objetivo do diagnóstico é monitorar todo o processo reprodutivo, adequar as
necessidades nutricionais de cada período, descartar ventres improdutivos,
revelar estados de infertilidade ou subfertilidade no rebanho.
Obs.: o diagnóstico
positivo só deve ser dado quando houver certeza, pois são elevados os custos de
apartação de animal de produção leiteira.
MÉTODO DIAGNÓSTICO
Deve-se
escolher aquele que melhor atenda aos seguintes requisitos: 
· Ser inócuo e seguro para mãe e feto, 
· Ter segurança diagnóstica próximo a
100%, 
· Ser eficaz e rápido, principalmente
quando se faz diagnóstico em rebanho,
· Permitir o diagnóstico precoce,
· Permitir diferenciar gestação simples
ou múltipla,
· Ser simples e de baixo custo (ter boa
relação custo/benefício)
Dentre
os métodos de diagnóstico, tem-se:
· Palpação retal, desde que após 40dias
de gestação;
· US transretal, após 28-35 dias de
gestação, com a vantagem de poder avaliar a viabilidade fetal;
· Dosagem hormonal (P4), porém pode dar
falso positivo em animais com CL persistente, além de ser um método de custo
elevado.
Na
palpação retal (PR) é possível detectar o aumento uterino. O período
gestacional pode ser dividido em três fases:
· 1/3 inicial (de 0 a 100 dias) → útero
em posição pélvica, porém em raças de grande porte (ex: holandesa), o feto
desce para posição abdominal antes do 100º dia;
· 1/3 médio (de 4 a 6 meses) → útero em
posição abdominal, dificultando a palpação do feto;
· 1/3 final (de 7 a 9 meses) →
verifica-se a subida do feto e seu posicionamento no canal de parto a partir do
8º mês.
| 
Alterações observadas através de palpação retal
  no útero de vacas gestantes | |||
| 
Dias | 
Feto | 
Placenta | 
Frêmito (a.uterina) | 
| 
80-100 | 
+ | 
+ | 
- | 
| 
100-120 | 
Flutuação (ver figura anterior) | 
+ | 
+ | 
| 
120-150 | 
Flutuação (ver figura anterior) | 
+ | 
+ | 
| 
150-180 | 
Piso abdominal (fase de descida)  
(ver figura anterior) | 
+ | 
+ | 
| 
180-240 | 
Ascensão | 
+ | 
+ | 
| 
240-285 | 
Cavidade pélvica | 
+ | 
+ | 
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
NOS DIFERENTES ESTÁGIOS DE GESTAÇÃO
| 
28 dias | 
É caracterizado
  por apresentar um espessamento da vesícula embrionária no corno uterino gestante;
  geralmente só é viável em novilhas. | 
| 
32 dias | 
Realiza-se
  o beliscamento (deslizamento do corio-alantóide sobre a parede do útero)
  demonstrando a presença de paredes duplas. Esse procedimento deve ser
  realizado no corno oposto ao do corpo lúteo, onde se encontra o embrião, para
  que este não seja lesionado. Nesse período a placenta já se expandiu pelos
  dois cornos. | 
| 
45 dias | 
O
  feto é do tamanho de bola de pingue-pongue. A assimetria é evidente e
  denomina-se pequena bolsa. | 
| 
60 dias | 
Feto
  do tamanho de bola de golfe. | 
| 
90 dias | 
Feto
  do tamanho de um gato recém-nascido. O o útero pode ser contornado, em toda
  sua extensão, com a mão, e chama-se grande bolsa. | 
| 
120 dias | 
O
  útero toma forma de balão e não se consegue passar a mão por debaixo dele;
  encontra-se distendido e tenso. Há a presença do frêmito da artéria uterina. | 
| 
5 meses | 
A cérvix
  está pesada e afunilada para baixo e essa fase é denominada fase de descida.  | 
| 
6 meses | 
O
  feto está na base do abdome. | 
| 
7 meses | 
O
  feto começa a voltar para a cavidade pélvica, palpa-se a cabeça do feto,
  denomina-se fase de subida ou ascensão. | 
| 
8 meses | 
Geralmente,
  o feto está posicionado para o parto. | 
ULTRASSONOGRAFIA
Utiliza-se
sonda transretal (cabeçote linear).
Para
fazer a sexagem, observa-se o tubérculo genital: mais próximo à cauda indica
que é fêmea, mais próximo ao umbigo indica que é macho. 
