sábado, 4 de abril de 2015

PIELONEFRITE EM EQUINOS

Pielonefrite é uma infecção do parênquima, cálices e pelve renal, é muito comum em animais adultos por infecções ascendentes.

Ilustração de um rim com pielonefrite
Sinais clínicos: Perda de peso, disúria, febre, depressão, aumento da sensibilidade renal ou na região paralombar, bexiga e ureteres aumentados de tamanho.
 O animal sapateia e tem a expressão facial fechada incômodo e gotejamento ao urinar.

Diagnóstico: Sinais clínicos, histórico, urinálise (piúria, bacteriúria, cilindros, células epiteliais) hemograma apresentando anemia e leucocitose.

Aumento da ureia e creatinina sérica, hiperfibrinogenemia, e hipergamaglobulinemia. os cilindros são acúmulos de mucoproteínas nos túbulos contorcidos distal.

Tratamento: Fluidoterapia 8L de solução salina isotônica VO
três vezes ao dia por 2 a 4 dias.

Oligúria: DMSO 10%  0,5 a 0,9g/kg IV 
Manitol 20% 0,25 a 0 1 g/kg IV
ou
Furosemida 1mg/kg IV a cada 2h duas ou tres aplicações
Vitaminas do complexo B

Penicilina procaína 15000UI kg duas semanas
Sulfadiazina + trimetropim 15mg/kg BID duas semanas
Gentamicina 2,g/kg  BID duas semanas

Prognóstico: Creatinina <5mg/dL: meses a anos de vida
                                       >10 mg/dL: semanas de vida.


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SÍNDROME DE CUSHING EM EQUINOS

A síndrome de cushing em Equinos é uma doença de caráter endócrino que atinge principalmente equinos com idade superior a 15 anos. é uma doença neurodegenerativa progressiva, ou seja o animal tende a apenas piorar da doença com o passar dos anos.

Animal com hirsutismo (crescimento exagerado de pelos em locais não comum de nascimento)


Ocorre uma hiperplasia da glândula pituitária na sua parte intermediária, que pode inclusive evoluir para uma neoplasia ou adenoma de glândula pituitária que se estende pelos neurônios dopaminérgicos do hipotálamo até a glândula pituitaria, essa hiperplasia, por sua vez, provoca um aumento na secreção do ACTH (hormônio adrenocorticotrófico).
O ACTH atua sobre a secreção de hormônios da glândula supra-renal, especificamente no córtex da adrenal, estimulando esta glândula a produzir Aldosterona, Cortisol e Andrógenos.

O cortisol é um hormônio que provoca principalmente nos equinos alterações sistêmicas bastante relevantes, pode-se citar o aumento na frequência cardíaca e respiratória, degradação dos tecidos pelo catabolismo proteico, e diminuição da imunidade do animal.

Desta maneira os equinos que apresentam essa sindrome invariavelmente poderá apresentar uma hipoperfusão periférica, com hipertensão tecidual. O cortisol neste espécie provoca um recrutamento do sangue periférico para órgãos mais importantes, como figado, cérebro, coração, etc. esse recrutamento provoca uma diminuição na circulação do sangue nas extremidades, especialmente no casco dos equinos, provocando desta forma uma Laminite, neste animal.
O diagnóstico precoce, consiste na observação dos sinais clinicos como imunossupressão e laminite. Doenças da falta de imunidade como infecções recorrentes, catarro, gripes, abscessos, pneumonias e a laminite. Animais com idade superior a 15 anos que apresentar essa sintomatologia clínica deve passar por esse diagnóstico diferencial.


Além da imunossupressão esses animais poderá apresentar, queda e branqueamento de pêlos, areas de pêlos irregulares, sudorese inbtensa, mudança no metabolismo perda de peso, redução de massa muscular.

Como diagnóstico clínico, pode ser:

Método 1: Dosagem de ACTH

A colheita do sangue deve ser feita logo pela manhã com o animal calmo, sem estresse e pelo mesmo tratador em que o animal está acostumado, o Sangue deve ser colocado em fasco com EDTA, ser refrigerado e analisado em no máximo duas horas após a colheita. 

Animal suspeito >7,7 mmol/L
Animal positivo  >10 mmol/L

Método 2: Teste por supressão por Dexametasona

Realiza a colheita de sangue antes da aplicação da dexametasona, e faz a análise do cortisol sérico ou plasmático.
Posteriormente administra dexametasona na dose de 40ug/kg IM ou 20mg/500kg de PV. Após 24  horas da aplicação da dexametasona, realiza uma nova colheita de sangue e faz a análise do cortisol sérico ou plasmático e compara com os níveis anteriores.
A dexametasona age via feedback negativo na produção do cortisol, diminuindo sua concentração plasmática. 

Teste positivo: Níveis de cortisol acima de 1ug/dL.

Tratamento:

Realizar a tosa do animal;
Correção da dieta adaptada para a idade;
Casqueamento preventivo;

Mesilato de pergolide 0,5mg/kg BID VO e aumentar gradualmente após 1 ou 2 meses ou conforme a necessidade ou evolução dos sinais clínicos.

Suplementação com Magnésio e Cromo 

Prognóstico: por se tratar de uma doença degenerativa de caráter progressivo não haverá cura completa do animal. O tratamento na fase de hiperplasia da pituitária é mais fácil de se controlar ou estacionar reduzindo por sua vez os sintomas clínicos.