quinta-feira, 7 de julho de 2011

MÚSCULOS DA FACE LATERAL DA ESCÁPULA , ANTEBRAÇO E DA MÃO


Músculos da face lateral da escápula

M. deltóide apresenta forma triangular, situa-se na face lateral da articulação do ombro. Compreende uma parte acromial (que tem origem no acrômio e espinha da escapula, e se insere na tuberosidade deltóide do úmero) e uma parte escapular (que tem origem na espinha da escapula por meio de uma aponeurose que cobre o músculo infra-espinhal, tem sua inserção na fáscia braquial, superficial a cabeça lateral do tríceps). Flexiona a articulação do ombro e abduz o braço.

M. supra-espinhal ocupa a fossa supra-espinhal, lugar onde o mesmo se origina além da espinha da escápula, e se insere por meio de dois tendões nos tubérculos maior e menor do úmero, onde está coberto pela porção cranial do músculo peitoral profundo. Estende a articulação do ombro.

M. infra-espinhal ocupa a fossa infra-escapular, onde também se origina e na cartilagem da espinha da escapula, sua inserção é na porção caudal do tubérculo maior do úmero e numa área imediatamente abaixo desta (onde sobre o seu tendão de inserção se observa uma desenvolvida bolsa sinovial). Estende a articulação do ombro, e possivelmente produz sua rotação lateral.

M. redondo menor é um músculo situado na borda caudal da escapula (entre os músculos infra-espinal e deltóide, e cabeça longa do tríceps). Tem origem na metade da borda caudal da escápula e tubérculo inflaglenoidal, e se insere na face lateral a extremidade proximal do úmero. Flexiona a articulação do ombro. 

M. subescapular ocupa toda a extensão da área subescapular, exceção aos ângulos craniais e caudais da escapula. Origina-se na área subescapular e se insere no tubérculo menor e áreas adjacente do úmero. Sua ação é de adução do braço.

M. redondo maior é um músculo alongado de contorno triangular, situado na face medial do ombro e do braço, e na face caudal da articulação do ombro. Origina-se da borda caudal da escapula e se insere na tuberosidade redonda do úmero. Flexiona a articulação do ombro.

M. bíceps braquial: esta situado na porção cranial do braço e esta coberto pelos músculos peitorais. Tem sua origem por forte tendão no tubérculo supraglenoidal da escápula, corre sobre o sulco intertubercular para se inserir por um curto tendão na tuberosidade do radio. Sua ação é estender o ombro e flexionar o cotovelo.

M. coracobraquial esta situado na face medial da articulação do ombro, tem origem no processo coracóide e sua inserção se da na face medial, ou extensão da face craniomedial do úmero. É adutor do braço e estende a articulação do ombro.

M. braquial é volumoso, ocupa o sulco braquial do úmero. Origina-se na borda cranial do úmero e na metade proximal do sulco, sua inserção se da na borda medial e na face palmar do radio, e ainda na borda medial da extremidade proximal da ulna. Flexiona a articulação do cotovelo.

M. tríceps braquial possui três cabeças principais em uma acessória. A cabeça longa é a mais volumosa, tem origem na borda caudal da escapula e se insere no olecrano e na fáscia do antebraço. A cabeça lateral está parcialmente coberta pelo músculo deltóide e se insere na face lateral do olécrano. A cabeça medial juntamente com a acessória se origina no tubérculo menor e se insere na face medial do olécrano. Sua função é flexionar a articulação do ombro e estender a do cotovelo.

M. tensor da fáscia do antebraço é um estreito músculo situado na face caudal do braço e que se estende do terço proximal da borda da escapula á face medial do olécrano. Diferente do que o nome sugere este músculo não possui contato com a fáscia do antebraço. Flexiona a articulação do ombro e estende a do cotovelo.

M. ancônio é um músculo pequeno, alongado situado profundamente na lateral do braço, é coberto pela cabeça lateral do tríceps. Origina-se na face caudal e borda lateral da metade distal do úmero e se insere na face lateral do olécrano. Sua ação é estender a articulação do cotovelo.

Músculos do antebraço e da mão

M. pronador redondo é um músculo pequeno e rudimentar, constituído principalmente de fibras tendíneas, e se estende obliquamente na face medial do cotovelo. Tem origem no epicôndilo medial do úmero e se insere no terço proximal na borda medial do radio. Sua ação muscular é bastante reduzida, apenas auxilia o ligamento colateral medial da articulação do cotovelo.

M. flexor radial do carpo é um músculo longo e estreito de ventre muscular reduzido, situado na face medial do úmero se insere na face palmar na base do osso metacárpico III e IV. Flexiona a articulação do carpo.

M. flexor ulnar do carpo é um músculo largo e delgado situado superficialmente na porção caudal da face medial do antebraço. Tem sua origem no epicôndilo medial do úmero e se insere no osso acessório do carpo. Flexiona a articulação do carpo.

M. flexor superficial dos dedos é um músculo fusiforme, cujo 
ventre esta dividido em parte superficial (cujo tendão passa no interior do ligamento anular do carpo) e profundo (seu tendão passa pelo canal do carpo). Situa-se no antebraço profundamente ao músculo flexor ulnar do carpo, ao qual sua origem esta parcialmente fundida, e se prende no epicôndilo medial do úmero. Possui dois tendões que correm nas faces palmares do carpo e do metacarpo. No terço distal do metacarpo os tendões do músculo flexor superficial dos dedos fundem-se num curto tendão comum, que depois se divide num ramo para cada dedo principal. Flexiona as articulações metacarpofalângicas e interfalângianas proximais, e auxiliam na sustentação do corpo doa animal.

M. flexor profundo dos dedos é bastante desenvolvido nos ruminantes, situa-se na face caudal do rádio parcialmente coberto. Possui de quarto a cinco cabeças, uma radial (pequena e triangular que se origina na face caudal do terço proximal do rádio), duas ou três umerais (que são as mais volumosas, se origina em uma área na extremidade distal do úmero, caudal ao epicôndilo medial//ou na borda caudal e face lateral da ulna, no caso dos ruminantes). Estas cabeças se unem na face palmar do carpo em um tendão comum que se estende até a extremidade distal do metacarpo III e IV, onde se divide em dois ramos que passam no canal fibroso formado por dois músculos, para se inserir na falange distal correspondente. Flexiona as falanges e o carpo.

Interflexores

M. ulnar lateral situa-se na face laterocaudal do antebraço. Tem origem numa área da face lateral da extremidade distal do úmero caudalmente ao epicôndilo lateral. Sua porção carnosa é achatada, e continua por dois tendões que se inserem na face lateral do osso sesamóideo do carpo e na face dorsal do ângulo lateral da base do metacárpico III e IV. Flexiona a articulação do carpo e estende a articulação do cotovelo.

M. extensor radial do carpo ocupa a porção craniolateral do antebraço. Tem origem na face lateral da parede da fossa do olécrano e na fossa radial do úmero, seu tendão de inserção passa pelo sulco medial da extremidade distal do radio e se insere na tuberosidade do metacárpico III e IV. Estende a articulação e flexiona a do cotovelo.

M. abdutor longo do polegar é um músculo que ocupa a face lateral da extremidade distal do antebraço, sua porção carnosa triangular, achatada. Origina-se na metade distal da face lateral do corpo da ulna e do rádio, e se insere na borda medial do metacárpico III e IV. Estende a articulação do carpo.

M. extensor do dedo III estende-se obliquamente na face dorsal do metacárpico, sua porção carnosa é estreita e alongada. Tem origem do epicôndilo lateral do úmero, seu tendão começa no terço distal do antebraço, ao nível da articulação interfalângica proximal, se divide em duas porções que se inserem na face dorsal da base da falange media e face dorso-abaxial da falange distal. Estende as articulações intefalângicas, metacarpofalângicas e do carpo e atua ainda na abdução do dedo III.

M. extensor comum dos dedos é um músculo longo, situado na face lateral do antebraço, que se estende do cotovelo as falanges distais dos dedos principais. É constituído de duas partes: umeral (maior que se origina no epicôndilo lateral do úmero) e uma parte ulnar (situa-se profundamente a umeral, e se origina na face lateral da metade proximal do corpo da ulna) seu delgado tendão unem-se ao da parte umeral ao nível do terço distal do antebraço. Ao nível da articulação metacarpofalângica ele se divide em dois ramos que correm na face dorsal de cada dedo e inserem-se na falange distal. Atua na extensão do carpo e dos dedos

M. Extensor do dedo IV: é um músculo alongado de contorno triangular, situado na face lateral do antebraço. Tem sua origem lateralmente a cabeça do rádio, no ligamento colateral lateral do cotovelo, seu tendão corre distalmente na face lateral do carpo e metacarpo. Ao nível da extremidade distal do metacarpo ele passa para face dorsal do dedo IV onde se divide em duas partes (estas que se inserem na face dorsal da base da falange media e distal. Estende as articulações do dedo IV e abduz o mesmo.

M. interósseo III e IV: é um músculo único que nos adultos é constituído de tecido conjuntivo fibroso. Situa-se na face palmar do metacarpo e envia prolongamentos a face dorsal dos dedos. Origina-se na face palmar do metacárpico III e IV. Esta constituído de parte superficial (que é delgada e constituída de tecido conjuntivo fibroso, e na extremidade distal do metacarpo ela dividi-se numa parte para cada dedo), e parte profunda (que se divide na extremidade distal do metacarpo em parte lateral, intermédia e medial, as partes lateral e medial se inserem nos sesamóideos abaxiais proximais e a parte intermédia corre distalmente na face palmar do metacárpico III e IV terminando na face dorsal de cada dedo). Esses músculos são considerados como parte do aparelho de sustentação.

MÚSCULOS DO ABDÔMEM E MÚSCULOS TORÁCICOS

MÚSCULOS DA PAREDE DO ABDÔMEN

Os músculos abdominais em suas contrações fazem pressão sobre as vísceras da cavidade durante a micção, parto e expiração forçada. Os músculos retos do abdômen (de ambos os lados juntos) flexionam a articulação lombosacral, arqueando o dorso do animal.

M. oblíquo externo do abdômen é o mais superficial, largo e delgado cobre tanto a parede abdominal quanto parte da parede torácica. Apresenta uma parte carnosa (que se estende desde as sete ultimas costelas, fáscia toracolombar e túber coxal, até a metade da parede abdominal) suas fibras correm em sentido oblíquo, as mais ventrais no sentido dorsoventral e craniocaudal, e na porção mais dorsal correm no sentido craniocaudal. E outra aponeurótica delgada e resistente (cobre o músculo reto do abdômen prendendo-se firmemente nas intersecções tendíneas do mesmo, e termina na linha Alba e no tendão pré-púbico com o músculo do lado oposto. E na metade caudal esta fundido ao músculo oblíquo interno do abdômen).

M. oblíquo interno do abdômen é largo e constitui a segunda camada muscular da parede do abdômen, tem origem no túber coxal e na porção profunda da fáscia toracolombar. E se insere na linha Alba e no tendão pré-púbico. Possui uma parte carnosa (tem a forma de leque, e se entende até o nível medial da parede do abdômen), e suas fibras têm sentido dorsoventral e caudocranial, e continuam por uma parte aponeurótica delgada, porém potente.

M. transverso do abdômen é largo e delgado, constitui a camada mais profunda da parede abdominal. Sua parte carnosa se origina nos processos transversais das vértebras lombares e na face interna do arco costal, suas fibras correm no sentido dorsoventral e são perpendiculares às do músculo reto do abdômen. A parte aponeurótica é delgada na porção caudal do músculo, e mais espessa na porção cranial. Esse músculo esta separado do peritônio pela fáscia transversal. O limite entra a parte carnosa e aponeurótica situa-se ao nível de uma linha côncava cranial, que se estende desde a cartilagem xifóide até o tuber coxal.

M. reto do abdômen é um músculo longo e delgado que se estende desde o esterno até o pube. Está situado no assoalho da parede abdominal, e suas fibras têm sentido craniocaudal. O músculo reto do antímero direito esta separado do esquerdo por um espaço ocupado pelas aponeuroses dos músculos oblíquos, esse músculo em especial apresenta cinco intersecçãoes tendíneas formadas por tecido conjuntivo, dispostas transversalmente e separadas umas das outras (são elas que dão inserção à aponeurose dos músculos oblíquos).

Canal inguinal é uma passagem virtual situada dorso-lateralmente ao tendão pré-púbico, na porção caudal da parede do abdômen. Esta presente em ambos os sexo. O anel inguinal superficial tem sua abertura em forma de fenda com direção caudocranial inclinada, é formado pelo pilar medial da aponeurose abdominal do músculo oblíquo externo do abdômen. A margem ventromedial ode ser apalpada através da pele, já a parte dorsolateral por ser reforçada pela fáscia femoral, não pode ser apalpada. O anel inguinal profundo situa-se transversalmente ao eixo longitudinal do corpo, sendo limitado pelo músculo oblíquo interno, reto do abdômen e pelo ligamento inguinal (que nada mais é que o reforço da aponeurose do músculo oblíquo externo), que se origina na tuberosidade coxal até a eminência iliopúbica e o tendão pré-púbico. O canal inguinal é atravessado pela artéria e veia pudendas externas, nervo e vasos linfáticos e ainda pelo funículo espermático, túnica vaginal e músculo cremáster.

MÚSCULOS DOS MEMBROS TORÁCICOS

Músculos da cintura escapular (músculos que se mantêm presos ao tronco)

M. peitoral superficial esta situado na porção ventrocranial do tórax sendo constituído de duas porções, o músculo peitoral descendente (que é o mais espesso, origina-se no manúbrio por uma rafe fibrosa. É constituída por um ventre superficial que se prende na fáscia do braço, na cabeça e no colo do radio, e uma profunda que se prende apenas na fáscia do braço) e músculo peitoral transverso (uma lamina muscular larga, delgada e de coloração mais clara. Origina-se ventralmente no esterno e se insere na fáscia do antebraço). A contração deste músculo é responsável pela adução do membro, ou de levar o membro para frente ou para trás, e quando fixo puxa o tronco para o lado.

M. peitoral profundo é bastante largo, delgado e de contorno triangular, também tem origem por uma rafe fibrosa na face ventral do esterno, e na túnica flava do abdômen. Sua inserção se da nos tubérculos maior e menor do úmero e no processo coracóide da escapula, por meio de um tendão de origem do músculo coracobraquial. Uma pequena porção deste se projeta dorsalmente se confundindo com o músculo supra-espinhal. É adutor do membro, leva o membro para frente e para trás e quando fixo puxa o tronco para o lado.

M. braquiocefálico é longo, ocupa a porção cranial do braço e lateral do pescoço, é divido ao nível do ombro em duas porções por uma cinta fibrosa (denominada interseção clavicular): cleidobraquial (se insere na borda cranial do úmero, onde esta coberto pelo músculo peitoral descendente) e cleidocefálico (que também é dividido em duas partes: cleido-occipital (se insere no osso occipital) e cleido-mastóide (que se insere no processo mastóide osso temporal). Quando o braço está apoiado no solo, a cabeça e o pescoço são inclinados lateralmente, quando estes permanecem imóveis o membro é deslocado cranialmente.

M. omotranverso é longo, estreito e delgado. Origina-se na asa do atlas ou no processo transversal do axis. Ocupa a face lateral do processo do pescoço, localizado profundamente ao músculo braquiocefálico (ao qual esta parcialmente fundido), e se insere na espinha da escapula. É o responsável por puxar o membro pra frente, com o membro fixo inclina a cabeça e o membro para o mesmo lado.

M. trapézio é um músculo superficial, triangular que prende a escapula ao tórax e pescoço. É estudado contendo duas porções: cervical (que se origina por uma rafe fibrosa na linha mediana dorsal, e se insere na espinha da escápula por uma curta aponeurose) e uma porção torácica (plana e triangular, tem origem na escapula ao nível das seis ou sete primeiras vértebras torácicas, e se insere na tuberosidade da escápula). É elevador da escapula, a porção cervical puxa a escapula para cima e para frente, e a porção torácica para cima e para trás.

M. rombóide cervical e rombóide torácico originam-se no ligamento nucal, desde o traço médio do pescoço até o nível dos seis primeiros processos torácicos. Auxilia na elevação da escapula e fixação do membro no corpo.

M. grande dorsal é um músculo de forma triangular, delgado situado obliquamente no tórax, de onde suas fibras correm paralelas uma as outras. Sua origem se estende do terço médio das costelas IX a XII, e por meio de uma aponeurose até a fáscia toracolombar. Insere-se por meio de um curto tendão na tuberosidade redonda maior. Quando o membro esta livre, este músculo puxa-o para trás auxiliando na adução, com o membro fixo auxilia no deslocamento cranial do tronco.

M. serrátil ventral é um em forma de leque que prende a escápula ao tórax e ao pescoço. Sua porção cervical insere-se nos processos transversos da vértebra cervical VI. No tórax suas digitações prendem-se na face externa das nove primeiras costelas (formando um arco de concavidade dorsal). O limite entre as porções torácicas e cervicais é bem nítido ao nível de sua borda ventral. O músculo serrátil ventral se origina na face medial da escapula e auxilia na sustentação do tronco, a parte cervical ajuda na elevação do pescoço, já a parte torácica auxilia na inspiração.

M. subclávio é uma estreita faixa muscular situada cranialmente á articulação escápulo-umeral, tem origem na cartilagem costal I, na região peitoral e se insere na face profunda do músculo braquiocefálico. Parece atuar mantendo o músculo braquiocefálico junto á face lateral do pescoço.