sábado, 13 de abril de 2013
quarta-feira, 13 de março de 2013
CARACTERÍSTICAS QUE DISTINGUEM Boss taurus de Bos indicus
Julgamento conhecimento da definição da raça
ou a sua finalidade zootécnica (padrões estabelecidos).
O estudo das diversas
regiões do corpo compreende três aspectos fundamentais:
A)
A divisão e nomenclatura das diversas
regiões anatômicas do animal
B) Sua faixa e principalmente o que cada
uma delas representam em quantidade e qualidade de carne dentro da carcaça.
C)
A característica de cada região em relação
a sua forma típica e analise das suas eventuais deformações distinguindo-se as
novas ou acidentais daquelas obtidas através da carga genética ou hereditária .
Divisão
do corpo: cabeça, pescoço, tronco e membros
Cabeça é dividia em três faces e duas extremidades
a)
Face anterior: fronte, chanfro e
aparelho nasal.
b)
Faces laterais: Orelha, fonte, olhos, chifre
e narinas.
c)
Face posterior: gamacha, autri jamacha e
barba
d)
Extremidade superior: nuca, parótida e
garganta
e)
Extremidade inferior: boca
Obs:
Face anterior
Constituída
principalmente pelo osso frontal onde se implantam os chifres (marrafa). Está na largura entre os chifres, possui superfície lisa ou com saliência
caracterizando algumas raças em:
Gir-
marrafa larga na extremidade superior de cabeça, bem alojada para trás sobre a
nuca.
Nelore
– marrafa estreita, podendo apresentar uma saliência óssea na superfície
chamada de Nimbure ou Ninburg, denominação de origem indiana ou ainda Poll de
origem européia. Todos esses temos são traduções em português e mais acentuada
nos animais mochos.
Obs: A linha longitudinal partindo de marrafa, a fronte apresenta em algumas raças uma depressão característica, estreita – Nelore (também chamada de Guzerá) +
larga – Guzerá com fronte em prato.
O
chanfro anatomicamente constituído pelas extremidades inferiores do osso frontal, os
nasais, os lacrimais, os zigomáticos, os maxilares superiores e as apófises dos
intermaxilares.
O
chanfro + fronte = Perfil
Em
linhas de diversos padrões oficiais das raças brancas, o chanfro é considerado
sempre reto observando-se apenas algumas tendências com o Guzerá ou que alguns
animais apresentem ligeira depressão no chanfro dando a impressão de focinho
arrebitado.
Perfil
Retilíneo
Concavilínio,
(ultra ou sub)
Convexivilinio
(ultra ou sub convexo) qualquer uma dessas duas
características constitui defeito.
Faces
laterais
Orelhas: Devem estar encobertas na face externa
por pêlos curtos e finos e na porção interna por pelos mais grossos e longos o
tamanho é médio para grande e pendentes, com exceção do nelore, kangayan, curtas
e em posição diferentes do horizontal. São encartuchadas e com as extremidades
dobradas para a face.
Face
posterior
Ganacha: Porção exterior do maxilar inferior. São ligeiramente convexas e quando
compridas e bem afastadas, oferecem melhores condições de mastigação.
Obs: Pescoço
Pele:
Solta e pregueada, barbela contínua ate o manúbrio. Na raça Sindi o tipo ideal
de barbela estende-se até o esterno sendo apenas dobrável até o umbigo.
O
pescoço deve ser médio a comprido, correspondente ao animal tipo longilíneo.
Peito:
Deve
ser amplo e bem musculoso denotando ampla capacidade respiratória. A amplitude do
peito está relacionada com maior afastamento das ultimas costelas.
Cernelha
Deve
ser plana em nível com o dorso e larga. Compreende 5 ou 6 vértebras. É ai que se
apresenta o cupim na cernelha, formada por um exagerado crescimento do músculo
rombóide em forma de rim ou de castanha de café. É a única massa muscular no Zebu que se apresenta entremeada de gordura.
Dorso
Deve
ser reto, largo comprido e musculosa. Os defeitos apresentados são observados
na elevação e convexo, xifose, côncavo ou selado, lordose defeito de grade.
Desvios
laterais, escoliose, é marcada pelo ligamento fraco da coluna vertebral.
Lombo
Situado
entre o dorso e a garupa, alcança-se 6 vértebras lombares, largo e musculoso,
pode apresentar os membros defeituosos citados para o dorso. Onde se situa os
músculos mais nobres, filé mignon, frauda pelo músculo psoas.
Garupa
Limitada
pelo lombo e cauda, músculos, ossos das coxas. A típica deve se
aproximar da fossa quadrada com ligeiro estreitamento na região entre ísquios e coxais.
*Saliente
pode corresponder a garupa inclinada e escorrida lateralmente (cortante) que
constitui grave defeito.
Ocorrências
(em toda ela) das “carnes de primeira” assim deve ser muscular e espessa, correspondem os
músculos
glúteos, psoas, isquiotibiais.
Constitui
o principal centro de impulsão e abriga os órgãos de reprodução (útero
nas fêmeas).
Cilhadouro:
Região
ímpar situada abaixo da costela entre a interaxilar e o ventre tem como estrutura
a parte posterior do esterno e as extremidades das quatro últimas costelas
externais.
Defeito:
estrangulamento acentuado que prolonga até o nível da articulação escapulo umeral.
Cauda
Região
ímpar, implantada na parte posterior da garupa. É formada pelas vértebras e unidades
coccídeas possui cerca de 18 à 20 vértebras.
Defeito:
quando ela se dirige para trás obliquamente em relação à garupa diz que tem
inserção é alta ou baixa conforme o
sentido da obliquidade o que constitui defeito em ambos os casos.
Coxa
Deve
ser larga e descida, funciona como órgão propulsor do corpo. Apresenta três
faces distintas.
Interna:
bragada
Externa:
coxão
Posterior:
nádega. Porte inferior denomina-se culote.
Soldra
Situada
no limite da coxa e da perna. Abrange principalmente a articulação fêmur rotulo
tibiana, com uma massa muscular saliente na porção posterior (patinho). Na
parte inferior ligada ao tronco chama-se virilha.
Perna
Ângulo
fêmur tibial a abertura deve ser entre 145 a 160º.
Jarrete
Garrão
ou curvilhão, é formado pelas articulações tarsianas, para essa região
convergem todos os traços decorrentes do peso das estruturas musculares
e do choque dos membros.
Canela
Basicamente
com metatarsianas e metacarpos
Boleto
Base
articulações metacarpo falangeana, metatarso falangeana e tendões.
Quartela
Situada
entre o boleto e a cova do pé. A posição normal é quando a sua direção para
diante faz ângulo de 45º a 50º em linha horizontal.
Pé
Duas
partes principais, coroa e unhas, que possuem:
Muralha,
face interna côncava e externa convexa.
Sola
é fria e arqueada, formando uma abóbada.
Ranilha,
e estreita essa placa corresponde ao talão do coxo do cavalo.
segunda-feira, 4 de março de 2013
ANATOMIA TOPOGRÁFICA DO PESCOÇO
Pescoço
O pescoço apresenta uma pele relativamente solta,
encontra-se duas ou mais pregas de pele longitudinais ventrais principalmente
na região da calha da jugular, que em animais magros a jugular externa pode ser
facilmente visualizada. O pescoço é dividido em regiões que facilitam a
localização anatômica dos órgãos: porção ventral e porção dorsal do pescoço.
Na porção ventral encontra-se todas
as estruturas visceromusculares localizadas abaixo da linha formada pela
extremidade dos corpos vertebrais. Na porção dorsal, acima da linha
formada pela extremidade dos corpos vertebrais encontra-se as estruturas
osteomusculares.
Cada região possui uma importância clínica. Na região
dorsal cervical podem ser vias de reconhecimento de lesões
neuromusculares, assim como a região cervical ventral abriga a porção visceral
do pescoço e órgãos importantes como laringe, faringe, traqueia, esôfago,
tireoides, paratireoides, os grandes vasos como as jugulares e carótidas, etc.
Lesões nessa região podem causar alterações no funcionamento desses órgãos.
Região cervical ventral
Nessa região encontra-se
o espaço visceral do pescoço, pode-se observar a passagem de grande parte das
vísceras que compõe o trato digestório, circulatório, respiratório e endócrino.
Na região ventral
apresenta como limites 06 músculos do pescoço que vão desde a primeira a sétima
vértebra cervical, (trapézio, romboide, esplênio, braquicefalico na porção
cleidocefálico que por sua vez é dividia em cleidooccipital e cleido mastóideo,
omotransverso, esternocefalico que é dividido em esternomastoide e
esternomandibular e por fim o músculo esternotireoideo) sendo 04 destes
facilmente identificados através da palpação cutânea. São possíveis de
identificação através da apalpação os músculos braquiocefalicos,
esternocefalicos, platisma, trapézio e ainda parte do tecido adiposo, ou seja,
todas as estruturas viscerais apresentam-se no terço médio do pescoço
em sua porção ventral.
Músculos cervicais e adjacentes do pescoço |
Esôfago
O esôfago
encontra-se numa porção dorsolateral à traqueia, mas essa localização pode
variar, geralmente encontra-se dorsal a traqueia e a nível de 3ª vértebra
cervical desvia-se lateralmente à esquerda da traqueia a nível de 5ª vértebra
cervical e retorna a porção dorsal até o hiato esofágico. Não é possível
observar em qual porção de um corte transversal qual nível vertebral se
apresenta, a menos que o corte tenha atingido o terço cranial do pescoço para
se observar as estruturas laringianas, a partir daí até seu terço distal a
única mudança da estrutura está no diâmetro dos órgãos, porém, não é possível
identificar a diferença facilmente. (segue a figura abaixo)
Corte Transversal de um pescoço |
.
O músculo esternoioideo
possui um formato de cordão largo encontrado ventralmente a traqueia que
estende-se do manúbrio ate o osso hioide e o músculo esternotireoideo é possui
uma forma de correia que corre lateralmente a traqueia.
Em casos clínicos onde é
necessário ter acesso direto à traqueia, com o auxilio de uma pinça e uma
pequena incisura na região ventral da pele do pescoço, divulsiona-se o espaço
entre os músculos e consegue acesso à traqueia sem seccionar o tecido muscular e
causar sangramentos.
A região do arco hioideo
encontra-se na transição entre cabeça e pescoço especificamente no ponto de
flexão da cabeça. Ao ser introduzido uma lâmina nesta região até a articulação
atlantoccipital facilmente ocorre a desarticulação desta estrutura. A
ponto de curiosidade os músculos mais superficiais da parede lateral do pescoço
estão os músculos omotransverso e escaleno.
Na região cervical ramos de nervos cervicais
ventrais surge diretamente da medula espinhal dos animais, esse grande numero
de nervos é denominado de placa mioneural, as lesões desta região não causam
sequelas graves, visto que é uma porção terminal de nervos. Porém, se a lesão
fossena base dos nervos na medula essas sequelas seria observadas.
O tendão clavicular ou intersecção clavicular
situada no músculo braquiocefálico é o ponto ímpar de referência na divisão de
articulação escapuloumeral. O ponto inicial de formação da calha da jugular se
dá na região do esterno pela origem dos músculos braquicefalicos e esternocefalicos
que fusionam-se na sua porção cranial, juntos evidenciam o trajeto subcutâneo
da veia jugular externa. O garrote é a simples compressão digital da região
onde a veia jugular se desemboca na localidade imediatamente ao lado onde
ocorre a inserção do músculo esternocefalico. Esse local é denominado de
cavidade da jugular ou cavidade jugulocaval.
Estruturas viscerais do pescoço
Essas estruturas encontra-se na porção cranioventral
do pescoço, é constituída pelos órgãos como traqueia, esôfago, tireoide,
paratireoide, tronco vagossimpatico, carótidas e jugulares.
Esôfago:
É um órgão tubular (20) de musculatura lisa que
segue caudal à laringe e dorsal à traqueia, possui um trajeto variável de
acordo com a área em que atravessa. Segue dorsal a traqueia ate a 3 vértebra
cervical passa lateralmente à esquerda ate a 5 vértebra e posteriormente toma
seu trajeto normal ate o hiato esofágico.
Músculos profundo do pescoço. |
A importância clinica está
na grande possibilidade de obstrução do esôfago na entrada do tórax entre as
costelas. Através da palpação esofágica transcutânea, procedimento mais fácil
em pequenos animais, mas não impossível em grandes animais devido a possível
visualização externa do bolo alimentar em todos os animais. A morte de animais
com obstrução esofágica se da por infecções respiratórias devido a entrada de
sólidos nas vias respiratórias causando brônquiopneumonia ou ainda a simples
compressão da parede do órgão por sólidos pode causar isquemia e ruptura por
inflamação e necrose do órgão devido a densa rede vascular e vir a entrar
alimentos para a cavidade torácica.
Traqueia
É um órgão cilíndrico e
cartilaginoso formado por anéis unidos entre si por uma membrana de tecido
epitelial simples (19), está mais superficial que as demais vísceras. Possui um
trajeto ventral a base óssea do pescoço (vértebras cervicais) sendo um ponto de
referencia básica para localização das vísceras. Essa relação entre a porção
visceral se mostra pelo fato das carótidas, esôfago, nervos vagossimpatico e
frênico (pela porção esquerda da traqueia), tireoide, jugular interna e alguns
linfocentros estarem próximos deste órgão, por este motivo a traqueia é
utilizada como ponto de referencia para localização das demais estruturas
viscerais desta região.
Em termos de musculatura
profunda do pescoço na remoção dos músculos esternocefalicos, braquicefalicos e
esternotireoideo resta as musculaturas denominadas de musculatura
epaxial cervical. Exemplos são os músculos longuíssimo do
pescoço que fazem várias inserções nos processos espinhosos das
vértebras. Ainda nessa região do pescoço no seu terço caudal a partir da 3 ou 5
vértebra cervical surge cintas nervosas por conta da intumescência
cervical, esses nervos irão fazer a inervação de membros anteriores.
Tireoides
Massa de tecido com uma
coloração vermelho-amarronzada envolta por um tecido conjuntivo e apresenta-se
diferente nas diversas espécies. Possui em carnívoros lobos alongados e
normalmente está posterior ao 3º anel traqueal sendo vascularizada pelas Aa tireoidianas
e drena para a veia jugular interna.
Paratireoides
É uma massa de tecido
pálido encontrada no polo cranial da tireoide é um tecido ectópico envolto por
uma capsula de tecido conjuntivo
Artérias Carótidas
Possui origem no tronco
braquiocefálico e segue a direita e a esquerda dorsal à traqueia dividindo-se
na altura da articulação atlanto occipital em Carotida interna e externa, a
interna passa pelo forame da jugular acessa a base do cérebro (irriga encéfalo)
Carótida externa (irriga porções da face). A carotida caminha junto com o nervo
vagossimpático e o nervo faríngeo caudal.
Veias Jugulares
As veias jugulares
externas recebem confluências vinda das veias linguofacial e maxilar e veias
jugulares interna (exceto equinos e caprinos) juntas drenam a musculatura e
diversos órgãos e estruturas da cabeça e pescoço. A jugular externa corre no
sulco da jugular formado pelos músculos esternocefalico na porção laterodorsal
e a porção ventral do músculo braquicefálico a outra lateral, o músculo homohioideo
forma o assoalho da calha da jugular. Essa região é utilizada para fins
terapêuticos na administração medicamentos e coleta de sangue etc.
Tronco vagossimpático
Saindo do forame da
jugular até o nível de segunda vértebra cervical há a origem do nervo vago,
este desce seguindo o esôfago e a carótida pelo seu lado esquerdo, esse nervo é
importante na inervação de coração, assim como seguindo a traqueia encontra-se
o nervo frênico que faz inervação de porção cranial de
diafragma. Correm paralelamente jugular a carótida esquerda, nervo vago
e nervo frênico, esse plexo é denominado de plexo vago simpático. O
nervo vago é um nervo inibidor, ou seja, a lesão nesse nervo causa uma arritmia
cardíaca, a simples compressão do olho dos animais com força aumenta os
batimentos cardíacos, esse reflexo é denominado de reflexo vago simpático,
devido o ponto de chegada do nervo vago e nervo óptico na base do encéfalo.
Faringe
As faringe relaciona-se
com os órgãos do espaço maxilo-faríngeo: carótida e jugular internas,
glosso-faríngeo, pneumogástrico, espinhal, grande hipoglosso e simpático atrás;
- parótida, carótida externa e jugular externa à frente. Abaixo deste plano, as
faces laterais da faringe relacionam-se com o pedículo vásculo-nervoso do
pescoço, o corpo da tiróideia e os seus pedículos vasculares.
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013
NERVOS CRANIANOS
Embora não possuam uniformidade relativa de
composição e padrão de distribuição encontrados nos nervos espinhais, torna-se
possível arranjá-los em três grupos. Aqueles no qual possui função sensitiva
como, por exemplo, os nervos olfatórios, da visão e vestibulococlear.
Aqueles que suprem a musculatura da cabeça de
função somítica como exemplo os nervos oculomotor, troclear, abducente e
hipoglosso. E ainda um terceiro grupo de funções mistas cujos nervos possuem
relação com estruturas do arco faríngeo, nervos trigêmeos, facial,
glossofaríngeo, vago e acessório.
Nervo Olfatório I
As fibras que compõe este nervo emerge como processo
central de células olfatórias na cavidade nasal, não é um nervo único apresenta
uma grande quantidade de axônios amielinizados cujos corpos celulares
apresentam-se na região de epitélio olfatório. Esses axônios alcançam o bulbo
olfatório após atravessar de forma separada a lâmina crivosa do etmoide onde na
região de bulbo ocorrem as sinapses. O curto trajeto desses axônios e a
localização protegem essas estruturas contra lesões casuais, exceto em casos de
doenças infecciosas ou neoplásicas. As infecções ocorridas na cavidade craniana
advinda desse nervo consistem em penetrar por uma bainha meníngea que envolve o
axônio o que possibilita a disseminação de doença para o SNC por esta via.
Nervo Óptico II
Não é um nervo periférico verdadeiro e sim
uma extensão do encéfalo, as fibras do nervo óptico se originam a partir da
retina cuja origem embriológica é a mesma do diencéfalo. A parte intracraniana
do encéfalo origina-se a partir do quiasma óptico onde parte das fibras
decussam-se (cruza a linha mediana em forma de X) para o lado contralateral no
quiasma óptico. Essas fibras formam tratos na base do encéfalo. As fibras
ópticas fazem sinapses com fibras que se projetam para o córtex cerebral visual
no lobo occipital.
Nervo Oculomotor III
Compõe-se de fibras eferentes somáticas do
núcleo principal (motor) e neurônios eferentes viscerais do núcleo
parassimpático, ambos os tipos apresentam-se no Mesencéfalo ou encéfalo médio.
Possui origem na região superficial da face ventral do mesencéfalo próximo a
linha média em série com outros nervos cranianos de composição
predominantemente eferente somática e com as raízes ventrais dos nervos
espinhais. Relaciona-se com o nervo troclear e nervos abducente e oftálmico e
ainda com o seio cavernoso. Dentro do forame orbitário divide-se suprindo os
músculos reto dorsal, ventral médio e oblíquo ventral e o levantador da
pálpebra superior. As fibras pré-ganglionares parassimpáticas possuem um
pequeno gânglio ciliar colocado sobre um dos músculos que oferece raízes para
os músculos intraocular e constritor da pupila.
http://anatomiadosanimais.blogspot.com.br/ |
Nervo Troclear IV
É um pequeno nervo motor que inerva o músculo
oblíquo dorsal surge dos núcleos trocleares no encéfalo médio (mesencéfalo) da
origem a um feixe de poucas fibras que decussa antes de emergir do véu medular
rostral. Penetra na dura-máter na altura da prega ventral do tentório cerebelar
e passa rostralmente lateral ao nervo maxilar. Deixa a cavidade craniana
através do forame redondo, exceto nos equinos que há uma abertura separada.
Nervo Trigêmio V
É
um nervo complexo do tipo misto, emerge do aspecto lateral da raiz motora é o
maior trato nervoso sensor da cabeça, compõe-se de fibras sensoriais da pele e
tecidos mais profundos da cabeça e fibras motoras para, por exemplo, a
musculatura da mastigação, músculo milo-hióideo, parte do véu do palatino e o
músculo tensor do tímpano. O nervo periférico é formado pela fusão das fibras
sensoriais e motoras que se ligam a face ventral da ponte. A maior raiz conduz
o compacto gânglio trigêmeo e logo após divide-se em três ramos primários que
confere o nome ao nervo. Cada uma dos três ramos primários é limitada a
diferentes processos embrionários.
O núcleo motor do nervo trigêmeo encontra-se
no metencéfalo. As fibras sensoriais emergem dos neurônios pseudounipolares do
gânglio trigemial e passam para os núcleos sensoriais do trigêmeo no
mesencéfalo na ponte e na coluna. Quando ele deixa o gânglio trigeminal
divide-se em três ramos principais.
Nervo oftálmico, que
da origem a ramos de nervos lacrimal, frontal e nasociliar que irão inervar
estruturas como glândulas lacrimais , músculos ciliares, córnea, mucosa
olfatória, pele, conjuntiva da pálpebra superior, canto nasal, testa etc.
Nervo maxilar é mais
forte que o nervo oftálmico é sensorial para a pálpebra inferior, mucosa nasal,
dentes superiores, lábio superior e nariz, os ramos distais compreendem fibras pós-ganglionares
que abastecem glândulas lacrimais, nasal e palatina, antes de deixar a cavidade
cranial destaca-se o ramo meningeo para as partes basais da dura-máter.
Relaciona-se intimamente com o gânglio pterigoideo palatino parassimpático e
divide-se em:
Nervo zigomatico
que inerva pele da região temporal e frontal juntamente com os nervos lacrimal
frontal e auriculopalpebral. Não existe no gato.
Nervo mandibular
tão forte quanto o nervo maxilar, porém ao contrário dos outros ramos do nervo
trigêmeo é tanto sensorial quanto motor, fornece inervação motora para os
músculos voltados para preensão e mastigação e ainda propicia inervação para a
cavidade bucal, dentes, língua e mandíbula conferindo sensibilidade a estas
estruturas. Divide-se em diversos ramos como nervo mastigador, massetérico,
temporais, pterigoideos medial e lateral, bucal, auriculotemporal, alveolar
inferior e nervo da língua.
Nervos abducente VI
As fibras desse nervo surgem da porção caudal
do tronco encefálico, e como se trata de fibras eferentes, encontra-se próximo
a linha média (mesencéfalo) e inerva músculo reto do bulbo, lateral e quarto
lateral do músculo retrator do bulbo do olho, suas fibras origina-se no núcleo
motor desse nervo nas partes dorsais da ponte, onde as fibras do nervo facial
traçam um arco ao seu redor. Deixa a cavidade craniana juntamente com os nervos
maxilar oculomotor e troclear através da fissura orbital.
Nervo Facial VII
Conhecido como nervo intermédio facial, essa
denominação consiste na sua natureza composta. O componente intermediário é um
nervo visceral sensorial com funções
inclusive gustativa e motora (parassimpática) o componente facial é o nervo do segundo arco faríngeo cuja distribuição segue
principalmente a musculatura mimética. Os nervos faciais e vestibulococleares
emergem juntos na extremidade lateral do corpo trapezoide e correm dentro de
revestimentos meningeos para o meato acústico interno. Os ramos emitidos ao
longo do osso representa o componente intermediário e os ramos emitidos após
deixarem o osso representa o componente facial. Do nervo facial originam-se
vários ramos como o nervo petroso maior, composto principalmente de fibras
parassimpáticas que formam sinapses no gânglio pterigopalatino. As fibras pós
ganglionares inervam glândulas lacrimal nasais e palatinas. Nervo estapedio
inerva músculo que tenciona a corda do tímpano. Há uma infinidade de nervos que
irão inervar as diversas estruturas da cabeça, como nervo auriculopalpebral,
que emite ramos que se unem com o trigêmeo e forma um plexo auricular dorsal
etc.
Nervo Vestibulococlear VIII
Fornece apenas inervação sensorial; divide-se
em meato acústico interno em suas partes vestibular e coclear, a parte
vestibular está referente ao equilíbrio do indivíduo e o nervo coclear esta
ligado com a audição. Seguem caminhos separados ate a parte petrosa do osso
temporal para o componente vestibular e coclear do labirinto membranoso da
orelha interna.
Nervo Glossofaríngeo IX
É um nervo misto tanto sensorial quanto
motor, suas fibras surgem na porção rostral ou ventrolateral da medula oblonga,
a partir das radículas rostrais que também da origem ao nervo vago e parte
medular do nervo acessório. Combina-se com fibras relacionadas com estruturas
do terceiro arco branquial com componentes eferentes (parassimpático) e
aferentes viscerais importantes. É motor para estruturas musculares palatofaríngea
e determinadas glândulas salivares e sensorial para mucosas para raiz da língua
do palato e da faringe. Esse nervo segue para o forame da jugular e apresenta
um gânglio que emitem ramos como o nervo timpânico onde participa com os nervos
caroticos internos (simpático) e facial para qual o nervo segue para um gânglio
óptico suprindo a glândula parótida. Destaca-se o ramo do seio carotico que
terminam em barorreceptores no seio carótico e em quimioreceptores do corpo
carotico. O nervo Glossofaríngeo possui ainda ramos faríngeos que compreende
ramos para o músculo estilofaringeo caudal e ramo lingual que entra na língua
paralelo a artéria lingual aos ramos dos nervos mandibular e hipoglosso. É
sensorial para a mucosa da língua e motor para o músculo levantador do véu do
palatino e glândulas do palato mole.
Nervo Vago X
É o nervo do quarto arco braquial contem
fibras parassimpáticas que inervam vísceras cervicais torácicas e abdominais. O
segundo componente confere distribuição mais ampla em todos os nervos
cranianos. Forma parte de feixes que passam pelo forame jugular, possui dois
pequenos gânglios que ficam dentro do forame e imediatamente externo a este e
tem intima relação com o glossofaríngeo e acessório. O nervo glossofaríngeo
volta-se rostralmente e o vago continua com o acessório e relaciona-se com o gânglio
cervical superficial. Continua-se abaixo do músculo longo do pescoço em íntimo
contato com o tronco simpático o qual se liga com uma bainha fascial comum na
margem dorsal da artéria carótida comum e relacionada com a traqueia. O tronco
vagossimpatico esquerdo tem um contato extra com o esôfago.
Os nervo Vago e Simpático se divide na
entrada do tórax no qual o nervo vago continua mais ou menos horizontalmente
através do mediastino até que se divide sobre o pericárdio em ramos dorsais e
ventrais, estes unem-se com os ramos contralaterais formando tronco vago dorsal
e ventral que entram no abdômen ao longo das bordas correspondentes do esôfago.
Esses nervos dividem-se livremente participando com as fibras simpáticas na
formação dos plexos que suprem as vísceras abdominais. Outras emissões significantes
do nervo vago são ramo auricular, ramos faríngeos, laríngeos, nervo depressor
para o coração. A porção torácica o vago emite ramos cardíacos, nervo laríngeo
caudal.
Nervo Acessório XI
Pertence ao grupo do nervo vago compõe apenas
de fibras motoras, mas recebe fibras simpáticas do gânglio cervical cranial e
formado por duas raízes a cranial que se origina na parte caudal do núcleo ambíguo da medula oblonga e deixam o nervo
acessório para unir-se ao vago. As fibras da raiz espinhal possuem corpos
celulares no núcleo do nervo acessório o qual se localiza a porção cervical da
medula espinhal. Essas fibras deixam a medula espinhal no aspecto lateral e se
combinam em um tronco que percorre a medula espinhal ate entrar na cavidade
craniana pelo forame magno.
O ramo dorsal corre caudalmente sobre os músculos
esplênio e serrátil ventral antes de suprir os musculos braquicefalico
omotransverso e trapézio. O ramo ventral supre apenas músculo esternocefálico o
qual penetra próximo a sua inserção cranial.
Nervo hipoglosso XII
É um nervo motor para os músculos intrínsecos
e extrínsecos da língua que tem origem nos miotomos dos somitos occipitais.
Deixa a face ventral da medula oblonga e passa pelo canal do hipoglosso antes
de cruzar o grupo de nervos vagal e ramifica-se na massa lingual acalcando
vários músculos.
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