segunda-feira, 9 de setembro de 2013

PATOLOGIA GERAL - CALCIFICAÇÃO


Definição

              São cristais de cálcio ou aglomerados de íons de cálcio e fósforo que formam pequenos cristais, e se depositam em tecidos vivos ou em tecidos mortos. Geralmente causam um aumento de cálcio circulante no organismo,  lembra-se que nos processos de degeneração quadors que procedesse uma hipóxia, anóxia, diminuição de ATP intracelular, alterava o funcionamento da bomba de sódio e potássio, provocava uma degeneração hidrópica, essa entrada de agua no interior da célula geralmente rompe o RER e Mitocôndria  locais de armazenamento de calcio intracelular e ocorria um fluxo de cálcio dentro da célula e também do intersticio para dentro da celula.
            O principal elemento envolvido na calcificação é o cálcio e o fósforo, quando uma célula entra em processo degenerativo ocorre o acúmulo de cálcio no local da morte celular, porém isso não quer dizer que a célula morta realmente vai calcificar, precisa ocorrer três processos para esse evento acontecer:
*Destruição do citoesqueleto
*Destruição da membrana plasmática da célula
*Alterar a pressão osmótica intracelular.
            Com a morte da célula de forma irreversível ocorre a lise celular e se ocorre o rompimento dessa celula ocorre a exposição dos ácidos graxos na forma de triglicerídeos que estão dentro das células mortas, é importante lembrar que esses trigulcerideos encontram-se separados do interstício pela membrana plasmática, e quando a célula morre e perde a estrutura de membrana e o cálcio tanto das mitocndrias quanto do RER entra em contato com esse ácido graxo e forma pequenos cristais de cálcio, que leva a calcificação da célula.
           Ou seja, há todo um processos e degeneração reversível, com entrada de cálcio na célula ou liberação do cálcio armazenado no RER e mitocôndrias, levando a um processo de degeneração irreversível, quando a célula morre, expõe o ácido graxo que são os triglicerídeos, essa exposição de triglicerídeos ocorre a sua associação ao cálcio tanto do interior da celula quanto do calcio que encontra-se no intersticio celular formando cristais de cálcio, que levam a calcificação da célula.
            Nem todas as células calcificam, pois depende da resposta celular, ao morrer, esta se torna um corpo estranho, sendo fagocitado pelos macrófagos, neutrófilos etc. esse processo vai depender do tipo de lesão e tipo de reação celular.
          Caso essa lesão venha ocorrer num lugar onde não há fagocitose ou onde venha demorar ocorre a fagocitose, o mecanismo de defesa é a calcificação do tecido afetado.
            Exemplo de um cisto parasitário, fascíola hepática, as lesões provocadas por este parasito podem apresentar-se calcificada. No fígado a permanência desse agente forma um cisto, os parasitas são grandes de mais para ser fagocitado pelos macrófagos, desta maneira a resposta inflamatória do tecido não consegue remover pelo seu tamanho, as células mortas do parasito permanece morto e encistado no local, da mesma forma que as celulas do organismo possui triglicerideos o parasito também o possui, desta maneira começa a ocorrer um influxo de cálcio para dentro das células do parasito, calcificando o parasito, conhecido como Cisto Calcificado.
            Pode haver calcificação de cistos, parasitas, áreas necrosadas, granuloma, que devido a cápsula envolto não permite a retirada do ácido graxo e ocorre a ligação deste com o cálcio formando então um granuloma calcificado.
            O diagnóstico de tuberculose ocorre pelo corte de órgãos como fígado, pulmões, baço, linfonodos periféricos, se for cortado um linfonodo que tiver vários pontos brancos que são tecidos conjuntivos e ao centro uma área amarelada, são células mortas ou necrose caseosa, pode ou não ser calcificada, ao passar a faca sente-se um aspecto arenoso sendo cortado.
            O aspecto sente no corte, por um aspecto crepitante. Só pode diagnosticar tuberculose se for isolado o agente, pois é sugestivo, não definitivo, actinobacilose, também forma granuloma e também tem o centro amarelo porém dificilmente calcifica
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CALCIFICAÇÃO DISTRÓFICA

           É uma calcificação que ocorre a partir do tecido morto e essa calcificação não é generalizada, somente localizada. Calcificação localizada é chamada de CALCIFICAÇÃO DISTRÓFICA, ou seja, são encontrados em regiões localizadas e não disseminadas. E tem como causa principal a morte celular, porém não a única causa.
           Calcificação distrófica é uma calcificação localizada que ocorre a partir de tecido morto, este tecido morto ocorre a exposição de AG graxos a íons de cálcio do interstício formando pequenos cristais de cálcio na região.

METASTÁTICA

              Sistêmica, ocorre por insuficiencia renal pois perde calcio de forma inicial e tenta equilibrar os níveis de calcio absorvendo o fósforo. Numa tentativa de equilibrar os níveis iônicos de 2 fósforos para 1 calcio,  ele perde o calcio e retêm o fósforo para manter o equilíbrio eletrolítico.
              Uma das causas da calcificação metastática é as lesões renais, que tem como consequência a retenção do fosforo a nível renal.
                 A intoxicação por plantas tóxicas como a Solamum malotoxico, com distribuição em todo o Brasil ate Vilhena  no estado de Rondônia, Sul , Sudeste e Centro oeste.
Nienbergia veitech. so ocorre no Rio Grande Sul e Uruguai.
                    Essas plantas causam neoplasia metastática pois esta possui a capacidade de produção de CALCITROL.

Hiperparatireoidismo que aumenta grande quantidade de celulas da paratireoide e consequentemente  a produção de ACTH.
Algumas neoplasias que tem origem a partir de um osteoblasto leva a uma grande destruição do tecido ósseo é também uma calcificação metastática.
            Ocorre quando o bolo alimentar entra no organismo desta maneira leva consigo o cálcio, única fonte de calcio é através  da alimentação, este é reabsorvido pelas células intestinais por intermedio de duas substâncias, que necessariamente precisa estar presente no  organismo é o PTH (paratormônio) e Vitamina D ativada. Tem-se a vitamina D pré-ativada que é sintetizada pelo fígado.
            Através do hepatócito pega a vitamina e realiza uma pré-ativação inserindo molécula de hidrogênio, esta por sua vez viaja ate a superfície da pele e através dos raios solares ocorre a sua ativação. Após a ativação da vitamina D é chamada em calcitriol, é a mesma coisa que vitamina D ativada. Quando esta ativada em calcitriol, ela volta para a circulação e estimula as células da Paratireóide a produzir o PTH (paratormônio).O PTH associado ao Calcitrol, estimula as celulas do intestino os enterocitos a absorver o cálcio.
            O fígado que regula todo o mecanismo, pois a partir dele é sintetizado a Vitamina D pré-ativada, que posteriormente será ativada na pele pelo sol. Este estimula a paratireóide a produzir o hormônio PTH que ativa os enterócitos absorver o cálcio e sucessivamente.
            Quando o cálcio chega ao fígado ele precisa ser armazenado e existem locais onde este é armazenado, não existe função metabólica na célula sem a presença do cálcio, esse íon precisa ser ligado a uma proteína de transporte até o local de seu armazenamento, é chamado de cálcio sérico, este por sua vez esta disponível na circulação para ser utilizado e o excedente retorna ao fígado, a princípio tenta-se não perder o cálcio no figado ocorre a troca da proteína carregadora e passa a migrar para o tecido ósseo, neste local a presença do PTH e do Calcitriol faz com que a célula C da Paratireoide produza a calcitonina, este hormônio atua sobre os osteoblastos, estimulando-os a produzir matriz extracelular.
            Os osteoblastos sintetizam matriz extracelular, protossaminoglicanas glicossaminoglicanos, proteínas de adesão, água e lança no meio externo e ao mesmo tempo ele produz uma fibra de colágeno em formato helicoidal, essa fibra possui ligações para o os íons de cálcio que ao ligar-se nesses locais formam cristais de hidroxioapatita.
         O osteoblasto só é estimulado a produzir matriz extracelular na presença da calcitonina, na ausência não é produzido esses compostos que possuem função de manter o armazenamento do cálcio no tecido ósseo. Desta forma o osso já estava esperando o cálcio, pois ele já fora estimulado a produzir a matriz extracelular responsável pelo armazenamento deste composto.
         O cálcio possui um controle feed back positivo e negativo, quando um osso esta sentindo deficiência de cálcio quem estimula essa deficiência é o periósteo que regula o crescimento ósseo, desta maneira os receptores que existem, para  o cálcio entrar no osso passa por um vaso do periósteo, estes vasos possuem receptores no endotélio vascular que percebem  os níveis de cálcio que entra e manda estímulos  neurológicos para que ocorra o aumento ou diminuição da construção óssea.
          A liberação do cálcio do tecido ósseo é realizada pelos osteoclastos que quebram a fibra de colágeno liberando o cálcio na corrente sanguínea, e quem controla isso é o PTH e calcitriol. (seus niveis sericos farão esse controle)
            A presença do PTH pode estimular a produção de calcitonina como pode alterar o citoesqueleto do osteoblasto e deixar o osteoclasto se aproximar.
          O excesso de cálcio na circulação volta para o fígado e a célula não utilizou em nenhum local, o fígado reconhece esse excesso e para de produzir a Vitamina D pré-ativada quebrando a cascata de eventos do cálcio, sendo liberado na urina ou nas fezes o excesso de cálcio não utilizado.
            O consumo de Vitamina D ativada funciona como feed back negativo, pis ela estumula o figado parar de produzi-la esse composto, no caso da ingestão das plantas que contém calcitriol, esse feed back negativo é interrompido e o fornecimento da substância ativadora supera ao feed beck realizado pelo fígado mantendo o feed back positivo e ocorre a absorção do cálcio. Desta menira o fígado joga na corrente sanguínea e o osso tenta absorver o máximo de cálcio no tecido formando uma osteopetrose ou um aumento exagerado de  cálcio nos ossos.
              O cálcio de sobra vai para a corrente sanguínea e é eliminado pela urina, mas antes disso, começa a ser depositada nos tecidos, como pulmão, coração, artéria, articulações, tecidos cartilaginosos, pois o tecidos mais próximos e semelhante ao tecido ósseo.
            O animal contém dor, começa ficar depositado calcio nos pulmões e não respira direito, começa a ficar acumulado na veia porta hepática e não consegue realizar a absorção de alimentos e pode morrer subitamente, por acúmulos no coração ruptura e tamponamento.


quarta-feira, 24 de abril de 2013

ANATOMIA TOPOGRÁFICA - MEMBRO ANTERIOR


É extremamente móvel com uma amplitude de movimentos em todas as espécies, porém em herbívoros essa mobilidade reduz, mas mesmo assim é muito móvel. Suporta o peso estabiliza o corpo e produz a movimentação, e pode ser usado como defesa em determinados animais.

Em termos regionais podem ser dividido em diferentes áreas que equivalem às divisões anatômicas, superficialmente o membro é dividido em varias áreas tanto pela vista anterior cranial quanto pela vista lateral, que ajuda basicamente a fazer a regionalização das dissecções.

Em termos gerais diz-se que o membro anterior é dividido em região escapular, braquial, cubital, axilar, antebraquial, carpal, metacarpal e falangeada. As divisões transversais regionalizam essas estruturas superficialmente.

A região escapular, anteriormente ou cranialmente, não possui grandes divisões e vai estar delimitada externamente pela protuberância acromial, que determina externamente a escápula, podemos dizer que ela cobre completamente as vértebras torácicas inclusive os processos espinhosos das vértebras. Em termos de estrutura óssea a escápula é a porção mais externa, os músculos supraespinhosos e serráteis, terão inserção nos processos espinhosos das vértebras torácicas.

A vista lateral da escápula vai ser dividida em duas áreas que possui como marco externo a espinha da escápula, pois é externamente palpável em todas as espécies, essa visão é marcada na área mediana da escápula uma vez que na área da espinha escapular vamos ter a fáscia cutânea que vai se inserir na região mediana da escápula, bastante visível. Essa divisão vai marcar uma divisão conhecida como área supraespinhosa e infraespinhosa.

O limite dorsal externamente é correspondente à região das cruzes ou cernelha e o limite inferior o processo acromial da escápula. Delimita-se a área da escápula da seguinte forma:
Abaixo da área escapular observa-se a região braquial, na observação externa do esqueleto no limite lateral da escápula é acrômio e na mesma linha distal ao acrômio encontra-se a articulação escápulo umeral.
Nessa articulação, essas localizações tornam-se importantes para coleta de líquido sinovial, por ser a mais facilmente puncionável em virtude do limite lateral ser bastante superficial, que se estende da área braquial desde aborda da escápula até a borda cranial do olécrano.
Área cubital se apresenta desuniforme e mais curta pela face anterior e mais larga pela face posterior pela vista lateral, formando um triângulo na região dessa articulação, tem como ponto de referência para esta área a tuberosidade do olécrano.
Em sentido distal até a linha articular encontra-se área do antebraço ou borda da cabeça do rádio, se tem a área cubital, principal via de acesso venoso na região em pequenos animais, em grandes animais esse acesso por ser realizado através das veias jugulares.

Onde se tem a articulação intercarpiana e carpofalangeana em sentido distal temos a região de mão, e não é incorreto mesmo em quadrúpedes chamar essa estrutura de mão caracteriza a extremidade distal do membro anterior e não o fato de apresentar polegar opositor.

A região da mão começa próxima a articulação carpiana e termina na ultima falange. Quando se está na região falangeana é possível observar principalmente na espécie bovina que a estrutura dos dedos as porções livres dos dedos estão relacionadas principalmente pela falange distal e falange média, pois a falange proximal está firmemente aderida e fixada pelo ligamento suspensório, no caso do equino não vale por ele apresentar um dígito apenas.

Músculos que recobre o membro torácico são representados pelo cinturão escapular formado pelos ossos que do membro anterior até a região do braço, o músculo braquial, mais os músculos que mantém unido ao tronco.
Os músculos superficiais são representados pelo trapézio porções cervicais e torácicas o mais importante músculo do cinturão escapular, pois mantém a fixação do membro ao tórax e sua estabilização, faz o trabalho de elevação, não é uma fixação definitiva em virtude de essa musculatura fazer o trabalho de elevação e tração cranial dos membros que inicia o passo.

As bases ósseas que formam o membro torácico vão ser formadas pela cintura escapular, quando se fala em ossos se restringe até a escápula, úmero, radio e ulna, carpo metacarpo e dedo.

Presença de ventres motores das articulações escápulo-umeral e úmero radio ulnar, a inserção do bíceps braquial (origem no tubérculo supraglenóide e inserção no curto tendão da tuberosidade do rádio) assim como o tríceps braquial (A cabeça longa é a mais volumosa, tem origem na borda caudal da escápula e se insere no olécrano e na fáscia do antebraço. A cabeça lateral está parcialmente coberta pelo músculo deltoide e se insere na face lateral do olécrano. A cabeça medial juntamente com a acessória se origina no tubérculo menor do úmero e se insere na face medial do olécrano. Sua função é flexionar a articulação do ombro e estender a do cotovelo) acontecem nas cintas motrizes do braço, são os movimentos que desobrigam, por exemplo, a movimentação das musculaturas que formam o cinturão escapular, se contrair bíceps e tríceps ocorre a movimentação do braço praticamente em todas as direções sem a necessidade de contrair o músculo trapézio.

Em termos ósseos a cavidade glenóidea da escápula é menor que a cabeça do úmero e por isso há a necessidade da colocação da borda escapular, outro detalhe que chama atenção é o fato que aparentemente existe um afastamento bastante grande entre a superfície da escápula e a superfície da cabeça do úmero, numa radiografia esse espaço é evidenciado devido à cartilagem não ser um tecido mineralizado e também por conta do líquido sinovial que mantêm certo diâmetro entre essas duas bases ósseas e considera-se que o contato é virtual, o que não ocorre nas demais articulações que mantêm um contato íntimo entre si.
O processo acromial da escápula é o limite da articulação escápulo umeral e sua porção mais distal estão exatamente sobre articulação úmero-radio-ulnar, isso vale para todas as espécies.
Não encontram na região de superfície todas as estruturas musculares, a não ser na região axilar, os músculos do membro torácico vão ser divididos em musculatura extrínseca e intrínseca.

O músculo extrínseco (movimenta o corpo) vai ligar o membro torácico ao esqueleto axial são responsáveis por fornecer a movimentação cinética desse membro, esses músculos vão dar movimento ao membro no sentido de promover o deslocamento, ao se contrair obrigatoriamente ela vai lançar o animal para frente promovendo sua movimentação. Exemplos, músculo trapézio, músculos peitorais, braquicefálico, serrátil, músculo infraescapular e grande dorsal. 


Os músculos intrínsecos (movimenta o membro) são aqueles cujas inserções encontram-se unicamente nos ossos do membro torácico, promove a movimentação da articulação do membro torácico. Exemplos, supraespinhoso, infraespinhoso, bíceps braquial, tríceps braquial, extensores digitais, flexores digitais, superficiais e profundos são todos considerados músculos intrínsecos. Os músculos extrínsecos são visíveis geralmente pela porção mais externa.
Os músculos que se inserem na articulação escápulo-umeral em sentido ventral são basicamente musculatura extrínsecas. Em termos de avaliação clínica o interesse nessas estruturas, é observado a partir da necessidade de diagnosticar, por exemplo, locais de fraturas.

 Parte do exame ortopédico que vai nos dar uma noção se o animal vai apresentar claudicação devido uma lesão na musculatura extrínseca, ocorre se a lesão tiver ocorrido no tronco ou na coluna. E no caso de musculatura intrínseca a lesão geralmente está relacionada com o membro.

A extensão do membro se faz apoiando o a mão sobre o cotovelo e sobre essa articulação empurrando um contra o outro, consegue através desta extensão testar o músculo grande dorsal e porção torácica do trapézio, ao passo que a tração caudal do membro vai testar a porção mais cranial desta musculatura. Se o animal manifestar dor nestas trações craniais e caudais provavelmente a lesão pode ter ocorrido na escápula ou mesmo lesões no sistema nervoso.

Os ossos do membro anterior são facilmente acessíveis pela face anterior, no caso da região mais cranial pela face craniomedial são mais superficiais, ou seja, todos os acessos feitos de forma cirúrgica, exceção feita à cavidade articular se faz pela face craniomedial do membro. Dificilmente um cirurgião fará intervenção cirúrgica num equino, por exemplo, pela face lateral do membro, pois é muito mais difícil acessar o osso por trás do que pela face medial cranial.

 Em termos de irrigação irá ocorrer basicamente pela artéria subclávia direita e esquerda, elas emergem a partir do tronco braquiocefálico emitir as carótidas.
É possível sentir o pulso arterial na artéria localizada entre os ossos sesamóides, não é possível obter pulso arterial no membro anterior na sua porção mais proximal sem utilização de aparelhos específicos.

No caso de plexos venosos, destacam-se importantes vias de acessos venosos, quando se fala em veia axilar e veia braquial são estruturas mais superficiais principalmente a veia cubital media e veia cefálica na sua porção cranial e porção ventral possui essa estrutura venosa pela região superficial pela face cranial do braço.

Em termos de estruturas adjacentes encontra-se uma estrutura importante na região da axila, o linfonodo axilar, ele é uma estrutura que se encontra numa região de transição de tórax e membro, é importante em cadelas e gatas, pois os vasos linfáticos das glândulas mamárias são drenados para este linfonodo, e caso ocorra alguma metástase nas mamas desses animais, os vasos linfáticos são os principais responsáveis pela disseminação do tumor no restante do organismo, sendo necessária sua retirada em intervenções cirúrgicas dessa natureza.




sábado, 20 de abril de 2013

ANATOMIA TOPOGRÁFICA - O ABDÔMEN



Conformação e anatomia da superfície externa


Em termos de limites externos se observa estruturas como as costelas ou a arcada costal que ajudam a delimitar cranialmente o abdômen, a porção palpável nos animais é somente aquela que está depois da ultima costela em sentido caudal, no entanto o fígado, o estômago e o baço ficam alojados sob a arcada costal e são, portanto, vísceras abdominais uma vez que estão retro diafragmáticos ou retrofrênico.

O abdômen por si só começa após a última costela, entretanto, ele se adentra ao tórax em virtude do formato côncavo do diafragma, ou seja, o diafragma é o limite mais cranial entre obdômen e tórax, ao falar em limite cranial externo têm-se como referências as últimas costelas, e ao falar em limite cranial interno do abdômen é o diafragma.

Ventralmente encontra-se uma anastomose com a musculatura contralateral. Quando se observa o abdômen por uma vista lateral ele vai finalizar na porção mais baixa e ventral, justamente na área que se une com a outra musculatura formando a linha Alba.
 Se na porção cranial observa-se o diafragma na porção ventral haverá a linha Alba, formada pela anastomose da musculatura que compõe a parede lateral do abdômen, lateralmente vamos ter formando os limites laterais abdominais somente a musculatura, pele, tecido subcutâneo e adiposo.


Dorsalmente o abdômen vai ter como limite aborda ventral da musculatura paralombar, ao observar o abdômen de lado numa porção quadrupedal, existe uma fração onde não será possível fazer palpação por não haver vísceras abdominais, existe um teto de cavidade abdominal formado por todas as vértebras e seus respectivos processos transversos e a musculatura que recobre essas estruturas, portanto, a porção mais baixa dessa região por haver uma espessa camada de músculo forma um triângulo denominado de vazio.
Caudalmente o limite do abdômen vai ser a crista pectínea na borda cranial da asa do íleo.
Ao visualizar o animal pela face ventral, é possível observar limites coincidentes, como o arco costal, crista pectínea e paredes abdominais que delimitam tanto a cavidade, quanto os limites da cavidade.
A divisão do abdômen é feita em quadrantes que, de acordo com a área, vamos mexer com um órgão distinto onde, por exemplo, é permitida a palpação na região abdominal nos animais. Em grandes animais essa prática fica restrita devido à densidade muscular e em relação às demais espécies, pois temos no ruminante, o rumem, um gigantesco saco que se situa no lado esquerdo do abdômen, e no equino grande parte do lado direito, ocupado pelo ceco, especialmente nas bordas ou nas porções mais ventrais do abdômen, tanto que o ceco faz relações com o apêndice xifoide, abaixo e a direita temos o ceco, no caso do bovino não há essa relação, diferentemente das demais espécies.
Retomando: os limites do abdômen se restringem cranialmente no limite das costelas, caudalmente na asa do íleo e crista pectínea, ventralmente a região da linha Alba e dorsalmente a borda ventral dos músculos lombares.
 Caudal a última costela, cranial a asa do íleo, percebe-se que é ocupada e tem um formato triangular em todas as espécies em virtude da elevação que as costelas conferem a essa região. Esse local é importante e denomina-se de fossa paralombar, direita ou esquerda, encontram-se órgãos diferentes conforme a espécie que se relaciona.
No caso do cão ao colocarmos a mão na fossa paralombar principalmente na região mais cranial, o órgão mais próximo da relação com os dedos será os rins, em ambos os lados haveria uma facilidade maior em fazer uma palpação renal pela região de fossa paralombar. Ao palpar pelo lado direito mais cranial a fossa paralombar encontra-se o fígado que se estende até próximo do arco costal, pois ele só se torna palpável além do arco costal em quadros de hepatite, pois o fígado aumenta de tamanho e se torna palpável além do bordo da arcada costal.
A cavidade abdominal começa especificamente abaixo dos processos transversos das Vértebras Lombares que passa a ter a musculatura da cavidade abdominal.
O abdômen numa vista ventral pode ser dividido em nove quadrantes não uniformes, que em cada quadrante sempre haverá os mesmos órgãos nas diferentes espécies.

Essa divisão ocorre pelas linhas que cruzam desde a região mais medial do corpo do íleo em linha reta até a cartilagem costocondral e a mesma coisa do lado oposto. Caudal a costela traça-se uma linha transversal ao corpo da mesma forma na asa do íleo traça-se mais uma linha transversal.
A primeira parte que fica próxima à região do xifoide, e chamada de região xifoideia, o quadrante que fica abaixo das cartilagens costais são regiões hipocondrais, direito e esquerdo, no lado direito dessa região é possível palpar rins e fígado e no lado esquerdo pode-se conseguir palpar rim esquerdo.  Abaixo da região hipocondral encontra-se a região de flanco ou vazio e entre elas a região umbilical ou epigástrica, região inguinal direita e esquerda e região pubiana
Num caso clínico em que um animal esta a um dia sem urinar, a região mais provável de inserção de um cateter seria na região púbica, pois a bexiga repleta, sem dúvida, se move da região pélvica para a região púbica.
 Caso um equino apresente, por exemplo, uma compactação do ceco, a região que poderia se ter acesso a este órgão seria a mais provável a região xifoideia ou a região hipocondral direito ou pelo flanco direito.
No caso de colocar uma fístula ruminal, a região que mais indicada seria no flanco do lado esquerdo normalmente na porção mais alta dessa região, devido à visualização de rumem.
Profundamente a estrutura que forma o abdome é essencialmente muscular diferente do tórax que possui um arcabouço ósseo, formado pelas costelas.

O Abdômen é formado por quatro músculos que formam a cavidade abdominal e que protegem os órgãos e estruturas abdominais. A primeira musculatura mais externa e superficial de todas é o músculo oblíquo abdominal externo (nº 5) que se originam da região do corpo da 4ª costela até aproximadamente a 13ª costela, além disso, as últimas fibras podem ter inserção numa estrutura chamada de fáscia toracolombar e ainda uma porção dessas fibras se inserem na bainha do músculo reto abdominal.
Abaixo do oblíquo externo encontra-se o músculo oblíquo abdominal interno (nº 8) essas musculaturas se originam da aponeurose ou da fáscia toracolombar na porção mais superior e se inserem na bainha do músculo reto abdominal.
O músculo reto é circulado por uma bainha, essa bainha é formada pela inserção das bainhas do músculo obliquo abdominal externo e interno e transverso abdominal. Nessa região de bainha passa a veia umbilical no caso de neonatos que posteriormente torna-se o ligamento umbilical, nessa região pode acontecer uma hérnia por conta de má formação ou fechamento desse local após o nascimento.
nº 1 linha Alba, nº 4 canal inguinal

Em quadros mais graves podem acontecer casos conhecidos como eventrações, essa patologia o animal nasce e as alças intestinais ficam expostas, por não ter acontecido a fusão da bainha do músculo reto abdominal.
Na porção mais caudal do músculo reto do abdômen, a bainha que envolve o músculo nas porções ventrais e dorsais passa a existir apenas na porção mais externa da musculatura.
Visualização dos músculos oblíquos interno e externo, reto do abdômen

Canal inguinal

É um dos locais onde comumente podem ocorrer hérnias (passagem de órgãos abdominais pó essa abertura).
Essa região é caracterizada por ser um espaço lateralmente entre os músculos oblíquos abdominais externos e internos e possuem um ponto de inserção comum, existe a formação de uma estrutura que não é fechada pela qual no caso dos machos, ocorre a passagem dos testículos para a bolsa escrotal que na vida uterina é intra-abdominal, e na vida extrauterina é extra-abdominal.

O canal inguinal é formado na região mais cranial pela inserção da musculatura do oblíquo abdominal externo e dorsalmente pela inserção do oblíquo abdominal interno, mais profundamente e mais cranialmente ele se inverte o interno forma a porção mais dorsal e o externo a porção mais ventral.
Essas estruturas se estendem desde o anel inguinal interno até o anel inguinal externo. E permite a passagem de grandes vasos e nervos gênito femorais e no caso dos machos a passagem das gônadas, (testículos) a camada mais superficial do músculo oblíquo interno forma a porção dorsal e cranial e na remoção do oblíquo abdominal externo fica visível na porção mais profunda formando tanto a porção mais cranial quanto na porção lateral desse forame.
Nessa região passa os vasos, nervos e gônadas, eventualmente quando essa estrutura de inserção abdominal é fragilizada e em algumas condições de caráter hormonal, pode ocorrer que a porção mais externa dessa musculatura fica flácida e se dilata sendo possível extravasar vísceras, especialmente intestino e no caso das fêmeas o útero.
Existem casos de gestação extra-abdominal o filhote está dentro do útero, porém, a gestação ocorre fora da cavidade abdominal, o feto cresce normalmente, porém, o nascimento ocorre apenas por cesárea.

Os suprimentos sanguíneos são representados por 4 artérias (duas do lado direito e duas do lado esquerdo) epigástrica Cranial que é continuidade da artérias torácica e assim que emite a frênica dorsal ela torna-se a epigástrica cranial. Esta passa entre os músculos retos abdominais e oblíquos abdominais artéria epigástrica caudal.
Veias e artérias epigástrica caudal entre os músculos abdominais (estas se anastomosam com as veias e artérias epigástricas craniais)

Ao abrir o abdômen pela linha reta ou linha Alba e seccionar as paredes e ter acesso às vísceras, observa-se uma estrutura amarelada esbranquiçada recobrindo todas as vísceras com exceção do fígado e baço, essa estrutura é chamada de omento, essa estrutura não recobre esses órgãos por ser originadas da curvatura maior do estômago se reverter e inserir na porção ventral desses órgãos lateralmente a veia cava.
O omento irá formar o ligamento gastroesplênico ele se dobra do estômago sobre o baço e em sentido caudal. Existem várias estruturas de sustentação do intestino, a primeira e mais comum delas é o mesoduodeno no teto da cavidade abdominal, mesorreto e mesocólon e fixando no estômago parcialmente ao teto o ligamento gastroesplênico, ou seja, o omento é um reflexo desse ligamento (gastroesplênico) em sentido caudal. O omento serve como via de transporte de vasos até as alças intestinais.

Localização e relações

No estômago existe três regiões distintas, cardica, fundica e pilorica, a região fúndica e região de cárdia, são as mais capaz de se dilatar. Ao chegar no piloro em secções longitudinais do estômago, a espessura da parede deste órgão tende a ficar ligeiramente mais grossa e via de regra percebe-se que em animais domésticos principalmente nos monogástricos as porções mais fáceis de se dilatar são as regiões mais altas do cárdia e fúndica, essas regiões em termos fisiológicos são as áreas que disparam a sensação de saciedade quando estão tensas, informando ao cérebro quando o órgão está cheio, isso ocorre geralmente de maneira tardia.

Observa-se em carnívoros uma tendência ao sobrecarregamento gástrico importante em caso de filhotes, o estômago vazio dificilmente são palpáveis, pois, fica parcialmente encoberto pelas costelas, este órgão desce até o assoalho da cavidade abdominal quando está cheio e torna-se palpável.
Nas áreas de região pilórica, produz uma substância denominada de fator intrínseco que funciona como potencial carreador de absorção de algumas vitaminas do complexo B.

A região fúndica se projeta dorsalmente é uma porção mais alta, é a região do cárdia ligeiramente mais alargada, e nessa região que tende a começar a ocorrer o processo de vômito.
O corpo e o fundo são colocados à esquerda da linha média, e tem contato íntimo com diafragma e fígado, e a porção mais distal do estômago que caminha ao piloro fica mais à esquerda, em compensação o piloro se projeta para o lado direito. Quando o estômago está repleto, ele faz relação íntima com o assoalho da cavidade abdominal, dependendo do grau de repleção deste órgão, o baço se move e pode chegar a ficar junto ao assoalho da cavidade abdominal.


O fígado ocupa uma porção maior do lado direito da cavidade abdominal. Nas proximidades destes órgãos observa-se a veia cava e ligeiramente à esquerda do plano mediano observa-se o esôfago.

Nesta figura o jejuno foi removido
O duodeno está localizado no lado direito e segue ainda pelo lado direito até fazer a flexura cranial porção transversa, segue até a flexura duodenal caudal e o jejuno encontra-se espalhado na porção inferior (ventral) e caudal do abdômem. Ao relacionar a localização dos órgãos com os quadrantes, na porção inferior cranial, o jejuno estaria na região xifoideia, hipocondral direita e esquerda, umbilical, flanco direito e esquerdo. A bexiga estaria na região pubiana.

Intestino Delgado

Uma das mais importantes informações a se saber sobre intestino delgado está na localização de duodeno para não mexer nessa porção do órgão, isso se deve ao fato que aderido à curvatura do estomago e envolto no duodeno está o pâncreas. Intervenções nessa região pode causar uma pancreatite por ser um glândula bastante sensível.

O ID vai ser de 3 a 5 vezes maior que o tamanho do corpo no caso de pequenos animais e em grandes animais essa taxa tende ser maior chegando ate 15 vezes o tamanho do animal.
O duodeno é a região mais curta em todos os animais, faz a flexura cranial, margeia a cavidade do abdômen fazendo um íntimo contato dorsalmente com a parede lateral direita. Desce pela lateral da cavidade abdominal até fazer a flexura caudal, quando volta praticamente no meio, fica subvertebral onde se abre no jejuno.

 Suas relações, dorsalmente com o lobo pancreático, que na curvatura cranial do duodeno encontra-se aderido junto à curvatura maior do estômago. Imediatamente caudal ao piloro, ventralmente relaciona-se com o jejuno e medialmente com o cólon ascendente. No equino as relações são mais importantes pois, na hora de fazer a inspeção intestinal para localizar a área que esta gerando a cólica, precisa correr todo o intestino fazendo palpação e verificar onde está obstruído ou necrosado.

Jejuno e íleo

Forma uma massa que ocupa a região entre estômago e bexiga bem ventral, basicamente a diferença entre as espécies está no diâmetro desses órgãos, porém as estruturas são as mesmas. Dorsalmente faz relação com a porção descendente do duodeno à esquerda com rins e músculos sublombares, e ventral e cranial com o omento.
Íleo faz relação direta com Jejuno, ceco, e cólon.




Fígado

O fígado é um órgão que pode ser considerado intratorácico, por conta da face cranial deste órgão possuir uma concavidade que fica na região torácica, porém ele é um órgão abdominal, (isso ocorre pelo fato do abdômen começar caudal a ultima costela, tendo com limite o músculo diafragmático) mas sua maior parte fica intratorácica.

O fígado fica no lado direito do plano mediano, no lado esquerdo encontra-se o estômago e parte esquerda do fígado. Ou seja, num corte transversal nessa região entre fígado e estomago é possível observar porção do fígado e estômago.
 A relação dorso caudal do fígado será diretamente com o rim direito por ele estar mais cranial que o rim esquerdo, tanto que o fígado possui uma impressão renal nessa região. A borda ventral do fígado se estende ligeiramente além do arco costal, porém não é tão evidente além desta região exceto em situações patológicas. 


Caudalmente o fígado faz relação com o estômago e cranialmente com o diafragma. Observa-se pela face diafragmática o hilo hepático onde temos a entrada e saída de vasos importantes como a veia porta, artéria hepática, ducto biliar, juntamente com os ligamentos hepáticos e o falciforme.

Pâncreas
É um órgão parenquimatoso dividido em duas porções lobo esquerdo localizado caudomedialmente ao plano médio e direito crânio dorsalmente, as duas porções tendem a confluir para a mesma região, por ser um órgão exócrino tem abertura num ponto comum, ducto do colédoco. A porção direita fica na região da curvatura cranial do duodeno sustentado no ligamento pacreaticoduodenal. A porção esquerda fica aderida na curvatura maior do estômago.


quarta-feira, 17 de abril de 2013

ANATOMIA TOPOGRÁFICA - O TÓRAX


O Tórax

A pele apresenta-se solta nas laterais da cavidade torácica e mais aderida no esterno e vértebras exceto cernelha é utilizada para a aplicação de medicamentos subcutâneos.

Regiões do tórax

As delimitações do tórax são constituídas pela parede dorsal tórax no qual são formadas pelas vértebras torácicas, as Paredes laterais do tórax ( E e D) são formados por músculos (intercostais externos, internos, músculo grande dorsal, e músculo cutâneo do tronco). A parede ventral tórax ( número 8) é formada pelo esterno, cartilagens costais, músculos peitorais e músculo transverso do tórax.A parede caudal do tórax é formada pelo músculo diafragma (número 10)  possui as porções tendinosa e muscular. Possui uma abertura cranial  por onde atravessam estruturas importantes, como artérias, veias, esôfago. (hiato esofágico, e a abertura dos grandes vasos).

Conformação e anatomia superficial

Possui uma conformação variada dependendo da espécie. É possível palpar algumas estruturas o ângulo cranial da escápula nos fornece o limite do processo espinhoso T1 ele é coincidente com a primeira vértebra torácica, o ângulo caudal fica lateral a T4 e T5 que se for observado entre as duas estruturas vai ser encontrado os limites finais da Intumescência Cervical.


Na articulação escapulo umeral, no caso do ombro, fica oposto a extremidade distal ou borda caudal ou colo da primeira costela que ao ser observado a porção acromial da escápula está em cima do limite caudal da primeira costela que delimita externamente o início da cavidade torácica. Ou seja, o limite cranial do acrômio da escapula demonstra efetivamente o início externamente das primeiras costelas, limite reconhecido de estrutura de membro torácico.





O músculo grande dorsal (nº 12) faz a união do cinturão escapular junto ao tríceps braquial (nº 13 e 14) e parte da musculatura do serrátil. (nº25)  Esses ventres musculares estão na região onde faz a auscutação. Essa prática fica geralmente restrita basicamente nos dois terços caudais da região torácica, em pequenos animais há a facilidade que se consegue auscutar melhor na região ventral da axila.

A região do olécrano ou o cotovelo está nas proximidades do 5º EI, nesta localidade está a batida de ponta do coração, ictus cortis, se tem um ponto de referência da localização da porção apical do coração.


A caixa torácica é formada por esterno, costelas e vértebras torácicas a caracterização dessa região é a presença dos processos espinhosos longos apoiados por uma massa muscular lateralmente e profunda em especial pelos ventres dos músculos longíssimos do tórax, (nº 3 figura abaixo) na região mais superficial apresenta-se os músculos serrátil do tórax e depois o músculo grande dorsal.


Outra estrutura que ajuda na integridade da coluna vertebral em especial na região de tórax é a presença do ligamento longitudinal ventral, esse ligamento é estendido até as duas últimas vértebras torácicas e na transição entre as vértebras lombares ele deixa de existir. A região torácica possui diversos ligamentos que mantêm a firmeza desta região, são os ligamentos transversos e ligamentos costovertebrais.Essas estruturas ligamentárias dão suporte ao tórax, limitam a movimentação e ainda conferem a rigidez a esta região contra impactos, tanto que os órgãos que estão nessa região tendem a sofrer menos impactos em acidentes, o que não se observa na cavidade abdominal. As luxações ocorrem em menor frequência no tórax que em região abdominal devido aos diversos ligamentos contidos nessa região.










Costelas e esterno

O número de costelas são variáveis ao número de vértebras torácicas. Cada espécie possui uma quantidade de vértebras torácicas, o cão e os suínos possuem 13 VT, ruminantes 14 VT, e equinos 18 VT correspondendo ao número de costelas.

Não se pode confundir costelas flutuantes com costelas falsas, as costelas flutuantes são as costelas que não apresentam qualquer tipo de ligação com o esterno, as costelas falsas são costelas em que existe a formação costal e a sua união desta ao esterno é feita por cartilagem através do arco cartilaginoso costal.As primeiras costelas possuem um formato mais reto e em sentido craniocaudal elas vão se arqueando formando um arcabouço, essas estruturas são em mesmo número de Vértebras Torácicas. As primeiras costelas são semelhantes entre si.Na borda caudal das costelas apresentam um sulco denominado de sulco costal, essa estrutura é importante na abertura de tórax, é pouco comum, mas caso haja necessidade não se deve aprofundar a incisura no bordo caudal da costela, pois nesse bordo caudal do sulco costal corre estruturas importantes como artérias intercostais, veias intercostais e nervos intercostais.


Esterno


É formado por esternébras que são estruturas cilíndricas e delgadas com pouca quantidade de tecido compacto externamente, todo animal possui cerca de oito esternébras, é um osso bastante superficial considerado um osso subcutâneo principalmente na crista média do esterno onde não existe cobertura muscular.Na musculatura excêntrica do tórax, temos como exemplos os músculos peitorais superficiais, se inserem paralelamente a crista mediana do esterno, a crista mediana é superficial e palpável em todos os animais, no caso de equinos essa crista é muito evidente, clinicamente esse osso é importante na produção de células sanguíneas pela medula óssea vermelha, o esterno é uma estrutura que tem sua importância na punção de medula óssea devido a sua superficialidade e ainda pouca quantidade de tecido compacto. É importante a cautela no procedimento de punção de medula nesta região, visto que se encontra apoiado no esterno a porção apical do coração, e algumas estruturas como o ligamento frênico pericárdio e esternopericárdio nos cães. Há a possibilidade da transfixação da agulha até o coração podendo gerar uma complicação no procedimento de punção de medula nessa região. Musculatura da camada superficial


A musculatura que recobre o tórax tem mais relação com o membro torácico que com o tórax, a maior parte dela está relacionada com o cinturão escapular, como por exemplo, a cobertura dorsal feita pelo músculo trapézio ( nº 10 porção cervical, nº 11 porção torácica), cobertura lateral feito pelo músculo grande dorsal, (nº 15) os músculos intrínsecos do membro torácico como tríceps braquial nº 17 cabeça lateral e  16 cabeça média), deltoide, omotransverso, braquicefalico (nº 4 e 5) , escaleno, quadrado e intercostal e na porção dorsal os músculos serráteis. Quase todo o tórax é desprovido de musculaturas na remoção de membro torácico.


As estruturas que se identificam na remoção do membro torácico são representadas pelo músculo grande dorsal, subescapular mais profundo, músculo serrátil na porção torácica, músculo escaleno, quadrado do tórax e parte do músculo longuíssimo do pescoço.

A remoção do membro torácico evidencia a traqueia, e numa vista pelo lado esquerdo, o esôfago. Ataques a abscessos podem comprometer órgãos dessa região.

Caudal ao membro pela remoção da pele do tórax evidencia uma grande fáscia muscular ou fáscia toracolombar, que da origem ao músculo oblíquo abdominal externo e tem como ponto de inserção as oito últimas costelas em todas as espécies. Essas últimas costelas servem como ponto de inserção da musculatura do abdômen que possuem origem na aponeurose do músculo reto abdominal e recobre formando a parede abdominal.
 O músculo reto do abdômen se insere no esterno fazendo então uma cobertura de parte mais ventral das costelas.



Na porção torácica ao remover a pele e músculo cutâneo põe em evidência a porção torácica do músculo trapézio (principal músculo responsável pela fixação da escápula e consequentemente o membro anterior ao tórax) observa-se ainda a borda caudal do trapézio sob o músculo grande dorsal, na remoção do trapézio e grande dorsal expõe-se os fascículos dos músculos serráteis do tórax, reto do tórax e abdômem, e uma pequena porção do músculo obliquo abdominal externo. E na remoção dos fascículos do músculo serrátil, evidencia os músculos intercostais externos e imediatamente abaixo deste encontra-se o músculo intercostal interno.




Diafragma

É um órgão muscular dividido em duas porções com estruturas inerentes a qualquer estrutura muscular, vai apresentar uma porção muscular (nº 1, 2, 3 4) e uma porção tendínea (nº5, 5')é um músculo que tem origem de duas estruturas musculares volumosas denominadas de pilares diafragmáticos( nº 1, 2) e tem como ponto de origem ou ponto de fixação os corpos vertebrais das primeiras vértebras lombares (nº 14) visível no teto da cavidade torácica ou teto do tronco.


Internamente toda sua borda é fixada na face medial das costelas no sentido oblíquo, não é fixado no corpo das costelas e sim na porção mais distal da face medial das costelas acompanhado a arcada costal ou arco costal que é a divisão entre o tórax e abdômen, essa região encontra-se de forma convexa dentro do tórax até a 6ª ou 7ª costela.

O diafragma não é considerado um órgão e sim uma estrutura musculoesquelética e possui uma relação íntima com o sistema respiratório, pois parte da força motriz deste sistema advém do diafragma. Possui uma relação íntima com as vísceras da cavidade abdominal e relações com os grandes vasos que os oferece suporte. No caso de vísceras o diafragma oferece suporte através do ligamento do fígado e ligamento falciforme. O diafragma dá suporte ao esôfago (nº 8), principalmente a veia cava caudal (nº10) e por entre os pilares do diafragma passa a Artéria Aorta.(nº 6). 


A cúpula diafragmática fica em torno da sexta ou sétima costela e serve como ponto delimitação da cavidade torácica e abdominal. Nas porções laterais existe um espaço denominado de recesso diafragmático em ambos os lados possuem uma extensão ou colo da margem caudal dos pulmões.

A margem caudal do lobo pulmonar se estende até esses recessos. Numa imagem radiográfica essa região aparece bastante pontiaguda, quando há alteração nesta por alguma doença, por exemplo, líquidos que deveriam ser residual ocupa essa cavidade que deveria ser ocupada pelos pulmões. 
Esse espaço deve estar vazio para que esse órgão possa fazer a movimentação de expiração e inspiração para encher-se de ar, caso isso não ocorra o animal apresenta dificuldades de respiração. A entrada de liquidos nesse recesso pulmonar é chamada de efusão pleural, essa patologia causa deformidade no recesso que pode ser observada, por exemplo, em raios x.
Retomando, o diafragma possui uma abertura mais dorsal entre os pilares diafragmáticos na região de hiato esofágico por onde passar a Aa aorta e o esôfago e na região tendínea voltada para o lado direito a abertura da veia cava caudal.

Pleura e Mediastino


Em termos de cavidade torácica onde estão encarceradas as vísceras, observa a presença de uma camada de tecido epitelial denominada de pleura, que reveste a parede da caixa torácica, quanto as vísceras dessa cavidade. O espaço entre esse tecido é chamado de espaço pleural. No teto da cavidade torácica essa camada de tecido se reverte e passa a revestir as vísceras. A pleura que reveste a cavidade pela parede e chamada de pleura parietal e o tecido que reveste as vísceras é chamada de pleura visceral, esse mesmo tecido reveste o coração e é chamado de pericárdio.