segunda-feira, 23 de abril de 2012

FISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO - NEURÔNIO

Neurônio.
            O neurônio é a unidade funcional do sistema nervoso, ele é responsável pela recepção e envio de estímulos nervosos aos demais órgãos de um organismo. Seu corpo celular contém praticamente as mesmas estruturas de outras células, suas organelas desempenham papéis importantes para a atividade celular acontecer normalmente. Algumas estruturas do neurônio como num todo, tem funções específicas que o caracteriza como uma célula nervosa. Possui um formato triangular, seu núcleo é central com nucléolo bastante proeminente, os dendritos e os axônios são prolongamentos citoplasmáticos com função de encaminhar impulsos nervosos, servindo como ponte de ligação entre células adjacentes, os dendritos recebem o impulso e o axônio o transmite através dos terminais pré-sinápticos, nessa estrutura acontece uma troca química entre o axônio e o dendrito de um célula adjacente. O sistema nervoso não é composto somente de células neuronais, encontram-se células de extrema importância que auxiliam no desempenho da função do neurônio que são as células da Glia, que estão intimamente ligadas ao funcionamento do Sistema Nervoso.
Neurônio


O neurônio possui função de integrar impulsos freqüentemente opostos no corpo celular, porém para que isso aconteça de forma eficaz sem perder o estímulo e intensidade, ele está envolto por uma camada glicolipídica, chamada de bainha de mielina, essa camada é essencial para manter os impulsos nervosos, que são impulsos elétricos, nos limites do corpo do neurônio e não se perder ao longo do seu trajeto.
Os oligodendrócitos são células responsáveis pela produção dessa capa que envolve principalmente os axônios e os dendritos, eles estão ao longo de toda a célula neuronal apenas no Sistema Nervoso Central, no Sistema Nervoso Periférico, encontra-se mielinizando as células nervosas as células de Shuwann. A principal diferença entre essas duas células é que um oligodendrócito tem a capacidade de mielinizar vários axônios dos neurônios e as Células de Shuwam mieliniza apenas o axônio de um neurônio. Outra célula que é de extrema importância no SNC são os astrócitos, essas células parecem realmente com um astro e tem a função de manter a citoarquitetura do cérebro, mantendo os neurônios afastados uns dos outros para que não haja um contato íntimo entre si, sempre entre um neurônio e outro encontra-se astrócitos que mantêm essa estrutura organizada.

Astrócitos e Oligodendrócitos

Esquema da bainha de mielina nos axônios


Uma estrutura de fundamental importância na fisiologia do sistema nervoso, são os nodos de Ranvier, essas estruturas estão no axônio e podem ser percebidas como um espaço entre uma bainha de mielina e outra, esses espaços como se fossem um “nó” funciona como potencializadores de impulsos , onde ao passar impulso por essa região ele é enviado com mais velocidade ao longo do axônio.

Esquema animado da função do Nodo de Ranvier

Potencial de Repouso da Membrana
O potencial de repouso de membrana é uma carga elétrica que pode ser medida através da membrana celular externa, esse potencial elétrico pode ser alterado em conseqüência das transmissões sinápticas, a neurotransmissão acontece pela sintetização de macromoléculas pelo corpo celular e são e transportadas para os terminais pré-sinápticos.
O Potencial de Repouso da Membrana é caracterizado quando a membrana da célula nervosa está interiormente negativa e exteriormente positiva, diz-se então que a célula está eletricamente estabilizada ou em Potencial de Repouso, porém quando esse potencial de repouso da membrana é alterado, ele muda de interior negativo para positivo e vice-versa, esse mudança de polaridade da membrana passa a se chamar então de Potencial de Ação, esse potencial se propaga ao longo dos dendritos do corpo e do axônio da célula nervosa até os terminais pré-sinápticos chegando numa célula adjacente.
Esquema da despolarização ao longo do axônio

Os principais fatores que desencadeiam esse potencial de Ação é a bomba de sódio e potássio. A rápida despolarização no Potencial de Repouso da membrana, torna o interior da membrana que era negativo em positivo, e o exterior que era positivo em negativo. Essa troca de polaridade faz com que se abram os canais de sódio, saindo íons de sódio de dentro da célula, ficando então no interior mais íons de Potássio que íons de Sódio. Quando a membrana repolariza voltando a ter seu exterior positivo e em seu interior negativo, se fecha os canais de sódio e fechando esses canais, se abre os canais de potássio, ou seja, fica no interior da célula mais íons de sódio e menos íons de potássio. Esse movimento de polarização e despolarização da membrana é que desencadeia o processo Potencial de Repouso e Potencial de Ação gerando então o que chamamos de impulsos nervosos. Esses impulsos vão se propagando ao longo dos axônios e dendritos até as células adjacentes e até chegar no tecido ou órgão que precisa receber o estímulo.

Bomba de Sódio e Potássio


Todo esse processo necessita de elementos essenciais para o pleno funcionamento dos neurônios, desde a presença de oxigênio e glicose que são importantíssimos para desencadear as reações bioquímicas, até a camada glicolipídica, bainha de mielina, que mantêm e direciona pelo trajeto certo os impulsos gerados no corpo do neurônio.

domingo, 4 de dezembro de 2011

MIOLOGIA: MÚSCULOS DA FACE


Miologia

Músculos da cabeça e do pescoço.

Músculo cutâneo: A união de vários músculos cutâneos forma um Platisma esse músculo é responsável pela contração da pele e é mais desenvolvidos nos ruminantes e herbívoros. O músculo cutâneo é inserido na pele e não no esqueleto, suas fibras são em forma de leque ele é inserido no músculo orbicular do olho, músculo orbicular da boca, músculo bucinador, músculo zigomático e músculo lateral do nariz. Abaixo segue uma parte do músculo cutâneo.

Músculo cutâneo
Focinho

Músculos da face

Músculo lateral do nariz mais desenvolvidos nos equinos e ruminantes existe uma porção dorsal e uma porção ventral.  
Ver Fig. 02 número 12

Músculo canino

É um músculo triangular está na região nasal lateral sua origem se dá na maxila (face) e sua inserção acontece na região lateral da narina em eqüinos e ruminantes e em carnívoros nas proximidades do dente canino.
Nos eqüinos passa por entre os dois ramos do músculo elevador nasolabial e nas demais espécies abaixo do músculo nasolabial.
Ver Fig. 02 número 05.

Músculo dilatador apical da narina.

Relação com o septo nasal e músculo orbicular da boca, ele dilata as narinas, é mais desenvolvidos nos bovinos e eqüinos.
Ver Fig. 02 número 15.

Músculo elevador nasolabial.

Esse músculo é superficial e sua origem se da no osso frontal e nasal e sua inserção se dá na comissura labial é dividido em dois ramos o ramo dorsal e um ramo ventral. Nos eqüinos o músculo canino passa por entre esse dois ramos. Ele possui função de elevar o lábio superior e dilatar as narinas.
Ver Fig. 02 número 04.

Músculo elevador do lábio superior.

Função de elevar o lábio superior e sua origem se dá no osso lacrimal e osso zigomático sua inserção se dá por um tendão comum no lábio superior. Ele faz a eversão do lábio nos eqüinos e pequenos ruminantes e utilizam esse músculo pra realizar o fleme, que é uma forma de sentir os ferormônios da fêmea.
Ver Fig. 02 número 3.

Músculo depressor do lábio superior
Mais desenvolvidos em suínos e ruminantes

Fig. 02

Músculo depressor do lábio inferior

Está ausente nos carnívoros. Está localizado na superfície lateral da mandíbula e sua origem está na borda da mandíbula próximo ao processo coronóideo.
Ver Fig. 02 número 10 e 10’.

Músculo orbicular da boca.

Possui função de esfíncter e é dividido em duas porções;
uma labial entre a pele e a túnica mucosa da boca e a marginal; não se fixam no esqueleto, e possui suas fibras paralelas, e serve para fechar os lábios e está inserido os pêlos tácteis.
Ver Fig. 02 número 02.

Músculo incisivo maxilar.

Está sob a túnica mucosa do lábio superior

Músculo incisivo mandibular

Está sob a túnica da mucosa do lábio inferior.
 Ver Fig. 02 número 01.

Músculo bucinador

Principal músculo da parede da bochecha surge do ângulo da boca até a tuberosidade da maxila possui uma porção superficial penada que vai do ângulo da boca até o masseter e a profunda com fibras longitudinais até o músculo orbicular do olho e processo coronóideo. Possui função de movimentação de respiração pela boca e ajuda na mastigação mantendo o alimento entre os dentes.
Ver Fig. 02 número 09.

Músculo zigomático.

É uma cinta muscular delgada sob a pele, sua origem se dá na fáscia do masseter debaixo da crista facial e sua inserção se dá na comissura labial, ele serve para dar a contração da comissura labial.
Ver Fig. 02 número 06.

Músculo mentoniano

Proeminência do queixo onde os pelos tácteis estão encaixado.
Músculo orbicular do olho
Esfíncter elíptico e plano porção palpebral e orbitária
Ver Fig. 02 número 17.

Músculo frontal
Delgado e extenso nos ruminantes na face dorsal do osso frontal têm origem no processo cornual e inserção no supercílio possui função de levantar a sobrancelha.

Músculo malar

Origem no osso zigomático e pálpebra inferior, sua inserção se dá na porção superficial do músculo bucinador.

Músculo elevador do ângulo medial do olho

Corrugador do supercílio
Ver Fig. 02 número 16.

Músculo retrator do ângulo lateral do olho.
Traciona a pálpebra caudalmente.

Músculo depressor da pálpebra inferior
Faz a depressão da pálpebra inferior
Ver Fig. 02 número 18.

Músculo elevador da pálpebra superior

É uma lamina muscular que da origem a expressão de piedade nos animais.