quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

TERAPÊUTICA ANTI-NEOPLÁSICA

Alquilantes
São medicamentos que atuam independentemente da fase do ciclo celular, esses compostos possuem um grupo alquil que se combina com outras moléculas. A sua ação basicamente está dirigida ao DNA em suas bases púricas e pirimídicas, são altamente efetivos quando as células estão em fase de divisão celular, porém age sobre a fase G0, repouso das células.
Ciclofosfamida
Esse princípio ativo é o principal alquilante utilizado no tratamento das neoplasias em medicina veterinária. Utilizado no tratamento das neoplasias linfoides, sarcomas de tecidos moles TVT e carcinomas.
A ciclofosfamida é metabolizada em metabólitos ativos por enzimas do citocromo P450, acroleína é eliminada espontaneamente originando a fosforamida que é o composto ativo do alquilante. 70% da ciclofosfamida são eliminadas através dos rins em metabólitos inativos. A acroleína é eliminada através da urina e junto com a fosfamida são responsáveis por causar a cistite hemorrágica estéril. Deve-se ter cuidado com a ingestão de água nos animais que estão sob tratamento com ciclofosfamida. O esvaziamento da vesícula urinária 48h após a administração do fármaco é fundamental para a prevenção da cistite.
O efeito mielotóxico da ciclofosfamida é observada com nadir leucocitario no 7 e 10 dia após a aplicação.
A posologia 50mg/m² VO por 4 dias/semana a Cada 3 semanas ou 200 a 300mg/m² IV ou VO 1 vez/semana a cada 3 semanas. É encontrado em drágeas 50mg e frasco ampola 200mg e 1g.
Clorambucila
Indicado para o tratamento de linfomas, leucemias linfocíticas crônicas e mastocitomas. Após a administração é metabolizada em componentes ativos e eliminadas em componentes inativos pela urina e fezes.
Esse fármaco é bem tolerado pelos animais e possui efeitos tóxicos mínimos os quais envolvem mielossupressão e vômitos ocasionais sendo indicada em substituição a ciclofosfamida em animais com cistite hemorrágica.
Posologia 1,4mg/m² VO diariamente ou 20mg/m² a cada 3 semanas em substituição a ciclofosfamida.
Esse fármaco causa leve leucopenia, trombocitopenia e náuseas.


Carmustina
Utilizado em tumores cerebrais em gliomas e astrocitomas e em metástases cerebrais de outros tipos de tumores. Pode ser usado em linfomas.
É uma nitrosuréia e possui uma alta lipossolubilidade e atravessa facilmente a BHC. A maior toxicidade está relacionada a medula óssea, com nadir leucocitário entre 5 e 8 dia após a aplicação. Não deve ser utilizada com outros medicamentos como fenobarbital, pois diminui seu efeito terapêutico ou a cimeditina que também é metabolizada no citocromo P450.
A carmustina necessariamente é feita pela via endovenosa por causar necrose tecidual, se ocorrer extravasamento. Precisa proteger o medicamento da luz por canta da rápida oxidação.
Carmustina é encontrada em frasco ampola de 100mg.
Sua posologia é de 50mg/m² IV lenta (40 a 60 minutos) a cada 6 semanas. Os efeitos adversos são observados pela leucompeina, trombocitopenia, vômitos, diarreia, alopecia, hiperpigmentação.
Lomustina
Semelhante a carmustina usada via oral, usadas em tumores cerebrais (mastocitomas) neoplasias linforreticulares.
Citostal comp 10 e 40mg
Posologia 90 mg/m² VO a cada 3 semanas em cães. Em gatos a dose é de 60mg/m² VO a cada 3 semanas.
Os principais efeitos adversos são leucopenia, trombocitopenia, vômito e alopecia.
Antimetabólitos
            Definidos como substâncias que possuem semelhanças estruturais com aquelas necessárias ao funcionamento fisiológico das células. Interferem na função do DNA e RNA, incorporando-se a eles causando portanto alterações na transcrição e tradução. Os anti-metabólitos comumente utilizados são os análogos ao acido fólico, pirimidinas ou purinas.
Metotrexato
Esse quimioterápico atua na fase S do ciclo celular, ele inibe a enzima diitrofolato redutase impedindo a formação do tetrahidrofolato que é necessário para a síntese de vários aminoácidos.
O agente entra na célula através do transporte ativo utilizado pelo folato reduzido. A eliminação desse composto ocorre via renal. É filtrado pelos glomérulos e secretado ativamente pelos túbulos contorcidos proximais.
Animais com disfunção renal devem ser avaliados e se não houver possibilidade de substituição do fármaco a dose deve ser reduzida. A excreção renal torna-se diminuída em casos de administração com outros medicamentos como as cefalosporinas, penicilinas e antiinflamatórios.
É utilizado em tumores ou metástases cerebrais por meio de aplicação intratecais, é utilizado na terapêutica dos linfomas caninos e felinos.
Os efeitos colaterais são mielossupressão e toxicidade gastrintestinais seguidos de alopecia temporária, febre e lesões bucais, ainda causa, leucopenia, náuseas, vômitos, anemia, lesões orais, necrose nos túbulos renais(altas doses).
Fluorouracila
É ativado intracelularmente para obter efeitos citotóxicos. Incorporado ao RNA nuclear e citoplasmático e por fim ao DNA resultando em alteração de síntese e funções. Pode ser utilizado por via tópica intralesional e intravenosa.
Os efeitos tóxicos ocorrem principalmente na medula óssea e TGI depende da via de administração. É neurotóxica em gatos devendo ser evitada. Encontrada como Fluoruracil em frasco ampola de 250 e 500mg e 2,5g em creme Efurix.
Posologia
2,5 mg/m² três dias IV semanalmente  (não usar em gatos) Esse medicamento provoca leucopenia leve, trombocitopenia e cães ataxia cerebelar.
Citarabina
Como outros análogos de nucleosídeos, este composto entra nas células usando receptores de nucleosideos e é metabolizado em um novo composto que se incorpora ao DNA é um potente inibidor da DNA polimerase que interfere no alongamento da cadeia de DNA.
Esse fármaco atinge especialmente a fase S da replicação celular. Se administrado por via IM ou subcutânea atinge níveis terapêuticos no líquor. Sua eliminação se dá via renal.
Nome comercial Aracytim frasco ampola de 100 e 500mg e 1 e 2g indicados para neoplasias linfoides e mieloides (leucemias linfocíticas, granulociticas agudas e linfomas)
Dose de 150mg/m² SC SID por dois dias gatos e BID por 4 dias em cães ou 600mg/m² em cães semanal.
Causa leucopenia, trombocitopenia, anorexia, vômitos e diarreia.
Anti-microtúbulos
Utilizados como antineoplásicos por atuar na divisão celular na metáfase interferindo na formação dos microtúbulos que formam os fusos. Esse fármaco se liga a tubulina levando a sua cristalização e a consequente dissolução do fuso mitótico sendo então agentes específicos da fase mitótica do ciclo celular. Incluem 3 classes de antineoplasicos dos alcaloides da vinca.
Vincristina, vimblastina, vindestina, vinorelbina.
Os taxanos; docetaxel, paclitaxil e os derivados da epipodofilotoxina; etoposide e tenoposide.
Vincristina
Agente mais utilizado em MV. Após a aplicação intravenosa, esta se liga as plaquetas (o que impede sua entrada na BHC) é metabolizada pelas enzimas do fígado citocromo P450 logo doenças hepáticas contraindicam o seu uso. Este fármaco é excretado pelas vias Biliares.
A vincristina induz a mielotoxicidade não cumulativa com nadir leucocitário entre 7 e 9 dias. Pode levar a alopecia a alterações gastrintestinais causadas por disfunções autonômicas constipação intestinal e dor abdominal e menos frequentemente diarreia náuseas e vômitos. Induz a neurotoxicidade caracterizada por polineuropatia periférica. A trombocitopenia não costuma ser problema no tratamento coma vincristina que este medicamento atua sobre os megacariócitos aumentando a fragmentação citoplasmática e elevando o número de plaquetas circulantes.
A vincristina está disposta em frasco ampola de 1 mg/1ml a posologia 0,5 a 0,75 mg/m² semanalmente ou a cada 2 a 3 semanas de acordo com os protocolos (cão e gato)
Efeitos adversos: Anorexia, constipação, diarreia, neuropatia periférica.
Vimblastina
Semelhante a vincristina é metabolizada pelo fígado e excretada pelas fezes, entretanto parece induzir neutropenia mais grave com nadir leucocitário de 4 a 9 dias após o tratamento. Encontrado como Velbam frasco ampola de 10mg indicado para linfomas e mastocitomas.
Posologia 2 mg/m² IV semanalmente ou a cada 2 semanas (cães e gatos) Leucopenia de 5 a 10 dias, náuseas, vômitos, trombocitopenia.
Paclitaxel
Além de evitar a formação dos microtubulos que constituem os fusos mitóticos o texanos tem atividade antiangiogênica. Usados em veterinária com pequeno sucesso no tratamento de sarcomas metastático e carcinomas mamários.
O nadir leucocitário ocorre de 3 a 5 dias. Em cão e gato pode haver hipersensibilidade grave levando a quadro neurológico e cardiovascular. Recomenda-se a aplicação previa de difenidramina e dexametasona 60 minutos antes.
Está disposto em ampolas de 30, 100 e 30 mg especifico para a fase de mitose.
Posologia 165mg/m² IV lenta (solução salina a 0,9% 0,7mg/ml a cada 3 semanas) (cães)
5 mg/kg IV lenta a cada 3 semanas.
Pré-tratamento com dexametasona e difenidramina.
É utilizado em sarcomas e carcinomas

Antibióticos
Os antibióticos utilizados como agentes antineoplasicos são produtos da fermentação natural de varias espécies de streptomyces. Alguns antibióticos sabidamente possuem atuação como citocidas (morte celular) ou citostáticos (interferência no crescimento celular). Os mais utilizados em Medicina veterinária são as antraciclinas (Doxorrubicina, Daunorrubicina, epirrubicina e idarrubicina, actinomicina D, mitoxantrone e bleomicina.
Antraciclinas
Atuam independente da fase do ciclo celular, sendo os mais utilizados antineoplasicos, sendo a doxorrubicina a mais utilizada em veterinária. Essa molécula interfere na transcrição e replicação do DNA e ainda produz radicais livres e capazes de lesar a membrana celular e o DNA. 70 a 80% se ligam as PPT e entram nas células por difusão facilitada atingindo as concentrações de 10 a 500 vezes superior às concentrações extracelulares.
Sua excreção e basicamente via biliar, logo sua metabolização é hepática sendo contraindicada em pacientes com disfunções nesse órgão. Os efeitos colaterais são observados pela mielossupressão e da possibilidade de reação anafilática pela degranulação dos mastócitos. O efeito mais conhecido é a cardiotoxicidade provocada pela Doxorrubicina. Esse composto libera uma imensa quantidade de radicais livres que atinge o coração, este possui grande quantidade de enzimas catalases, superoxido redutase, glutaionaperoxidase ficando susceptível a sofrer necrose multifocal.
Esse fato leva a uma limitação da dose máxima a ser administrada de 180 a 240 mg/m² para gatos e 270mg/m² para cães. Existem diferenças estruturais nas diversas antraciclinas.
A daunorrubicina e epirrubicina possui um grupo hidroxila no carbono 4. Esse pequeno detalhe reduz os efeitos cardiotóxicos. A Idarrubicina perde um grupo metila do carbono 4 tornando-a mais lipofílica. Essas três antraciclinas, Daunorrubicina, Epirrubicina, Idarrubicina embora menos cardiotóxicas podem promover nefrotoxicidade e necrose se extravasar do leito vascular na hora da aplicação.
Actinomicina D ou Dactinomicina
Foi o primeiro isolado de antibiótico da espécie estreptomyces. Esse agente atua fortemente formando complexos com o DNA intercalando com as bases de citosinas e guaninas em sequancia de interferência na transcrição do DNA. Age sobre as fases G1 e S do ciclo celular. É indicado para linfomas carcinomas sarcomas
Encontrado como Cosmogem em frasco ampolas de 0,5mg
Posologia de 0,5 a 0,8 mg/m² IV a cada 2 a 3 semanas, seus efeitos adversos são leucopenia, vômitos e anorexia
Mitoxantrona
É uma antracidiona desenvolvida sinteticamente com o objetivo de produzir um composto similar as antraciclinas, porém sem potencial de cardiotoxicidade. Encontrado como novantrone
Posologia de 5,5mg/m² para cães e 6,5 mg/m² para gatos a cada 3 semanas causa leucopenia, vômito diarréria. É amplamente utilizado em linfomas carcinomas sarcomas em substituição a doxorrubicina em casos de cardiotoxicidade
Bleomicina
Liga-se ao DNA quebrando a fita desta molécula. Atua principalmente na fase G2 e M do ciclo celular. Este pode ser usado em aplicações intramuscular, subcutâneo intravenosa e intralesional. Sua eliminação ocorre via reanal sendo necessários doses reduzidas em animais com problemas renais.
Blenoxame Frasco ampola com 15 unidade Gatos 0,3 a 0,5 U/kg semanalmente IM, SC IV 1 minuto
Cães 10 u/m² IV ou SC uma vez ao dia 3 a 4 dias e depois semanalmente ate a dose máxima 125 a 200mg/m² nas duas espécies.

PROTOCOLOS DE TRATAMENTOS

 A avaliação dos casos é indispensável para o sucesso do tratamento, neste tópico será  proposto alguns protocolos comumente utilizados para tratamento de neoplasias, porém, não se pode esquecer das particularidades de cada paciente, e da disponibilidade dos fármacos para a terapia.

Leucemia linfóide aguda:
Vincristina 0,5 mg/m²  intravenosa 1 vez por semana.
Prednisolona 10 mg/m² duas vezes ao dia.
É importante lembrar que cada um desses fármacos, espera-se obter efeitos colaterais, tais como: vincristina; promove neuropatia periférica, constipação, diarreia, vômito, alopecia, leucopenia e trombocitopenia. A prednisolona provoca uma mielossupressão, e principalmente pancreatite aguda, ocasionando vômitos e distúrbios eletrolíticos no animal. Desta forma, deve-se instituir uma terapêutica auxiliar, para tratar os efeitos colaterais. Alguns animais podem não apresentar esses efeitos, porém, o normal é que se obtenha essas complicações. Não se deve esquecer que a utilização de corticoide por um longo período de tempo, requer o desmame do mesmo ao final do tratamento, de forma gradativa até restabelecer a produção normal de corticoide pelas adrenais. O mesmo período de tratamento deve ser utilizado para o desmame.

Leucemia linfóide Crônica

Vincristina, 0,5 mg/m²
Clorambucila 2 a 5 mg/m²
Prednisolona 10 mg/m²
Não há tempo determinado nesta terapêutica, pois como se trata de uma doença crônica, a avaliação do paciente deve ser periódica para verificar a possibilidade de suspensão ou não da terapia, ajuste das doses etc.     
Efeitos Colaterais
Vincristina, anorexia, constipação, diarreia, neuropatia periférica
Prednisolona causa, pancreatite, diarreia e síndrome semelhante a de cushing                                                                                                                                                                                                                            
Linfomas
Vincristina 0,75 mg/m² 1 vez por semana 4 semanas, posteriormente 1 vez por semana acada 3 semanas;
Prednisolona 40 mg/m² uma vez ao dia reduzindo-se a cada semana.
ciclofosfamida 250 mg/m² VO ou IV acada 3 semanas
Efeitos Colaterais
Vincristina; anorexia,  constipação, diarreia, neuropatia periférica;
Prednisona causa, pancreatite, diarreia e síndrome semelhante a de cushing;
Ciclofosfamida; leucopenia, trombocitopenia, esterilidade, náuseas, vômitos, cistite hemorrágica estéril, alopecia.

Mastocitomas
Deve ser baseada principalmente na excisão cirúrgica dependendo do grau da doença estiver em grau II ou disseminada pode instituir quimioterapia com prednisona 40mg/m² ou lomustina 90mg/m² a cada 3 semanas ou ainda ser utilizada a vimblastina 2,0mg/m²/ semana por quatro semanas e depois 2 semanas associada a prednisona 40mg/m² durante uma semana fazendo a sua redução a cada semana.
Efeitos Colaterais
Prednisona causa, pancreatite, diarreia e síndrome semelhante a de cushing
Lomustina; leucopenia, trombocitopenia, vômitos, alopecia
Vimblastina; leucopenia, trombocitopenia, vômito, náuseas

Mieloma Múltiplo
Prednisolona 10 mg/m²
Melfalana 1,5 mg/ m² VO a cada 3 dias
podem ser utilizadas a vincristina e doxorrubicina para esta terapia.

Efeitos Colaterais
Prednisolona causa, pancreatite, diarreia e síndrome semelhante a de cushing
Melfalana; Leucopenia, trombocitopenia, náuseas;
Doxorrubicina; leucopenia, trombocitopenia, vomito, anorexia, anafilaxia, toxicidade ao miocárdio;
Tumor Venéreo Transmissível - TVT
Vincristina 0,75 mg/m² IV semanalmente até 6 a 8 semanas
Doxorrubicina 30mg/m² nos casos resistentes a vincristina

Efeitos Colaterais
Vincristina; anorexia, constipação, diarreia, neuropatia periférica;
Doxorrubicina; Leucopenia, trombocitopenia, vômito, anorexia, anafilaxia toxicidade ao miocário.

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Referências:
SPINOSA, H, S; GÓRNIAK, S. L; BERNARDI, M,  Farmacologia Aplicada a Medicina Veterinária, Guanabara Koogan, São Paulo 5ª ed, 824p.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

ASPECTOS HISTOLÓGICOS DE NECROSE DE COAGULAÇÃO, LIQUEFATIVA E CASEOSA

Como podemos diferenciar a necrose de coagulação da liquefativa e caseosa quanto à causa mecanismo e aspecto histológico?
         Necrose de coagulação refere-se a uma área de necrose na qual a arquitetura macro e microscópicas são identificáveis. Se for aguda ela pode ser reconhecida por alterações nucleares acidofílicas do citoplasma e reação dos tecidos adjacentes, provavelmente sob forma de hemorragias ou edema, este tipo de necrose ocorre geralmente por causas endógenas, (hipoglicemia, hipóxia, anóxia) qualquer um desses fatores pode provocar uma deficiência na produção de ATP. Esses acontecimentos afetam na manutenção da bomba de sódio e potássio, que pode provocar degeneração, ou o estado de anaerobiose aumentam a produção de acido lático e a lise dos lisossomos e liberação de enzimas proteolíticas que provoca o aspecto coagulado das proteínas. 
         A Necrose Caseosa é manifestada por perda de uma arquitetura identificável dos tecidos e contêm combinações de detritos nucleares bastante escuros, detritos citoplasmáticos eosinofílicos e amorfos, talvez misturados com componentes de coágulos sanguíneos, hemorragias trombos e calcificação, podem ser causadas por agentes etiológicos. As células de defesa (macrófagos, linfócitos, células epitelióides e células gigantes) agrupam-se ao redor do agente de difícil fagocitose sendo envolvido por um halo de tecido conjuntivo formando um granuloma.
         Necrose Liquefativa é provocada por causas exógenas como, por exemplo, as toxinas ou radicais livres, que provoca a fragmentação das proteínas da membrana plasmática, não se observa a arquitetura da célula, é uma massa semissolida ou liquida que se formou já há algum tempo e está sofrendo um processo de autodigestão, esse líquido geralmente e drenado por vias linfáticas com ajuda de macrófagos.