Toxocara sp.
Os cães são
infectados pelo Toxocara canis e os gatos pelo Toxocara cati.
O ciclo de vida
desse parasito ocorre pela ingestão do ovo larvado contendo a L3 e na mucosa
intestinal essa larva penetra e alcança a corrente sanguínea vai até o fígado
e posteriormente até o pulmão que neste órgão essa larva sofre ecdise para L4, posteriormente essa larva migra para a árvore brônquica até traqueia, sendo então deglutida.
No intestino ou tecido somático essa larva poderá ficar em estado de
latência quando o hospedeiro criar resistência. Em cadelas no terço
final da gestação a diminuição hormonal promove a ativação dessas larvas que migram
para a placenta infectando o filhote e também para glândula mamária onde através da amamentação poderá infectar o filhote.
A patogenia dessa larva está na sua capacidade
espoliativa dos nutrientes e lesões da mucosa e ainda, podem causar obstruções
intestinais, ruptura de alças, vômitos, diarreia, convulsões, pneumonia e provoca a morte dos animais.
Toxocara cati
Os sintomas
e o ciclo de vida do Toxocara cati é semelhante ao T canis, porém, não
ocorre migração transplacentária nem a migração transmamária.
Ancilostomíase
O cão é infectado com o Ancylostoma caninum e o gato
com o Ancylostoma tubaeforme, ainda exite uma outra espécie
chamada de A. brasiliensis, trata-se de uma zoonose por sua
migração errática provocando a larva migrans cutânea no homem.
A forma de
infecção se dá pelas larvas L3 filarióides, que penetram ativamente na pele por via oral, transplacentária e lactogênica. A patogenia desta larva está na
sua migração através da pele onde alcançam a corrente sanguínea e pode levar
a migração somática e traqueal. As larvas atravessam os capilares
pulmonares em direção aos alvéolos, sobem a traqueia e podem ser deglutidas ou
eliminadas através da tosse e no intestino, completa seu ciclo realizando a postura de
ovos.
Esse parasito possui ação espoliativa, com sua peça bucal feita para aderir a mucosa e
se alimentar de sangue, produzem enzimas anticoagulante, que mesmo após
mudar de local, continua sangrando, cada larva pode espoliar cerca de 0,1 a 0,2
ml de sangue por dia. O animal parasitado entra em um quadro de anemia normocítica
normocrômica, que poderá evoluir para uma anemia microcítica e
hipocrômica. A migração cutânea desta larva, causa intenso prurido, erupções, papuloeritematosas, diarreia sanguinolenta e dores
abdominais.
Tricuríase
É um parasita do intestino grosso de cães e sua
infecção nos animais seguem a de Toxocara e Ancylostoma, possuem 4 a 8
centímetros e são conhecidas como verme chicote, devido seu formato longo e
afilado. Em gatos é pouco relatado e pouca importância clínica.
Os parasitos machos e
fêmeas se acasalam no intestino e a postura de ovos são eliminadas nas fezes, e pode viver de 3 a 4 anos no ambiente. Após a ingestão dos ovos por um
hospedeiro susceptível, a L1 infectante é liberada no intestino delgado e as larvas
migram para o ceco e penetra na glândula da mucosa e termina seu
desenvolvimento.
A patogenia está quando ocorre inflamação da mucosa resultando em diarreia aquosa com muco e
sangue.
Estrongiloidíase
Pouco comum no cão e no gato no entanto, quando em altas cargas parasitárias provocam diarreia, fezes sanguinolentas e
sinais de pneumonia devido ao seu ciclo pulmonar
errático.
Dipilidiose
É uma verminose pouco patogênica, porém, o Dipylidium caninum é um dos parasitos mais frequentes em cães e gatos, apesar
de seu ciclo ser indireto e precisar de insetos como por, exemplo, a pulga, para
ser transmitida. São vermes achatados ou seja cestóides, com um corpo formado
por vários anéis ou proglotes, muito móveis que são liberadas nas fezes dos
animais.
A infecção do animal ocorre pela ingestão de piolhos ou pulgas
contaminados pelo dipylidium, pode haver irritação das mucosas intestinais
e anal com diarreia intermitente e mucóide. Ocorre alteração de e perda de peso e apetite. O único sinal mais evidente é o prurido anal que o animal apresenta pela
migração da proglote.