domingo, 5 de abril de 2015

COAGULAÇÃO INTRAVASCULAR DISSEMINADA EM EQUINOS - CID

Geralmente é secundária  a doenças que causam alguma vasculite, por ativação de plaquetas e mecanismos de coagulação.

Doenças gastrointestinais
Torções do Intestino Delgado
Torções gastroentéricas
Enterite
Estrangulamento

Patogenia: 
Trombose difusa com isquemia de órgãos
Severa diátese hemorrágica
Liberação de micro-trombos na corrente sanguínea causando isquemia cerebral e renal.


Sinais clínicos:

Convulsões e coma em caso de trombos no sistema nervoso
Hemorragias petequiais ou equimoses devido a depleção dos fatores de coagulação.
Falência cardíaca e pulmonar
Falência hepática e renal

Diagnóstico:

Sinais clínicos, hemograma apresentando trombocitopenia, e aumento da ureia nitrogenada (por causa da falência renal).
Visualização de vasos túrgidos na face
Necrose de extremidades devido a isquemia pelos trombos
Hemorragias petequiais e equimoses
Edemas.

Tratamento:
 Tratar a doença primaria para conter o choque e manter a perfusão tecidual.

Fluidoterapia

Penicilina Benzatina 22000UI a 44000UI BID IM
Gentamicina 3,3mg/kg IV TID
Flunixim Meglumine 0,25mg/kg IV TID

Prognostico grave dependendo da doença primária!


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PERICARDITE EQUINA

Equino com peritonite séptica difusa, propicio para apresentar pericardite

Trata-se de uma doença de cunho infeccioso que atinge o pericárdio dos equinos. Pode ter como causas infecções Bacterianas, Virais, Traumáticas, Neoplásicas, Cardíacas e Pericárdica.
Essa patologia está associada principalmente a infecções secundárias (cerca de 70%)  estando relacionada com pneumonias e pleurites.

Com a instalação da infecção ocorre a inflamação do pericárdio, havendo eventos inflamatórios como dor, rubor, calor, edema, perda da função. Ocorre a migração celular para ao local, bem como a deposição de fibrinogênio no liquido pericárdico. Com essa resposta inflamatória no pericárdio o fibrinogênio é convertido formando uma rede de fibrina no exsudato promovendo uma aderência do coração ao pericárdio.
O coração precisa estar livre dentro do saco pericárdico para
realizar seu batimento correto, e o liquido viscoso presente dentro desse espaço, auxilia nesse processo. Com a alteração nesse liquido e com a aderência do coração ao pericárdio, os sons cardíacos pode ser ouvidos com fricção, ou chamado de "rosse" pericárdico.


 Com dificuldade de realizar os movimentos cardíacos, o coração aumenta a sua frequência e força de batimento compensatória, tornando-se hipertrofiado. Essa hipertrofia associada a presença de liquido no espaço pericárdico e a aderência do coração no pericárdio, provoca um tamponamento cardíaco. 
O animal acometido pela pericardite poderá apresentar os seguintes sinais clínicos:
Aumento da frequência cardíaca
Diminuição da amplitude dos movimentos cardíacos
Hipertrofia cardíaca (compensatória)
Taquisfigmia (aumento do pulso)

A diminuição do espaço pericárdico pelo acúmulo de líquidos e pela aderência do coração ao pericárdio, provoca uma diminuição da amplitude dos movimentos cardíacos com diminuição do pulso, apresentando-se portanto filiforme e fraco.

O animal com pericardite poderá apresentar dor na região torácica;
Respiração abdominal, evitando portanto mexer na região torácica;
Relutância em movimentar-se e andar cuidadoso;
Abafamento das bulhas cardíacas com o rosse pericárdico;
Distensão da jugular, devido alteração no retorno venoso.

No hemograma esse animal poderá apresentar leucocitose com neutrofilia com desvio à esquerda, por tratar-se de um processo infeccioso grave.

Diagnóstico consiste na pericardiocentese, com presença de fibrina e exsudato e ecocardiograma.

Tratamento:

Cirúrgico com pericardiocentese realizando a lavagem do pericárdio.
Penicilina Benzatina 22000UI a 44000UI/kg BID
Gentamicina 3,3mg/kg TID
Tratamento de 4 a 8 semanas.


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