segunda-feira, 25 de junho de 2012

FÍGADO E PÂNCREAS

São glândulas anexas ao intestino com importante função na digestão.
FÍGADO
O fígado é um órgão parenquimatoso, formado por agregados de hepatócitos denominados de lóbulos. O hilo hepático é a inserção dos grandes vasos no fígado, constituído pela veia porta, e artéria hepática. Os septos são os responsáveis por delimitar os lóbulos hepáticos.
http://www.hepcentro.com.br/images/estruturaporta.GIF

É o órgão formador do glicogênio, gera calor em fetos e também possui função hematopoiética na vida fetal (formação de sangue) e de desintoxicação devido metabolizar todas as substâncias absorvidas pelo organismo, sendo tóxicas ou não. Responsável pela formação da bile que é coletada e armazenada na vesícula biliar, e liberada pelo ducto colédoco no duodeno (exceção feita ao eqüino que não possui vesícula biliar). Está coberto por uma cápsula fibrosa, o peritônio. O fígado é levemente voltado para o antímero direito do corpo dos animais.
Os capilares biléferos são estruturas originarias dos lóbulos hepáticos e da parede hepática em forma de ductos.
http://www.medicinageriatrica.com.br/wp-content/uploads/2007/12/figado.jpg

O fígado esta preso a cavidade abdominal pelos:
*        Ligamentos triangulares direito e esquerdo: ligam o lado direito e esquerdo aos respectivos do diafragma;
*        Ligamento hepatorrenal;
*         Ligamento redondo;
*        Ligamento falciforme: junto com o ligamento redondo, entre o lobo esquerdo e o quadrado;
*        Ligamento hepatoduodenal;
*        E ligamento hepatogástrico; Os dois últimos representam o omento menor ligando o estomago e o duodeno ao hilo hepático.

O fígado possui;
·         Face diafragmática: voltada para o diafragma, e convexa;
·         Face visceral: voltada paras as vísceras, e côncava;
·         Margem aguda: margo acutus ventralmente, é a parte mais afinada do fígado;
·         Margem obtusa: margo obtusun disposto dorsalmente, compreende a parte mais avolumada do órgão;
Impressão renal no lobo caudado do rim direito, e também do estômago e do duodeno;
É vascularizado pela veia porta e artéria hepática componentes do hilo hepático, e pela veia cava caudal, vista na face diafragmática;
Possui quatro principais segmentos denominados de lobos:
·         Lobo direito: onde se encontra o ligamento redondo do fígado, este que no período embrionário é a veia umbilical que transfere sangue do feto para a mãe para que seja filtrado, separa o lobo direito do esquerdo ou o lobo esquerdo do quadrado;
·         Lobo esquerdo;
·         Lobo caudado: dorsalmente;
·         Lobo quadrado: ventralmente;
Animais que possui maior mobilidade de coluna vertebral, possui o fígado subdivido em maior número de lobos.
Fígado em cães e gatos:
o   O lobo direito é divido em lobo medial e lateral direito;
o   O lobo esquerdo também é divido em medial e lateral esquerdo;
o   O lobo caudado é divido em processo papilar do lobo caudado, e processo caudado do lobo caudado.
o   E lobo quadrado sem subdivisões;
Fígado em suíno:
o   Lobo direito e esquerdo subdivido e medial e lateral esquerdo e direito;
o   Lobo caudado apresentando apenas processo caudado;
o   Lobo quadrado sem subdivisões;
http://s3.amazonaws.com/magoo/ABAAAApqEAL-0.jpg

O lobo quadrado é um pouco menor e não acompanha o comprimento do lobo esquerdo e                 direito, neste caso a incisura do ligamento redondo separa o lobo direito do lobo esquerdo.
Eqüino:
o   Somente o lobo esquerdo é subdividido em lateral e medial;
o   Não apresenta vesícula biliar;
Ruminantes: fígado não apresenta nenhuma das subdivisões.
Os eqüinos e ruminantes possuem ductos hepáticos direito e esquerdo, que depois se unem formando o ducto hepático comum.
Vesícula biliar no cão mede 15 cm, no gato é visível na face diafragmática. Essa estrutura possui mucosa rugosa com dobras.
PÂNCREAS
Possui aspecto glandular, contraposto ao fígado, e fixado ao duodeno pelo mesoduodeno. Função endócrina produz hormônios como a insulina, glucagon e somatostatina nas ilhotas pancreáticas, e sulco gástrico no restante do pâncreas. Está dividido em:
*        Corpo;
*        Lobos: pancreáticos direito e esquerdo;
*        E uma incisura em ``U´´, onde passa a veia porta.


Seus ductos excreção são:
×          Ducto pancreático e ducto colédoco;
×          Ducto acessório que desemboca na papila duodenal menor (onde desemboca o sulco gástrico)
×          Em gatos e pequenos ruminantes no ducto pancreático;
×          Suínos e bovinos no ducto pancreático acessório;
×          Cão e eqüinos em ambos os ductos.


SISTEMA DIGESTÓRIO - INTESTINO

O intestino é um tubo músculo-membranáceo que se estende caudalmente desde o óstio pilórico até o ânus. Seu comprimento sofre grandes variações individuais e raciais (variando de 30 à 50 m nos bovinos, e de 20 à 40 m e de 18 á 40 placas de Peyer em pequenos ruminantes).
(Placas de Peyer também conhecidas como Conglomerados Linfonodulares Ileales são nódulos de tecido linfático que constituem um componente principal do tecido linfático associado ao intestino (GALT) e são particularmente grandes no Íleo, onde se encontram preferencialmente no lado intestinal oposto ao mesentério ou seja, no borda antimesenterica do intestino.”

INTESTINO DELGADO
É composto por Duodeno, Jejuno e Íleo e inicia no piloro e termina na junção iliocecal, formado por pregas circulares. Diferente do estômago, a camada muscular que compõe o órgão é composta de duas camadas, uma de fibras estriadas longitudinais e uma camada de fibra celular lisa e circular.  Apresenta glândulas duodenais (Brunner), na região do duodeno, e no restante deste estão presentes glândulas intestinais. São encontrados aglomerados de nódulos linfáticos que são responsáveis pela defesa intestinal denominados de Placa de Peyer, além desta estrutura no mesentério há também um aglomerado de nódulos linfáticos, que têm por função a proteção das contaminações da luz intestinal.
O intestino produz suco pancreático que serve principalmente para a digestão de carboidratos; e ácidos biliares usados na digestão de lipídios.
DUODENO
Fixado a parede dorsal do abdômen através do mesoduodeno, tem inicio no piloro e fim na prega duodenocólica (prega de tecido conjuntivo que liga a parte do cólon descente ao duodeno). É curto em ruminantes e eqüinos, neste ultimo sendo muito forte e apresenta-se longo em cães e gatos abraça a cabeça do pâncreas. Inicia na porção cranial do piloro localizada no terço superior e a direita da cavidade abdominal, onde se apresenta a flexura duodenal cranial (dobra do tubo cranialmente, de onde o tubo corre caudal. E depois se continua como porção descendente do duodeno, onde estão presentes o ducto colédoco (ducto excretor do fígado), ducto pancreático (que leva o sulco gástrico ate o intestino). Em algumas espécies eles se desembocam em um mesmo ducto junto com outros ductos vindos do fígado, neste caso se tratando de um ducto biliar comum (ducto biliar é o ducto usado para excreção de acido pancreático no interior do intestino). Esta porção do ID vai até as proximidades da cavidade da pelve, de onde se dobra em sentido cranial formando a flexura duodenal caudal.
É na porção final do duodeno que é encontrado a porção ascendente, logo após a flexura duodenal, que se dirige cranialmente, terminando na transição com o jejuno na flexura duodenojejunal.

JEJUNO
Inicia no mesentério é um tubo formado de diversas pregas suspensas, fixas na porção dorsal pelo mesojejuno, e ainda há a presença das Placas de Peyer. No cão e no gato as pregas ficam fixas na porção profunda do omento, entre o fígado e o estômago cranialmente e caudalmente à bexiga. Nos ruminantes é voltado para a direita, no eqüino localizado no flanco esquerdo, onde o mesoduodeno e mesojejuno permitem ampla movimentação principalmente do jejuno (o que vem a causar facilmente cólicas devidas possíveis torções causadas pela flexibilidade do órgão). Na região do mesojejuno pode ser encontrada uma estrutura denominada forame epiplóico.















ÍLEO
É relativamente curto e com camada muscular desenvolvida, facilitando a movimentação do conteúdo intestinal em direção ao intestino grosso. Um plexo nervoso presente na camada submucosa é responsável por controlar a passagem da ingesta do ID para o IG através da válvula ileocecal. O transporte de conteúdo intestinal em direção aboral é raramente retrogrado (não tem retorno). Nesta parte do ID também são encontradas diversas placas de Peyer, e algumas ainda presentes na transição do ílio para o IG. A Prega iliocecal é a transição do ílio para o ceco (primeira parte do IG), preso ao corpo do ceco e do ílio ao mesmo tempo pelo mesentério (mesoileo).

×          O bovino possui aproximadamente 60 cm de piloro, e ovinos de 25 á 40 cm. Os bovinos possuem ducto pancreático à 30 cm caudal ao íleo, e nos ovinos e caprinos este se une ao ducto biliar.
×          No eqüino o intestino delgado possui aproximadamente 22m de comprimento, de 7,5 à 10 cm de diâmetro, e capacidade de 40 a 50 litros. Possui um ducto pancreático acessório, uma estrutura denominada Ampola hepatopancreática. Neste animal o íleo termina na papila ileal, (evidente ou não) com função de limitar ou não a passagem de conteúdo (também conhecida como válvula ileocecal).
×          Suíno possui cerca de 15 a 20 m de ID, ducto colédoco à 2,5 e 5 cm do piloro, e ducto pancreático à 10 e 12cm do ducto colédoco.
×          Cão e gato aproximadamente 4 m de ID, possuindo ducto colédoco e pancreático menor à 5 e 8 cm do piloro, e de 2,5 a 5 cm caudalmente a estes esta o ducto pancreático maior. Também possui válvula ileocecal.

INTESTINO GROSSO
Serve como câmera fermentativa formada pelos seguintes segmentos:
CECO
Ocupa todo o flanco direito, é um saco de fundo cego, que é ligado ao tubo digestório, liga o ID ao IG, sendo limitado pela desembocadura do íleo. Muito curto no gato possuindo uma forma de vírgula, curto no cão e em forma de saca rolhas.
No eqüino o ceco é a primeira câmera fermentativa com capacidade de 30 litros, no qual estão presentes a microbiota que faz a quebra da celulose. O ceco possui uma base (sendo a porção dorsal, área de conexão com o ílio e cólon); corpo; e ápice (parte mais ventral do saco cego, próximo a cartilagem xifóide). Na superfície externa o ceco possui 4 cintas longitudinais formadas pelas fibras musculares longitudinais que são denominadas de Tênias, estão presentes também algumas saculações, as Haustras.
No suíno o ceco se localiza a esquerda do plano mediano, e não há tênias e nem saculações.
Nos ruminantes é pequeno e a direita do plano mediano, também apresenta a ausência de tênias ou saculações.
Na porção dorsal do flanco direito entre o íleo ceco e cólon em todos os animais encontra-se a válvula íleocecocólica.

CÓLON
É a porção mais longa do IG, especialmente no eqüino. Servindo principalmente para absorção de água, é divido em:
×          Cólon ascendente: porção inicial elevado a esquerda;
×          Cólon transverso: porção que se porta transversal a parede abdominal;
×          Cólon descendente: parte final e caudal com formato de ``U´´ no ser humano;
As espécies apresentam variações quanto ao cólon ascendente:
O eqüino possui  Cólon ascendente divido em:
×          Cólon ventral direito – 4 tênias e saculações;
×          Flexura external – vira a esquerda, ausência de saculações;
×          Cólon ventral esquerdo – 4 tênias e saculações;
×          Flexura pélvica – se direciona para cima, 1 tênia;
×          Cólon dorsal esquerdo – 1 tênia;
×          Flexura diafragmática – vira para a direita, 3 tênias ausência de saculações;
×          Cólon dorsal direito – 3 tênias nenhuma saculação;
Os cólons esquerdos são soltos, ligados um ao outro pelo mesentério (ponto crítico em cólicas eqüinas, que com o acúmulo de gás no cólon ventral esquerdo pode causar uma torção de cólon, prejudicando ainda mais a cólica).




*Cólon transverso é curto e preso cranialmente á raiz do mesentério, correndo do lado direito para o esquerdo, e ausência de tênia;
*        Cólon descendente fica próximo ao mesentério, possuindo 2 tênias e região mesentérica (onde há a adesão ao mesentério) e região antimesentérica (fica do lado oposto a primeira). 2 fileiras de saculações (sendo estes responsáveis pelo formato da sibala do coco do eqüino), possui de 2 à 4 m.
O suíno possui o cólon ascendente em formato de espiral, contendo alças centrípteras (2 tênias, 2 fileiras de saculações), e centrífugas (ausência de tênia e saculação).














O ruminante possui a alça do cólon ascendente em ``S´´ craniocaudal em dupla espiral em um só eixo (disco). Estas alças possuem giros centrípetos e centrífugos. A alça distal forma a curva sigmóide, que é a parte mais dorsal e próxima do reto.












RETO E ÂNUS
Continuação do cólon descendente na cavidade pélvica fixa pelo mesentério cercado por tecido conjuntivo e adiposo. A ampola retal se dilata para a passagem das fezes, o canal anal (ânus) esfíncter que internamente é constituído por fibras musculares lisas, e externamente são fibras musculares estriadas que compõe o ânus.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

CAVIDADE ORAL

Cavidade Oral
Compreende desde a boca até a laringe, ele se divide em vestíbulo da boca formado pelos lábios e cavidade da boca que é o espaço existente é delimitado externamente pelos lábios e bochechas e internamente pela gengiva e pelos dentes.
No plano mediano à cavidade oral, encontra-se uma estrutura nome dada de Frênulo do lábio e essa estrutura está bem no meio da divisão onde supostamente atravessa a linha Alba, essa estrutura em ruminantes é pouco desenvolvida comparada as demais espécies.


HORST E. K; HANS. G. L. Anatomia dos animais domésticos. Texto e atlas colorido,- 4ª edição, Editora Artmed, 2011

Papilas Cônicas Corneificadas
Essas papilas estão localizadas internamente à bochecha voltadas caudalmente, essas estruturas servem para manter o alimento afastado da parede bucal para não haver injúria da mucosa pelos alimentos.
Lábios.
Os lábios são pregas músculos conjuntivas que fazem a delimitação da boca - óstio - no ângulo da boca encontra-se as rimas (canto da boca) em pequenos ruminantes uma fenda vertical no lábio superior recebe o nome de filtro, ou filtrun.
Em bovinos, apresenta plano Nasolabial, nesse plano os lábios e a narina não diferenciam entre si, não se enxerga onde começa a narina e o lábio, pois o epitélio é o mesmo nas duas regiões.
plano labial enxergamos em diversas espéicies e conseguimos fazer essa diferenciação das estruturas labiais e nasais.
Bochechas
É a parede lateral do vestíbulo da boca, é formada pelo músculo bucinador e alguns outros músculos como, zigomático, elevador do lábio superior e canino, esses músculos vão manter e fazer a movimentação dessa parede.
Cavidade da Boca
A cavidade oral é limitada pelos dentes, gengiva, teto do palato duro, assoalho da língua e ainda continua caudalmente com a nasofaringe.
 Palato
É a parede dorsal da cavidade da boca e orofaringe, ele separa a cavidade nasal e nasofaringe, a porção rostral chama-se de palato duro e a caudal de palato mole. O palato duro possui uma base óssea ele é constituído pelos processos palatinos dos ossos incisivos e maxila e osso palatino é recoberto por mucosa, possui uma rede venosa chamado de plexo palatino.  Rafe Palatina é uma linha mediana longitudinal onde acontece a divisão no "céu da boca".
Papila incisiva é uma orla mais protuberante próximo aos incisivos.
Pulvinos dental é o espessamento epitelial corneificado em ruminantes, pois ele não tem o arco dos dentes superiores incisivos.
As rugas palatinas estão no palato e ajudam a encaminhar o alimento em direção a boca.
Palato mole
É uma prega de músculo membranácea que forma uma estrutura resistente, mais mole e divide a faringe em dorsal ventral, orofaringe e nasofaringe, a borda livre caudal forma um arco chamado palato faríngeo e palatoglosso.
HORST E. K; HANS. G. L. Anatomia dos animais domésticos. Texto e atlas colorido,- 4ª edição, Editora Artmed, 2011

Músculos do Palato
 Elevador do véu do palatino sua origem é no osso temporal e sua inserção se faz lateralmente da nasofaringe unindo-se medianamente.
Músculo tensor do véu do palatino.
Músculo palatino é de feixes musculares longitudinais ao palato mole esse musculo faz o encurtamento do véu do palatino.
Músculo Palatofaríngeo
Tem origem no palato mole, sua inserção acontece na parede dorsal da faringe faz a constrição da faringe.
Papilas
Papilas Filiformes são numerosas está em toda extensão dorsal da língua são pequenas e afiladas que confere a aspereza da língua possuindo ação mecânica.
Papilas Fungiformes, são papilas mais pequenas e arredondadas esparsas e esbranquiçadas, existe no toro lingual ou local do botão gustativo ela possui função de percepção de gosto.
Papilas Lenticulares são papilas grandes e corneificadas e arredondadas está presente no toro lingual e possui ação mecânica.
Papilas Valadas estão localizadas na raiz da língua (bem no fundo) existe cerca de 15 a 25. Nos ruminantes possui elevações arredondadas circundada por depressão e são botões gustativos.

Língua
É um órgão músculo membranáceo é fixada ao osso hióideo à mandíbula

Face Ventral da língua
Apenas 1/3 é livre o restante fica aderida ao osso hióide possui o frenulo lingual que é porção que fica presa da língua ao assoalho da cavidade oral.
Carúncula sublingual é um orifício do ducto da glândula sublingual, está localizada caudalmente a língua é uma fileira de papilas cônicas que excretam saliva.
Músculos da língua:
Músculo próprio da língua são fibras longitudinais superficiais, transversais , perpendiculares e faz a contração da língua e mantêm o formato original desta.
Músculo genioglosso tem origem na sincondrose mandibular (cartilagem que faz a união da mandíbula) e possui função de fazer o abaixamento da língua.
Músculo estilioglosso faz a lateralização da língua movimentando-a de um lado a outro.
Músculo Hioglosso faz a tração da língua em direção à faringe.
Lissa lingual é a capacidade que o cão tem de fazer a língua ficar em um formato de concha, essa estrutura filiforme está embaixo da língua.
Glândulas Salivares
Glândula parótida está na região (parotídica entre a orelha) mandíbula e base da orelha.
Glandula Mandibular está na borda ventral da mandíbula.
Glandula Sublingual está internamente a mandibula e entre o corpo da língua do músculo miliohioide.
Existem glândulas monostomática com um ducto apenas e polistomática vários ductos, que se que se desemboca na glândula sublingual.

Glandulas salivares maiores
Parótida
Mandibular
Glandulas menores
Labial
Bucal
Lingual
Palatina
As glândulas servem para fazer a umidificação do bolo alimentar e iniciar a digestão,  contem uma secreção serosa rica em Ptialina, que faz o início da digestão química dos carboidratos além disso a secreção dessas glândulas são secreções com ph alto, alcalino, controlando assim o ph baixo do estômago.
Glândula parótida
 Ocupa a região do arco zigomático é recoberta pela fáscia parotídica e é coberta pelo músculo da face e músculo parótido auricular, na borda cranial encontra-se o linfonodo parotídico e músculo masseter. Profundamente ao linfonodo encontram-se a artéria e veias maxilares nervos faciais. O ducto perfura o m bucinador que drena a saliva produzida na glândula parótida para o vestíbulo da boca.
Glândula mandibular, vem desde o atlas até a região mandibular encoberta pela parótida entre a mandíbula e o músculo digástrico. Subcutânea encontra-se o linfonodo mandibular o ducto da carúncula sublingual
Glandula sublingual.
Está na região intermandibular ramo da mandíbula direito e esquerdo, está entre o corpo da língua e músculo miliohioide.
Glandula polistomática contem varias porções e vários ductos (eqüinos)
Monostomatica, contem uma porção e apenas um ducto de drenagem, (cão tem as duas)

HORST E. K; HANS. G. L. Anatomia dos animais domésticos. Texto e atlas colorido,- 4ª edição, Editora Artmed, 2011


ESTÔMAGO UNICAVITÁRIO (Cão, Gato, Suínos, Equinos)

Os monogástricos apresentam um estômago unicávitario, essa estrutura é o prolongamento saculiforme do canal digestório, este canal apresenta músculos esfinctéricos na entrada gástrica que é denominada de Cárdia e na saída denominada de Piloro.
O cárdia representa a continuação do esôfago e situa-se a esquerda do plano mediano da cavidade abdominal, já o piloro situa-se a direita e continua com o duodeno. 


No estômago podem ser diferenciadas algumas regiões, nos eqüinos encontramos dorsalmente um fundo gástrico que é denominado de saco de fundo cego que é preenchido com gases, em suínos nessa região é encontrada uma evaginação denominada de divertículo gástrico. 
Dorsalmente apresenta uma curvatura menor e ventralmente uma curvatura maior, a curvatura menor apresenta ainda uma incisura angular. A porção pilórica do estômago situa-se a direita com forma tubular e ainda apresenta proximalmente antro-pilórico e distalmente um canal pilórico. A parede do estômago se compõe de dentro para fora das seguintes camadas:

Túnica mucosa
Túnica submucosa
Túnica muscular
Túnica serosa

O estômago unicavitário simples vai apresentar na sua região interna após o óstio cárdico apenas uma mucosa glandular que se diferencia em três regiões denominadas de:


HORST E. K; HANS. G. L. Anatomia dos animais domésticos. Texto e atlas colorido,- 4ª edição, Editora Artmed, 2011



















Região de glândulas cárdicas.

Região de glândulas próprias ou fúndicas.

Região de glândulas pilóricas.

(fig 7.49)

A região de glândulas cárdicas situa-se junto a região aglandular na entrada do estômago e contém glândulas cárdicas. 
A região de glândulas fúndicas ou próprias é ampla e contêm variações nos diferentes animais, possuindo características típicas de glândulas fúndicas. 
As regiões de glândulas pilóricas estão situadas próximo ao piloro são glândulas bastante sinuosas. 


As glândulas cárdicas e pilóricas secretam um muco alcalino que serve como solução tampão para equilibrar o ph ácido do ambiente gástrico, esse muco recobre amplamente a região promovendo a proteção contra o suco gástrico, uma espécie de citoproteção.


As Glândulas próprias ou fúndicas é compreendida basicamente em três tipos de células, elas ainda secretam um muco neutro e serve como células de substituição para o epitélio descamado. No terço médio surgem às células principais e parietais as quais secretam o principal elemento do suco gástrico. As células principais secretam o pepsinogênio e as parietais o ácido clorídrico.

HORST E. K; HANS. G. L. Anatomia dos animais domésticos. Texto e atlas colorido,- 4ª edição, Editora Artmed, 2011




















Túnica submucosa: essa túnica é composta de tecido conjuntivo frouxo, esta separada pela lâmina da muscular da mucosa, ela contêm grandes vasos saguíneos, plexo nervoso, vasos linfáticos e ainda é composta por tecido colágeno e elástico, possui tecido adiposo, e ajuda formar as pregas do estômago quando este se encontra vazio estas pregas estão dispostas longitudinalmente.

Túnica muscular: atua proporcionando uma mistura do conteúdo gástrico devido a construção de sua parede de acordo e região, essa túnica se diferencia da seguinte forma:

Camada muscular circular interna: com o músculo esfíncter da cárdia e esfíncter do piloro.

Camada muscular longitudinal externa: com fibras longitudinais, fibras oblíquas externas, e fibras oblíquas internas.

A camada muscular gástrica é composta por três estratos incompletos no qual está em superposição uns com os outros. A camada obliqua externa é continuidade da camada externa do esôfago, ela é mais resistente na região da curvatura, porém se estende até a região do piloro. A camada media assume um formato anular que está na região do cárdia e na região do piloro, a conformação desse músculo irá formar o esfíncter nesses respectivos locais. Na curvatura menor do piloro esse anel muscular se estende de tal forma que no suíno forma uma elevação muscular e aparece no lúmen como um toro pilórico.

Camada de fibras oblíquas internas: essas fibras se distribui no anel pilórico recobrindo as regiões que apresentam falha, feixes musculares circunda a região do cárdia de forma tão eficiente que nos eqüinos por uma situação fisiológica ele não consegue vomitar, visto que esse esfíncter funciona eficazmente pela ação desses músculos. O estômago está unido por uma lamina visceral do peritônio, possui uma dobra peritoneal dorsal e uma ventral ao mesogástrio ventral e dorsal com a lâmina do peritônio parietal que recobre toda a cavidade abdominal.

O estomago está em estreita conexão com o omento maior e omento menor, e dessa relação de dobra peritoneal, o estomago está em união com alguns órgãos vizinhos.

HORST E. K; HANS. G. L. Anatomia dos animais domésticos. Texto e atlas colorido,- 4ª edição, Editora Artmed, 2011




















A diferença entre o estômago dos equinos e dos carnívoros é apresentada pelo estômago unicavitário simples dos carnívoros (cão e gato por, ex) no qual vai apresentar uma mucosa glandular.

HORST E. K; HANS. G. L. Anatomia dos animais domésticos. Texto e atlas colorido,- 4ª edição, Editora Artmed, 2011

Os eqüinos e os suínos apresentam um estômago unicavitário composto, nessas espécies de animais surge ao lado da ampla zona glandular um segmento gástrico cranial com uma mucosa aglandular, essa região entre zona glandular e zona aglandular é separada por uma evidente margem pregueada.



ESTÔMAGO PLURICAVITÁRIO DOS RUMINANTES


O estômago dos ruminantes é Pluricavitário, possui quatro compartimentos os três primeiros compartimentos são denominados de pró-ventrículos e realizam a digestão enzimática e mecânica dos alimentos, principalmente a celulose através da flora bacteriana e da síntese dos ácidos graxos de cadeia curta (acético, propiônico, butírico) 


Retículo, Rúmen, Omaso, Abomaso (estomago da digestão química)


No omaso ocorre a absorção da água, a última cavidade o abomaso é comparado ao estômago unicavitário das outras espécies. Todas essas câmaras têm uma construção fusiforme não tem relação com o esôfago. O rumem e o retículo originam da grande curvatura da região cranial da construção fusiforme. E da pequena curvatura da região esquerda origina o Omaso.

HORST E. K; HANS. G. L. Anatomia dos animais domésticos. Texto e atlas colorido,- 4ª edição, Editora Artmed, 2011

RUMEM

O rumem é o maior compartimento do estômago ocupa quase completamente o antímero esquerdo da cavidade abdominal, exceto a porção ocupada pelo baço, estende-se desde o diafragma até a entrada da pelve. Sua forma geralmente é ovóide comprimida latero-lateralmente.

Apresenta:

* Face parietal é convexa e se relaciona com a parede costal do diafragma, baço e parede esquerda do abdome;

* Face visceral é voltada para a direita possui contorno irregular, devido as depressões dos outros compartimentos, se relaciona com o retículo, omaso, abomaso, e outras vísceras (intestino, fígado, pâncreas, rim esquerdo e grandes vasos);

* Curvatura dorsal – que é lisa e se relaciona com o diafragma e seus pilares e músculo sublombares, aos quais estão unido pelo peritônio e tecido conjuntivo frouxo. A porção caudal desta curvatura é livre;

* Curvatura ventral repousa cranialmente sobre a parede ventral do abdômen e caudalmente sobre as alças do intestino delgado;

* A extremidade cranial e caudal do rumem são marcadas por sulco cranial e caudal que continuam nas faces parietais e viscerais como sulco longitudinal esquerdo e direito. Esses sulcos dividem o rumem em extremidade cranial – que constitui o átrio do rumem de onde se abre o esôfago, a extremidade caudal é denominada saco cego (caudodorsal e caudoventral que são delimitados cranialmente por sulcos verticais, ou coronário dorsal e ventral).

HORST E. K; HANS. G. L. Anatomia dos animais domésticos. Texto e atlas colorido,- 4ª edição, Editora Artmed, 2011


O sulco ruminorreticular é uma depressão vertical que marca o limite externo entre o rúmen e o retículo.

A cavidade dos sacos cegos do rumem na parte interna esta parcialmente dividida no meio interno por meio de cristas musculares (pilares) que por fora se comportam como sulcos. A prega ruminorreticular (sulco ruminorreticular) constitui a borda do óstio ruminorreticular que é amplo e se comunica com a cavidade do rumem e do retículo.

A mucosa do rumem é de cor marrom à preta, possuindo papilas longas finas e numerosas, concentradas principalmente no saco ventral e átrio, e ausente no saco cego dorsal, já os pilares são desprovidos de papilas (mucosa pálida).

HORST E. K; HANS. G. L. Anatomia dos animais domésticos. Texto e atlas colorido,- 4ª edição, Editora Artmed, 2011


ESÔFAGO


É um tubo de parede muscular e está coberto pela mucosa adventícia ou túnica adventícia e possui três porções, uma cervical (por estar na região cervical) torácica (por estar na região torácica) e abdominal (por encontrar-se na região abdominal).

Esôfago Cervical

Está localizado dorsalmente a laringe e a traquéia, está ventral ao músculo longo do pescoço, ele desvia-se levemente para a esquerda e no seu terço distal corre dorso lateral à esquerda da traquéia, nessa região encontramos o tronco vagossimpático e a artéria carótida.

Esôfago Torácico

Está dorsal a traqueia localiza-se entre a aorta torácica e pulmão direito, ele atravessa pelo hiato esofágico no diafragma.

Esôfago Abdominal

É bastante curto, a alcança o estômago ou rúmen na porção do cárdia.