
gônadas e os tecidos alvos dependentes de esteroides são capazes de responder a
estímulos hormonais antes da puberdade, portanto esta glândula tem importância
fundamental na iniciação da puberdade. Parece ser um processo contínuo de
alterações endócrinas com inicio logo após o nascimento. A puberdade pode estar
relacionada quando o complexo hipotalâmico-hipofisário do animal torna-se
dessensibilizado a inibição do feedback dos esteroides gonadais. Essa
dessensibilização aparentemente permitiria uma descarga de aumentada de GnRH.
Porém o fator que possa influenciar na maturação do animal venha ser o consumo
de energia e a estação do nascimento. Em humanos o eixo hipotalâmico hipofisário
gonadal se diferencia durante a vida fetal e na infância é suprimido e
reativado na puberdade após quase uma década de baixa atividade. Esse sistema é
mediado pela supressão da síntese e secreção pulsátil hormônio GnRH. O estímulo
pulsátil progressivo da hipófise pelo GnRH e das gônadas pelo FSH e LH é
necessário para a iniciação da progressão da puberdade. Acredita-se que nos
animais esse mecanismo funcione de forma semelhante.
7.
Em relação à reprodução das fêmeas, discorra sobre os principais
hormônios do eixo
hipotalâmico-hipofisário,
destacando todas suas inter-relações.
A atividade gonadal é controlada
pelo hipotálamo e da glândula hipofisária anterior. A adenohipófise produz
hormônios protéicos importantes no controle da reprodução, hormônio folículo estimulantes
(FSH) hormônio luteinizante (LH) e a prolactina, ainda produzem outros
hormônios como o hormônio do crescimento (GH) O LH e o FSH são hormônios
sinérgicos no desenvolvimento das ovulações dos folículos ovarianos, o FSH
desempenha um papel importante durante o crescimento dos folículos ovarianos e
o LH desempenha um papel dominante durante os estágios finais da maturação dos
folículos através da ovulação. O GnRH é o hormônio responsável por liberar a gonadotrofina e posteriormente causar a
liberação dos hormônios FSH e LH, que vão atuar estimulando os ovários. A ocitocina
é outro hormônio liberado pelo neuro-hipófise de importância para a reprodução
pois tem a função de promover as contrações musculares uterinas durante o parto
e a ejeção do leite durante a amamentação.
8.
Conceitue Puberdade em fêmeas e explique quais mecanismos fisiológicos
são responsáveis por desencadeá-lo.
Esse termo é utilizado para definir
o início da vida reprodutiva. Para a fêmea embora o início da atividade sexual
seja frequentemente empregado como início da puberdade a definição mais precisa
é a época da primeira ovulação, para todas as espécies, existe uma época e uma
condição crítica onde a obtenção de um certo tamanho para que a puberdade seja
iniciada. Geralmente refere-se ao peso corpóreo numa proporção de cerca de
275kg em bovinos e 40kg em ovinos. Um dos conceitos fundamentais do início da
puberdade envolve um aumento na síntese de liberação do hormônio liberador da
gonadotrofina (GnRH) pelo hipotálamo que faz uma orientação na secreção de
forma pulsátil da Gonadotrofina e o crescimento do folículo. Antes da puberdade
a secreção de GnRH e Gonadotrofina é mantida em xeque pois o hipotálamo é
altamente sensível a inibição do
feedback negativo pelos estrógenos. Algumas explicações sobre a puberdade em
ovelhas são obtidas pela hipótese da maturação do hipotálamo em tornar-se menos
sensível ao feedback negativo pelo estrógeno. O desenvolvimento o folículo
ovariano pode ser estimulado com a administração do de gonadotrofina
demonstrando que o inicio da puberdade não é retardada pela falta de respostas
gonadais pré-púberes. Alterações no fotoperíodo são importantes para que as
ovelhas entrem na puberdade. Estudos tem demonstrado que as fêmeas devem ficar
expostas a luz do dia no período do desenvolvimento pré-púbere, pode ser um
período curto quanto uma a duas semanas. Com o crescimento e exposição ao
fotoperíodo apropriados a secreção de gonadotrofinas em ovelhas prova o
crescimento significante do folículo. Este crescimento é mantido devido a
dessensibilidade do hipotálamo ao estrógeno produzido por folículos em
crescimento. O primeiro evento endócrino da puberdade de uma ovelha é
manifestado de uma onda do tipo pré ovulatória de gonadotrofinas produzidas
provavelmente por folículos em desenvolvimento. A onda de gonadotrofina resulta
na formação de uma estrutura lútea através da luteinização de um ou mais
folículos com vida curta. Após a morte desta estrutura lútea inicial ocorre uma
nova onda de gonadotrofina levando a ovulação e a formação de outro corpo lúteo
que geralmente possui um período de vida maior caracterizando a atividade
ovariana cíclica iniciada no animal.
9.
Defina Ciclo Estral e discorra sobre suas fases nas diferentes espécies
animais
É o período de tempo compreendido
entre o inicio do estro e a nova ocorrência de estro.
Cadela,
ocorre 2 a 3 meses após atingir o tamanho adulto que varia entre as reaças e
idade de 6 a 12 meses. É caracterizado por um período de inatividade ovariana
(anestro) incomumente longo, que não está relacionado com o fotoperíodo ou a nutrição,
pode ser considerada como monoéstrica com cilos comum em qualquer época do ano.
O proestro e o estro têm, cada um, 7 a 10 dias de duração e o diestro é
prolongado, durante 70 a 80 dias. A onda de LH ocorre ao final do proestro,
acompanhado pela ovulação em 24 a 48hs. Esses animais podem estar sexualmente
atrativos durante o proestro, mas só ira apresentar receptividade sexual após a
onda de LH. A secreção de progesterona, subsequentemente, é essencial à
receptividade, mesmo com o declínio dos níveis de estrógeno, ela é mantida por
7 a 10 dias. Na ausência de prenhez o corpo lúteo persiste e durante o prolongado
diestro, e a progesterona continua a ser produzida por 50 a 80 dias. O
endométrio hipertrofia e as glândulas endometriais desenvolvem-se, mesmo que
nenhum feto esteja presente. O longo período de domínio da progesterona (longo
diestro), associado a um período relativamente longo de regressão do endométrio
após a luteólise do CL, predispõe o endométrio a piometra (pus no útero).
Gata
As gatas nascidas nos meses de
primavera e verão atingem a puberdade na estação seguinte ao acasalamento,
cerca de 6 a 8 meses de idade. As gatas nascidas no outono ou início do inverno
têm sua puberdade atrasada em um ano, até a próxima estação de acasalamento. Se
a gata não é coberta não ocorre a ovulação, e não há fase luteínica até o
próximo ciclo. Os 8 dias da fase folicular são seguidos, entretanto, por cerca
de 8 dias de inatividade ovariana. Se a gata tiver contato coital, mas falhar
na concepção, uma fase luteínica prolonga o início do próximo proestro, com um
tempo mínimo de 42 dias entre estros. A pseudoprenhez ocorre em gatas se uma
fase luteínica ocorrer sem prenhez. O desenvolvimento do útero, glândulas
mamarias e abdômen não são tão marcantes quanto na cadela, e a preparação do
ninho e a lactação raramente ocorrem. Os sinais de estro na gata incluem
aumento na afeição, que pode ser apresentada em relação a qualquer objeto como
humanos, perna de mesa. Elas também esfregam seu tórax contra o chão, rolam e
vocalizam por prolongados períodos. Diversos cruzamentos podem ser feitos, com
intromissão e ejaculação ocupando somente 10 a 15s de cada vez. Um período
refratário de perda de receptividade sexual ocorre por 10 a 15 minutos após
cada intromissão. Durante a primeira hora de contato podem haver de quatro a
cinco intromissões e ejaculações.
Ovelha.
Como os cordeiros nascem normalmente entre dezembro e março, o início da
puberdade ocorre no outono seguinte, aos 8 ou 9 meses de idade. O ciclo estral
na ovelha é mais curto que nos outros animais domésticos devido ao fato da fase
antral do crescimento folicular ser cerca de 6 a 7 meses, durante o qual
repetidos ciclos estrais são observados na ausência de prenhez. Um proeminente
sinal de estro é a agitação da cauda. Também, as fêmeas separadas dos machos
por uma barreira, frequentemente assumem uma posição bastante próxima a essa
barreira.
Vaca.
Raças de vacas pequenas normalmente atingem a puberdade numa idade mais precoce
que raças grandes (Jersy, 8 meses; Holstein, 11 meses). Alterações
comportamentais associadas ao estro incluem inquietação, monta ativa,
comportamento passivo quando montada, estado de alerta mais pronunciado e
diminuição do apetite. Ao mesmo tempo decresce a produção de leite, há descarga
de muco da vulva e são notados hiperemia e relaxamento vulvar. A maior parte
dos animais domésticos ovula próximo do final do estro, mas a vaca ovula 12 a
l4hs após o estro. A inseminação artificial de maior sucesso ocorre quando é
efetuada cerca de 12hs após início do estro. Na vaca, portanto, a inseminação
precede a ovulação e a ótima fertilização está associada à expectativa de vida
do espermatozóide e do óvulo e à capacitação. Capacitação esta relacionada a
uma modificação do espermatozóide ejaculado ou inseminado no interior do trato
reprodutivo feminino, habilitando o espermatozóide a fertilizar o oócito. A
vida fértil para o espermatozóide bovino é de 30 a 48hs e para o óvulo bovino (após
a ovulação) é de 20 a 24hs.
Égua.
O inicio da puberdade ocorre durante a estação de monta seguinte ao nascimento.
Se o intervalo entre o nascimento e a subsequente estação de monta é curto, a
puberdade pode ser retardada por 12 meses. Uma grande variação de idades para a
puberdade é vista na égua, esta variação oscila de 12 a 18 meses. A transição
do anestro de inverno para o estro no final do inverno ou início da primavera é
frequentemente errática, onde os folículos se desenvolvem, mas não ovulam. Isto
resulta em prolongados períodos de estro. Após a primeira ovulação o
comprimento do ciclo estabiliza, e a duração do estro é de 5-6 dias. A ovulação
ocorre 24hs antes do final do estro. Os sinais de estro na égua são a evolução
da cauda, posicionamento com os membros posteriores afastados, ancoradamente, micção,
e ereção rítmica do clitóris.
Cabra.
Os fenômenos externos do cio, ao contrário da ovelha, são normalmente bem
acentuados. Os animais são impacientes, apresentam um balido que chama a
atenção; outros animais são farejados e tentam o acasalamento. Na cabra, um
sinal seguro do cio é representado, também, pelo reflexo da permissão ao bode.
A duração do cio é de cerca de 20 - 36hs. A ovulação ocorre geralmente no final
do cio. O número de folículos em amadurecimento na cabra varia entre 1 -7.
10. Descreva os principais sintomas de
estro/cio.
Característico
da espécie, entretanto todas aceitam a monta pelo macho nesse período. Vacas
assumirão uma postura quadrupedal para serem montadas por outras vacas, bem
como montam umas nas outras companheiras do rebanho. Outros sinais de estro são
atividades aumentadas mugidos e expulsão de muco vaginal de cor clara. As
ovelhas no estro exibem menos manifestação, porém procuram o macho para copula.
A égua no estro assumira na presença do garanhão uma posição de lordose onde os
membros posteriores estarão afastados a pelve inclinada e a cauda desviada. Além
disso, a égua no estro é importunada pelo macho, everte o clitóris e elimina pequenas
porções de urina. A leitoa assume uma estação rígida com orelhas eretas. A gata
vocaliza muito e exibe lordose em resposta a toque no flanco e exibem pedaladas
ou extensões curtas de e rápida do membro posterior. A cadela atrairá os cães
que estiverem disponíveis e eliminara descargas sanguinolentas da vulva
edemaciada e exibirá lordose em resposta ao macho. A estimulação tátil pelo
macho, tal como mordeduras pelos garanhões e repouso do queixo sobre a base da
cauda de touros, desperta o comportamento do estro. Os ferormônios são substâncias
voláteis liberadas e percebidas pelo sistema olfatório do sexo oposto,
estimulam o comportamento sexual. O varrão emite ferormônios da bolsa prepucial
e na saliva que são metabolitos androgênicos.
11. Em relação à Glândula Mamária:
a) Qual é a unidade
funcional básica da Glândula
Mamária em lactação?;
b) Em que local estão localizadas as células mioepiteliais e qual é sua
função?
A unidade funcional das glândulas
mamárias é denominada de alvéolos ou ácinos. Estes alvéolos encontram-se circundados
por células mioepiteliais contráteis que estão envolvidas no reflexo de ejeção
do leite, estas células mioepiteliais também estão localizadas ao longo dos
ductos.
12. Defina e discorra sobre
os eventos fisiológicos
relacionados à Mamogênese.
Mamogênese é a fase de
desenvolvimento da glândula mamária. Inicia com a puberdade e termina com o
climatério ou com a castração. O crescimento da glândula mamária (mamogênese)
ocorre durante vários estágios reprodutivos, desde o período pré-natal até o
inicio da lactação. O desenvolvimento do aparelho mamário desde o nascimento
até a puberdade e relativamente pequeno. A taxa de crescimento mamário é
compatível com a taxa de crescimento corporal (isométrico) até o início da
atividade ovariana que precede a puberdade. O aumento do tamanho é consequência
do aumento do tecido conjuntivo e gordura. Antes do primeiro ciclo estral, o
parênquima mamário bovino cresce muito rápido, onde essa velocidade de
crescimento é referida como crescimento alométrico. Esse crescimento mamário
rápido prossegue por vários ciclos estrais e então retorna a um padrão
isométrico até a concepção e continua, na maioria das espécies, após parto por
períodos variáveis de tempo. Durante cada ciclo estral recorrente, a glândula
mamaria passa a ser estimulada pelo estrogênio proveniente do ovário e pela
prolactina e somatotropina oriundas da adenipofise (hipófise anterior). O
crescimento envolve sobretudo, prolongamento e ramificação dos ductos. Em
espécies que tem a fase lútea funcional, exerce efeito sinérgico com o
estrogênio, a prolactina e a somatotopina estimulam o crescimento e a diferenciação
dos ductos mamários em um sistema lóbulo alveolares, onde a maior parte do
crescimento ocorre durante a gestação. Na maioria das espécies, a cessação da
sucção e do aleitamento por parte do lactente rapidamente estimula a involução
mamária, o que caracteriza pela redução no número de células epiteliais mamárias,
e também na intensidade de atividade secretora, onde enzimas lisossômicas são
liberadas e ocorre lise, as células podem entrar em apoptose e os espaços pelos
alvéolos em degeneração podem ser ocupado por tecido adiposo. A extensão da
degeneração alveolar é controlada. Alterações na intensidade da alimentação
(sobretudo na densidade de nutrientes) podem interferir na secreção de um ou
mais hormônios, tais como somatropina e corticoesteroides, que regulam o
crescimento e a diferenciação da glândula mamária durante os estágios do
desenvolvimento dependentes de hormônios (próximos à puberdade ate o final da
lactação) sendo assim um regime nutricional com períodos de tempo determinado e
controlados destinado ao crescimento de novilhas antes do primeiro parto pode
interferir significativamente no desenvolvimento mamário. Intensidade de
alimentação excessiva (superalimentação) ou restrita (subalimentação) imposta
durante qualquer estagio de crescimento sensível a hormônio (incluindo a pré-puberdade)
provavelmente exerce efeitos adversos sobre o desenvolvimento mamário normal e
a subsequente lactação.
13. Defina e discorra sobre
os eventos fisiológicos
relacionados à Galactopoese.
A galactopoese é a fase de produção ou
elaboração do leite pelas glândulas mamárias. A manutenção da lactação requer
sustentação do número de células alveolares, atividade de síntese por parte da
célula e eficácia do reflexo de ejeção do leite. A lactação e a gestação
exercem pouco efeito sobre a produção de leite e sobre o numero de células mamárias.
A hipófise e seus hormônios são integradores importantes da secreção do leite.
Embora haja variações entre as espécies. Os hormônios tireoideos influenciam a
síntese de leite bem como a intensidade e a duração da secreção de leite. A
administração de hormônio paratireoideos estimula a produção de leite e aumenta
a concentração de cálcio plasmático. O ACTH vai atuar na função direta na lactação
exercendo efeitos sobre o número de células mamárias e a atividade metabólica. A produção aumentada do leite pode ser mantida
pelo emprego contínuo de somatotropina bovina, derivada da hipófise. Um estado
hormonal controla a lactação, mas, a menos que haja remoção frequente do leite da
glândula mamária, a síntese de leite não ira prosseguir apesar de um estado
hormonal adequado. Portanto a síntese de leite e a remoção de leite, constituem
processos fisiológicos fundamentais para persistência da lactação. A ingestão
de água e substâncias nutricionais exerce grande função sobre a taxa de
secreção de leite ambos os processos são regulados pelo hipotálamo. O sistema
nervoso na lactação está associado ao reflexo de ejeção do leite que é
subsequente sob a remoção do leite. Por exemplo, se o aleitamento cessou, a
síntese de leite é interrompida e as células secretoras do úbere são perdidas
ou sofrem involução.
14. Que alteração metabólica ocorre
com o início da lactação?
O aumento considerável na ingestão
de alimentos e água acompanhada de hipertrofia do trato digestivo para permitir
a absorção mais rápida dos nutrientes. Há também hipertrofia da glândula
mamaria, do fígado e do coração. Numerosos tecidos são envolvidos na absorção e
na mobilização de nutrientes para satisfazer as exigências metabólicas da
lactação. Esse equilíbrio metabólico entre nutrientes na glândula mamária e no
corpo é regulado, sobretudo pelo sistema nervoso central por intermédio de
hormônios, neuropeptídeos e neurotransmissores.
15. Cite as organelas presentes na
célula epitelial mamária e descreva a função que cada uma
desempenha em relação à
síntese e secreção do leite.
As células epiteliais mamárias são altamente
diferenciadas. Precursores provenientes do sangue são absorvidos para as
células pelas membranas basais e laterais, o leite é expelido através da
membrana apical para o lúmen. As células do epitélio mamário são células
secretoras características que possuem retículo endoplasmático rugoso, são
modificadas no aparelho de golgi, onde a maioria dos constituintes não gordurosas
do leite é adicionada. Vesículas secretoras originam-se do aparelho de golgi e com
função de transportar componentes do leite até a superfície da célula. Ocorrem
glicólise, síntese de ácidos graxos e ativação de aminoácidos no citosol.
Transferência de energia de substratos oxidáveis para o ATP ocorre nas
mitocôndrias. O citrato e moléculas utilizadas na síntese de aminoácidos não
essências, são também sintetizados na mitocôndria. Os lisossomos contêm enzimas
hidrolíticas e desempenham um papel importante na destruição celular durante a
involução no final da lactação.
REFERÊNCIAS
CUNNINGHAM, J.G.: Tratado de Fisiologia Veterinária,
Terceira Edição, Editora Guanabara Koogan, 1993. 454p.
HORST E. K; HANS. G. L. Anatomia dos animais domésticos. Texto
e atlas colorido, Cap. 8, - 4ª edição, Editora Artmed,. p. 81-101, 2011.