sábado, 13 de abril de 2013

PRINCIPAIS RAÇAS DE BOVINOS CRIADAS NO BRASIL



Subespécie B. taurus taurus
Angus - do nordeste da Escócia, sem chifres, para corte
Caracu - para corte e como animal de tração
Charolais ou charolês - para carne
Devon
Frísia, ou Holstein  - para leite
Hereford
Jersey
Limousin - da França
Nguni, típica de África
Simental ou semental ou suíça-malhada
Subespécie B. taurus indicus
Brahman ou Zebu Americano, sagrado na Índia
Gir - do sul da Índia
Guzerá - Guzerat ou Kankrej, principal raça da Índia
Hariana
Indubrasil
Nelore no Brasil, chamada Ongole na Índia - para corte
Tabapuã - O zebu mais precoce.

Raças "sintéticas" brasileiras

Frutos de cruzamentos entre as demais:
Naobrasil - cruzamento de Nelore e Zebu
Simbrasil - cruzamento de Simental e Zebu para corte
Girolando - cruzamento de Holandês(5/8) e Gir(3/8) com dupla aptidão
Toledo - cruzamento de Holandês e Simental
Bravon - cruzamento de Devon e Brahman para corte
Canchim - cruzamento de Charolais(5/8) e Zebu(3/8)
Pitangueiras - cruzamento de Red Poll(5/8) e Zebu(3/8)(Gir  e Guzerá)
Purunã - cruzamento de Charolais, Caracu, Red Angus e Canchim, realizado no IAPAR com
1/4 para cada raça.
Raças crioulas brasileiras
As raças crioulas brasileiras descendem dos rebanhos trazidos para a América pelos
colonizadores portugueses e espanhóis.
Caracu - origem São Paulo
Crioulo Lageano - origem Santa Catarina
Curraleiro - origem Piauí
Mocho Nacional - origem São Paulo e Goiás
Pantaneiro - origem Mato Grosso do Su
Alberdeen- Angus, Red Angus
Angus  (Nordeste  da  Escócia).  Variedades  Aberdeen  Angus  e  Red  Angus.  Apresenta  e transmite  facilidade  de  parto  e  reprodução,  assim  como  a  sua  cor  e  a  característica  de  ser mocho. Robusto, manso, precoce, fértil.
O  angus  é  mocho  e  de  tamanho  A  sua  pelagem  apresenta-se  curta  e  de  cor  preta  ou  vermelha.  As  vacas  atingem  a  idade  de  reprodução  com  cerca  de  15 meses.  Os bezerros chegam  ao  estado  de  abate  com  peso  entre  340  e  400  kg  com  por  volta de um ano.

      CARACU
 Caracu raça desenvolvida  no  Brasil  colonial.  Pelos lisos  e  avermelhados,  sendo  que  a  maioria apresenta  a  cor  amarela  ou  baia,  podendo  chegar  ao  vermelho  tijolo  mas,  também  existe aqueles quase  brancos. Raça Taurina descendente de  raças  portuguesas do tipo aquitânico ou turdetano, representadas pela Alentejana (ou Transtagana), Galega (ou Minhota) e Mirandesa, etc. Podemos também citar o Limousin da França que foi importado para melhora o caracu. 

      CHAROLÊS
Charolês  (originária  da  França,  da  antiga  província  de  Charolles).  Extraordinária  produção  de carne. Os novilhos comuns rendem no abate de 58 a 62%, tendo a carcaça boa distribuição de gordura. GPV excelente. Peso a  idade adulta é de  600 a  800 kg  nas  vacas e 800 a 1.100 kg  nos machos.  A  pelagem  é  branca  ou  creme,  uniforme.  Mucosas  róseas.  O  Charolês  é
recomendado  para  a  produção  de  mestiços  destinados  ao  corte.  No  Brasil  é  usado principalmente na formação do gado Canchim e Purunã.

      DEVON
O DEVON:  Rustico,  fértil,  boa  habilidade  materna,  precoce  e  dócil.  Ultimamente  este  gado  tem sido muito utilizado para  cruzamentos com  raças  zebuínas, formação da raça sintética  bravon, ou mesmo com as raças européias. 


      HOLSTEIN FRISIA - GADO HOLANDÊS
Surgiu  primitivamente  entre  a  Frísia  (norte  dosPaíses  Baixos)  e  o  Holstein  (Alemanha),   há  cerca  de  vinte  séculos.  É  uma  das  raças  de  maior aptidão  leiteira  conhecida.  Pelagem  malhada  de  preto-branco  ou  vermelho-branco;  ventre  e vassoura  da  cauda  branca;  Cabeça  bem  moldada,  altiva,  fronte  ampla  e  moderadamente côncava,  chanfro  reto,  focinho  amplo  com  narinas  bem  abertas,  mandíbulas  fortes.  Pescoço longo  e  delgado  que  se  une  suavemente  na  linha  superior  ao  ombro  refinado  e  cruz  angulosa e  as  vértebras  dorsais  que  se  sobressaem  e  inferiormente  ao  largo  peito  com  grande capacidade  circulatório  e  respiratório.  Dorso  reto,  forte  e  linha  lombo-dorsal  levemente ascendente  no  sentido  da  cabeça.  Garupa  comprida,  larga  e  ligeiramente  desnivelada  no sentido  quadril  -  ponta  da  nádega;  Coxas  retas,  delgadas  e  ligeiramente  côncavas,  bem separadas  entre  si,  cedendo  amplo  lugar  para  o  úbere  simétrico,  largura  e  profundidade moderado  e  fortemente  inserido  ao  abdomen  e  na  base  do  osso  da  bacia.  Pernas  com ossatura  limpa,  chata e de  movimentos  funcionais que terminam em  patas de  quartelas  fortes e cascos bem torneados. Pele fina e pregueada e pêlo fino e macio.

     HEREFORD
Hereford:  originária  do  condado  inglês  de  Herefordshire.  Gradualmente,  o  tipo  e  a conformação  mudaram  para  um  peso  e  tamanho  menos  extremo  para  conseguir  mais qualidade  e  eficiência.  No  Brasil,  o  primeiro  exemplar  chegou  em  1906  e  Laurindo  Brasil,  de Bagé,  em  1907,  efetivou  o  primeiro  apontamento  do  "Herd  Book",  registrando  um  touro argentino. Já em 1910, registraram-se os primeiros ventres, oriundos do Uruguai.

      JERSEY
Jersey  é  originária  da  “Ilha  de  Jersey”,  pertencente  a  Grã-Bretanha.  Há  informações  de  que ela  se  formou  do  cruzamento  do  pequeno  gado  negro  de  Bretanha  com  os  grandes  bovinos vermelhos  da  Normandia.  Raça  de  pequeno  porte,  leiteira,  produtora  de  gordura  e  sólidos não  gordurosos.  Adapta-se  bem  a  regiões  de  alta  e  de  baixa  temperatura.  Rústica,  precoce, prolifica,  facilidade  de  parição,  longeva,  de  produção  leiteira  e  manteigueira.  No  Brasil,  o Jersey foi introduzido em 1896 no Rio Grande do Sul.

      LIMOUSIN
A Limousin é  originária da região de Limousin, França. No Brasil está presente deste meados do século XIX, tendo sido importado para melhorar a raça Caracu. Atualmente é utilizada em cruzamentos com raças zebuínas como a Nelore.

      SIMENTAL
ORIGEM:  Suíça, na montanhosa região do vale do rio Simen.
APTIDÕES:  O Simental é uma raça de dupla aptidão (carne e leite). Apresenta precocidade produtiva  e  reprodutiva.  Em  fx  da  alta  fertilidade  é  utilizada  para  TE  e  Bi-Partição  de Embriões;  Fecundação  in  Vitro.  O  primeiro  clone  produzido  no  Brasil,  é  oriundo  da  raça Simental. Possui uma carne macia e marmorizada com gordura entremeada às fibras o que confere  alto  sabor .  Com  relação  ao  leite  produzido,  ressaltamos  o  maior  teor  de  sólidos totais. No  Brasil,  é  mais  utilizada  visando  cruzamentos,  principalmente  com  animais  da  espécie zebuína,  proporcionando  excepcional  adaptabilidade,  vigor  e  habilidade  materna,  essas condições fazem da ½ sangue Simental/Zebu a número 1 dentre as demais, principalmente como receptora de embriões das diversas raças aqui criadas.

      BRAHAMAN
Originária  dos  Estados  Unidos, a  raça é fruto do  cruzamento de  outras quatro  raças:  nelore, gir ,  guzerá  e  krishna  valley .  Os  animais  apresentam  alta  rusticidade, resistência  ao  calor  e  às  enfermidades.  Além  destas  características  marcantes,  destacam-se também  fertilidade,  precocidade,  habilidade  materna,  docilidade,  e  carcaças  com  alto percentual  de  musculatura.  Do  ponto  de  vista  racial,  os  animais  da  raça  Brahman  se caracterizam  por  apresentar pelagem  branca,  cinza ou vermelha uniforme. A pele é preta. A cabeça  apresenta  perfil  reto  ou  sub-convexo,  orelhas  médias,  relativamente  largas.  Os chifres são escuros e simétricos, sendo permitida a descorna e o mocho natural
      

      GIR
Com caracterização  racial  bastante  peculiar,  o  gir  se  distingue  pela  pelagem  vermelha  ou amarela  em  combinações  típicas  da  raça.  O  perfil  craniano  ultraconvexo  e  marrafa  bem jogada  para  trás  também  fazem  parte  do  padrão  racial  do  gir .  O  tipo  morfológico  atende aos  requisitos  de  um  animal  moderno  produtor  de  carne  e  leite,  ainda  que  tenham  sido observadas  linhagens  que  se  destacam  mais  pela  produção  leiteira.  A  raça  gir  foi  uma  das primeiras  raças  importadas  da  Índia  (região  de  origem:  Rayputana  e  Baroda).  Lá,  ela  é considerada  de  dupla  aptidão  devido  ao  fato  de  ser  utilizada  para  o  trabalho  de  tração e para  produção  de  leite.  No  Brasil,  a  raça  aprimorou  seus  atributos  econômicos  sendo selecionada  para  carne  e  leite.  O  temperamento  dócil  contribuiu  para  sua  expansão  no Brasil.
GIR  MOCHO,  segundo  historiadores,  foi  originado  provavelmente  do  cruzamento  de  gir  com animais  zebu  mocha  nacional,  em  Goiás,  na  década  de  40.    Os  animais  apresentam  boa  produção  leiteira,  tanto  para conferir  às  vacas  excelente  habilidade  materna,  quanto  para  exploração  econômica.  A ausência  de  chifres  diferencia  a  raça  do  gir .  O  perfil  craniano  ultraconvexo  e  as  orelhas pendentes  e  encartuchadas  são  também  traços  étnicos  comuns  entre  a  raça  padrão  e  sua raça  mocha.  A  variação  de  pelagem  é  a  mesma,  típica  da  raça  gir ,  exigindo-se  sempre pigmentação  na  pele,  fator  de  proteção  solar  absolutamente  necessário  para  resistência  no
        GUZERÁ
 dupla  aptidão. porte  imponente,  cabeça  alta  e chifres  grandes,  em  forma  de  lira.  Pelagem  variando  do  cinza  claro  ao  escuro,  é  admissível fêmea  branca.  Pele  preta,  bem  pigmentada,  com  membros  bem  desenvolvidos  e musculados.  Rústico,  ele  resiste  a  longas  caminhadas  sob  o  sol  tropical,  à  procura  de  água e  alimento.  Essa  característica  garantiu  ao  guzerá  fácil  adaptação  no  Nordeste  brasileiro, desde  as  áreas  férteis  litorâneas  até  o  sertão  semi-árido.  A  habilidade  materna  e  a  boa produção  de  leite  das  vacas  garantem  o  bom  desenvolvimento  dos  bezerros  na  fase  de aleitamento.  O  guzerá  tem  sido  utilizado  em  cruzamentos,  dando origem a tipos raciais como o Guzolando.
Animais  de  grande  porte.  Pelagem  de  cinza  clara  a  cinza  escura,  com  tons  pardos  e/ou  tons prateados.  A  pelagem  das  regiões  da  cabeça,  pescoço,  quartos  posteriores  e  extremidades possuem  coloração  mais  escura,  chegando  ao  negro.  A  vassoura  da  cauda,  espelho  nasal  e as  pálpebras  são  pretas.  A  fêmea  tende  a  ser  mais  clara.  Cabeça  relativamente  curta,  larga e  expressiva  com  perfil  subcôncavo  e  retilíneo.  A  fronte  apresenta-se  moderadamente  larga e quase plana. Os olhos são pretos e elípticos, com órbitas ligeiramente salientes, nos touros protegidas  por  rugas  na  pele  da  pálpebra  superior .  Os  chifres  são  grandes  de  coloração escura,  saindo  horizontalmente  para  fora  e  para  cima  em  formato  de  lira,  terminando  para dentro  e  para  trás.  As  orelhas  são  médias  e  relativamente  largas,  pendentes,  com  as  pontas arredondadas,  e  a  pele  do  seu  interior  possui  uma  coloração  alaranjada.  O  espelho  nasal  é de  coloração  negra  e  suas  narinas  são  dilatadas.  Os  machos  -  pescoço  curto,  grosso  e  musculoso  e  implantado  harmoniosamente  no  tronco. Nas  fêmeas  é  bastante  delicado.  A  barbela  é  discretamente  desenvolvida,  de  tamanho mediano,  enrugada,  terminando  no  externo.  O  corpo  é  amplo  e  relativamente  comprido, profundo,  longo  e  com  boa  cobertura  de  músculos.  O  peito  é  profundo,  largo,  bem  saliente A  giba  de  tamanho  mediano,  bem  implantado  na  cernelha,  pouco  inclinada  para  trás (castanha  de  caju);  nas  fêmeas  é  pouco  desenvolvido.  Costelas  bem  arqueadas,  afastadas  e bem  revestidas;  flancos  profundos.  O  umbigo,  bainha  e  prepúcio  são  bem  reduzidos.  Dorso largo, comprido, reto e horizontal; lombo reto, horizontal, inserindo-se harmoniosamente na garupa.  Ancas  horizontais.  Garupa  comprida  e  levemente  inclinada.  Cauda  de  baixa inserção, descendo até o jarrete. Vassoura preta de volume médio. Animais  de  grande  porte.  Pelagem  de  cinza  clara  a  cinza  escura,  com  tons  pardos  e/ou  tons prateados.  A  pelagem  das  regiões  da  cabeça,  pescoço,  quartos  posteriores  e  extremidades possuem  coloração  mais  escura,  chegando  ao  negro.  A  vassoura  da  cauda,  espelho  nasal  e as  pálpebras  são  pretas.  A  fêmea  tende  a  ser  mais  clara.  Cabeça  relativamente  curta,  larga e  expressiva  com  perfil  subcôncavo  e  retilíneo.  A  fronte  apresenta-se  moderadamente  larga e quase plana. Os olhos são pretos e elípticos, com órbitas ligeiramente salientes, nos touros protegidas  por  rugas  na  pele  da  pálpebra  superior .  Os  chifres  são  grandes  de  coloração escura,  saindo  horizontalmente  para  fora  e  para  cima  em  formato  de  lira,  terminando  para dentro  e  para  trás.  As  orelhas  são  médias  e  relativamente  largas,  pendentes,  com  as  pontas arredondadas,  e  a  pele  do  seu  interior  possui  uma  coloração  alaranjada.  O  espelho  nasal  é de  coloração  negra  e  suas  narinas  são  dilatadas. 
      INDUBRASIL
Genuinamente  brasileira,  a  raça  indubrasil  nasceu  do  cruzamento  de  gir ,  nelore  e guzerá.  Outras  raças  importadas  em  menor  escala  da  Índia  (como  a  ongole,  hissar , mehwati  e  outras)  também  entraram,  em  menor  proporção,  na  composição  do indubrasil.  O  auge  da  raça,  conhecida  pelas  grandes  orelhas,  aconteceu  entre  as décadas  e  20  e  30,  impulsionado  pelo  porte  elevado  e  grande  desenvolvimento muscular . A formação da raça é fruto do trabalho de  criadores  mineiros, principalmente das  cidades  de  Uberaba,  Araxá,  Conquista  e  Sacramento,  e  do  sul  da  Bahia  e  do Nordeste.  Os  animais  da  raça  indubrasil  tem  como  padrão  racial  à  cabeça  média,  perfil subconvexo,  orelhas  longas  e  pendentes.  A  pelagem  é  branca,  cinza  ou  vermelha, sempre sobre pele escura, bem pigmentada
.
       NELORE
Nelore  no  Brasil,  ongole  na  Índia.  No   A  raça  tem  como característica  pelagem  branca,  cinza  e  manchada  de  cinza.  O  nelore  é  muito  resistente  ao calor devido à sua superfície  corporal  ser  maior  em relação ao corpo.  Os  machos e  as  fêmeas apresentam  elevada  longevidade  reprodutiva.  A  cabeça  apresenta  perfil  sub-convexo, principalmente  nos  machos.  Os  olhos  são  elípticos,  pretos  e  vivos.  As  orelhas  são  curtas, simétricas  entre  os  bordos  superior  e  inferior,  terminando  em  forma  de  lança.  Os  chifres  são de  cor  escura,  firmemente  implantados  no  crânio,  cônicos  e  mais  grossos  na  base,  de  seção oval.  Nas  fêmeas  podem  se  apresentar  em  forma  de  lira  estreita  e  alongada,  não convergentes nas pontas.

      TABAPUÃ
Raça  zebuína  de  característica  mocha,  o  tabapuã  nasceu  no  município  de  Tabapuã  (SP),  de quem  herdou  o  nome.  Formada  a  partir  do  Nelore,  Guzerá  ou  Indubrasil  e  com  algum sangue de Mocho Nacional.  Os  animais  da  raça  apresentam  conformação  do  tipo cárneo  sustentada  por  ossatura  leve  e  robusta,  o  que  resulta  na  produção  de  excelentes carcaças.  A  pelagem  é  branca  ou  cinza,  a  cabeça  ogival  e  as  orelhas  médias  e  largas. 


       SIMBRASIL
A  raça  bovina  Simbrasil  é  um  cruzamento  industrial  que  possui  5/8  de  sangue  Simental  (Bos taurus)  e  3/8  de  sangue  de  raças  zebuinas  (Bos  indicus)  nacionais  como  Nelore,  Guzerá, Indubrasil,  Gir,  Tabapuã  e  Sindi. No  cruzamento,  o  zebuíno  traz  consigo  características importantes  como  pelo  curto,  cascos  fortes,  pele  bem  segmentada  e  solta,  o  que  imprime maior  rusticidade,  adaptação  e  longevidade.  Já  o  Simental  traz  precocidade,  produção  de leite  e  qualidade  de  carcaça  Segundo. O  padrão  genético  da  raça  é  a coloração  avermelhada,  com  manchas  brancas  ou  amareladas,  mas  admitem-se  partes  mais escuras  devido  ao  cruzamento  com  as  diversas  raças  zebuinas  nacionais. 


      GIROLANDO
O girolando é fundamentalmente produto do cruzamento do Holandês com o Gir, passando  por variados graus de sangue, direciona-se visando a fixação do padrão racial, no grau de 5/8 Hol + 3/8 Gir, objetivando um gado produtivo e padronizado.

      CANCHIM
Canchim,  Raça  Sintética  produzida  na  Embrapa  Pecuária  Sudeste  de  São  Carlos  pelo cruzamento  de  Charolais  e  Zebu  principalmente  Indubrasil,  além  de  Nelore  e  Guzerá,  com 5/8 Charolais e 3/8 de sangue Zebu.


      PURUNÃ
derivada do do cruzamento de  Charolês, Caracu, Red Angus e Canchim, com 1/4 (25%) para cada raça.

PANTANEIRO

Pantaneiro, também  denominado  “tucura”  ou  “cuiabano”,  descendente  do  gado  europeu introduzido  no  Brasil  no  início  da  colonização.  O  longo  processo  de  seleção  natural  por que  passarem  esses  bovinos  lhes  permitiu  adaptar-se  ao  ambiente  peculiar  do  Pantanal, suportando  condições  climáticas  e  hidrológicas  extremas,  caracterizadas  por  elevadas temperaturas  no  verão  (com  máximas  absolutas  ultrapassando  40°C)  e  alternância  entre períodos  secos  e  enchentes  consideráveis.  Algumas  das  características  da  adaptação adquiridas  pelo  gado  Pantaneiro  relacionam-se  à  grande  rusticidade,  destacando-se  a resistência à escassez de alimentos e a certas doenças.

MOCHO NACIONAL

infusão  de  sangue  Caracu sobre  o  gado  mocho,  procedente  de  Goiás,  de  origem  desconhecida.  Por  ser  uma  raça européia  naturalizada,  propicia  o  sucesso  dos  cruzamentos  em  relação  à  adaptação  dos produtos  cruzados,  podendo  se  tornar  uma  opção  para  a  pecuária  de  corte.  A  zebuína Tabapuã também  foi  formada  com  algum  sangue  de  Mocho  Nacional,  além  das  linhagens de Caracu Mocho.

      PIEMONTÊS
A  raça  Piemontês  pelagem  de  coloração  branca  com  tendência  para  cinza;  nos  recém-nascidos  é  um  pouco  mais  avermelhada  e  torna-se  definitivamente  branca  à  medida  que  o animal  cresce.  Os  pêlos  são  finos,  curtos  e  sedosos;  as  mucosas,  a  vassoura  da  cauda  e  os cascos  são  pretos,  a  pele  é  fina,  macia,  flexível  e  pregueada.  A  cabeça  é  pequena,  curta  e  o perfil é reto; as orelhas são pequenas, finas e com poucos pêlos; os olhos são vivos, mas não salientes;  os  chifres  são  curtos,  grossos  e  dirigidos  para  frente,  sendo  que  no  Brasil  se realiza a descorna tanto nos machos como nas fêmeas. O pescoço é musculoso, curto e bem implantado,  com  a  barbela  discretamente  desenvolvida,  chegando  até  o  externo.  O  corpo  é amplo  e  comprido;  o  tronco  é  cilíndrico,  profundo,  longo  e  com  boa  cobertura  muscular;  as espáduas  são  fortes  e  mais  altas  do  que  o  dorso;  as  costelas  são  longas,  arqueadas  e afastadas  entre  si;  a  giba  é  pequena  e  localiza-se  sobre  a  cernelha;  o  dorso  é  largo  e  com boa cobertura  muscular; a garupa é uniformemente  larga,  com  ossos ligeiramente  salientes em  relação  à  linha  dorso-lombar;  as  coxas  e  nádegas  são  muito  desenvolvidas,  formando  a chamada  “dupla-coxa”;  a  cauda  se  insere  de  forma  harmoniosa  e  possui  comprimento  na altura  dos  jarretes;  os  membros  são  curtos,  fortes,  com  bons  aprumos,  bem  musculosos  de ossatura  bastante  sólida;  o  umbigo  é  curto  e  o  úbere  discretamente  volumoso  na  vaca adulta  em  lactação,  com  tetos  desenvolvidos  e  bem  distribuídos.  Aptidão:  Inicialmente  com três  aptidões  (carne,  leite  e  trabalho).  Há  algumas  décadas,  o  objetivo  da  seleção  deste animal  foi  dirigido  para  a  produção  de  carne,  mas  combinada  também  com  uma  relativa produção  leiteira.  Como  animal  de  corte,  deu-se  muita  importância  à  sua  característica mais  notável,  que  é  a  chamada  “dupla-coxa”  ou  musculatura  dupla  que  ocorre  como resultado  de  uma  hipertrofia  dos  músculos  das  nádegas.

      MARCHIGIANA
O  gado  Marchigiana  :  Pelagem:  branca,  pêlos  finos,  curtos  e  sedosos,  com  extremidades  de pigmentação mais escura. Possuem uma particularidade na pelagem que é uma faixa escura ao  redor  dos  olhos,  nos  antebraços,  nas  orelhas  e  na  barbela;  a  pele,  as  mucosas  e  a vassoura  da  cauda  são  de  coloração  preta.  Quando  o  bezerro  nasce,  possui  uma  coloração castanho-avermelhada,  passando  para  a  coloração  branca  logo  no  terceiro  mês  de  vida.
Cabeça:  relativamente  leve,  curta  e  larga;  possuem  um  perfil  retilíneo,  marrafa  bem destacada;  olhos  grandes;  espelho  nasal  largo,  de  coloração  preta,  com  narinas  amplas  e dilatadas;  lábios  pronunciados;  orelhas  médias,  bem  implantadas;  chifres  que  saem  para  os lados,  encurvando-se  para  diante  nos  machos  e  para  cima  nas  fêmeas.  Pescoço:  musculoso, bem  implantado  no  tórax,  sendo  mais  grosso  nos  machos  e  mais  delicado  e  alongado  nas fêmeas;  a  barbela  é  relativamente  desenvolvida  e  pregueada,  projetando-se  até  a  região  do externo.  Corpo:  tronco  alongado  que  tende  a  ser  cilíndrico,  com  linha  dorsal  reta;  com  numa cernelha  larga  e  musculosa,  unindo-se  harmoniosamente  com  o  pescoço;  garupa  musculosa e bem desenvolvida; possuem  membros  curtos e  fortes;  cascos  arredondados,  fortes e de  cor preta;  umbigo  curto  e  úbere  relativamente  desenvolvido.  Características  desfavoráveis
(desclassificam  para  Registro),  por  exemplo:  pele  totalmente  rósea;  despigmentação  parcial da  língua;  vassoura  da  cauda  totalmente  branca;  agnatismo  ou  prognatismo; criptorquidismo  ou  monorquidismo;  manchas  de  coloração  escura  específicas  e  delimitadas do corpo.

      SENEPOL
A  raça  Senepol  teve  origem  por  volta  de  1918  no  arquipélago  de  Ilhas  Virgens,  Caribe,  pelo cruzamento da raça britânica Red Poll com o gado N’Dama, originário de Senegal. O registro da  nova  raça  aconteceu  em  1940  e  em  1954.  O  pêlo  curto  permite  suportar  temperaturas altas.  Seu  comportamento  dócil  facilita  o  manejo  dos  animais  e  aufere  boa  habilidade materna.  Raça  100%  taurina,  apesar  de  muitos  pensarem  que  é  composta  ou  sintética.  É mocho.  desenvolvimento  muscular,  posterior  largo,  profundidade  e  convexidade  (costelas bem  arqueadas).  O  rendimento  médio  da  carcaça  no  frigorífico  é  de  53,9%,  cobertura média de gordura de 5,4mm e índice médio de 80,8cm² na área de olho de lombo.

      HEREFORD
Os  Hereford  (Inglaterra)  possuem  porte  médio.  A  pelagem  é  de  coloração  branca,  com  a cabeça,  peito,  ventre,  vassoura  da  cauda  e  membros  brancos;  os  pêlos  são  finos  e, quando  estes  se  tornam  compridos,  ondulam;  a  pele  é  flexível.  A  cabeça  é  larga  e  curta; os  olhos  são  grandes  e  proeminentes;  o  espelho  nasal  é  amplo  de  coloração  rósea;  os chifres  de  cor  branco-amarelada  e  de  tamanho  médio  para  pequeno,  dirigindo-se  para frente  e  para  baixo;  as  orelhas  são  de  tamanho  médio.  O  corpo  é  amplo  e  compacto  de forma  cilíndrico;  o  peito  é  largo,  as  costelas  são  arqueadas  e  as  espáduas  com  boa cobertura  de  musculatura;  a  linha  dorso-lombar  é  reta,  larga  e  coberta  de  músculos;  a garupa  e  as  nádegas  são  amplas  e  bem  desenvolvidas;  a  cauda  é  comprida  e  sua vassoura  é  branca;  o  umbigo  é  curto  e  pequeno;  úbere  pequeno;  membros  curtos,  fortes e  com  bons  aprumos.  Especializada  na  produção  de  carne.  Precoces  podendo  ser abatidos aos 24 meses. São rústicos. Criado no Uruguai (~ 70% do rebanho), na Argentina e no Brasil (Rio Grande do Sul). Sensível aos endo e ectoparasitas.

      CARACU
A  pelagem  amarelo-claro  ou  amarelo-alaranjado  uniforme;  a  coloração  castanha  é indesejável.  Ao  redor  dos  olhos,  no  focinho,  no  ventre  e  no  períneo,  a  intensidade  dacoloração  diminui;  as  mucosas  são  claras  e  despigmentadas.  A  cabeça  é  forte  e  larga,  mas sem  chegar  a  ser  pesada;  fronte  larga  com  ligeira  depressão  entre  as  órbitas,  com  perfil subconvexo;  possuem  cara  curta,  de  onde  se  originou  o  nome  “Caracu”;  os  olhos  são grandes;  os  chifres  levemente  compridos,  leves,  de  coloração  clara  e  pontas  avermelhadas, saindo  para  trás,  para  os  lados,  para  frente  e  terminando  com  as  pontas  levantadas;  as orelhas  são  pequenas,  finas  e  com  muitos  pelos  em  seu  interior .  O  corpo  possui  formato cilíndrico  e  longo;  a  linha  dorso-lombar  geralmente  é  reta,  no  entanto  é  muito  freqüente  o aparecimento  de  animais  selados,  ou  com  o  sacro  muito  saliente,  sendo  que  estas características  são  indesejáveis;  tórax  é  amplo  e  as  costelas  são  bem  arqueadas;  garupa  é comprida,  larga  e  horizontal;  a  cauda  é  bem  inserida,  grossa  na  base  e  com  pouca  vassoura; os  membros  anteriores  e  posteriores  são  curtos,  fortes  e  bem  aprumados,  com  cascos  de coloração amarela ou alaranjada; o úbere e os tetos possuem desenvolvimento regular e com tetos  bem  implantados.  É  difícil  afirmar  se  esta  raça  é  de  corte  ou  de  leite.  Possui  uma produção  média  de  leite  (1500  quilos/lactação).  Já  sua  produção  de  carne  é  mais  vantajosa, no  entanto,  apresenta  baixo  rendimento  de  carcaça  e  acabamento  tardio  em  relação  às outras  raças.  Extraordinária  rusticidade  ao  clima  tropical,  a  pastos  de  baixa  qualidade  e  às parasitoses.

      BRANGUS
Raça  sintética  criada  simultaneamente  nos  USA,  Austrália,  Brasil  e  Argentina,  através  do cruzamento  entre  Brahman  e  Aberdeen  Angus  a  mais  de  cem  anos  atrás.  Objetivo:  atender  a necessidade de um gado adaptado às regiões mais difíceis de criação do gado europeu.  Cruza  entre  a  raça  Brahman  e  a  Angus  buscou  unir  em  uma  única  raça  as características  de  rusticidade  do  Zebu,  com  qualidade  de  marmoreio  e,  fertilidade  e precocidade  existente  no  Angus  T amanho  médio.  Pêlo  é  fino  e  brilhante.  Pelagem  de coloração negra ou castanha, apresentando algumas pintas brancas na região umbilical. Pele de  espessura  fina  e  média,  bem  pigmentada.  Animais  volumosos,  compridos;  com  boa profundidade.  Costelas  bem  arqueadas  e  separadas.  Dorso  e  o  lombo  amplos,  compridos com  boa  cobertura  muscular .  As  linhas  superiores  e  laterais  são  retas  e  linha  baixa  também.
Posteriores  amplos,  de  contornos  alongados,  com  musculatura  forte.  Nas  fêmeas,  além  das características citadas, observa-se um bom desenvolvimento e amplitude dos ossos da coxa e sacro  e  bom  desenvolvimento  do  úbere  e  tetas.  Resistência  à  parasitas  internos  e  externos, rusticidade,  tolerância  ao  calor  e  a  diferentes  tipos  de  pasto,  possibilitando  sua  criada  do norte ao sul do Brasil.

quarta-feira, 13 de março de 2013

CARACTERÍSTICAS QUE DISTINGUEM Boss taurus de Bos indicus




Julgamento conhecimento da definição da raça ou a sua finalidade zootécnica (padrões estabelecidos).


O estudo das diversas regiões do corpo compreende três aspectos fundamentais:
A)    A divisão e nomenclatura das diversas regiões anatômicas do animal
B)   Sua faixa e principalmente o que cada uma delas representam em quantidade e qualidade de carne dentro da carcaça.
C)    A característica de cada região em relação a sua forma típica e analise das suas eventuais deformações distinguindo-se as novas ou acidentais daquelas obtidas através da carga genética ou hereditária .

Divisão do corpo: cabeça, pescoço, tronco e membros

            Cabeça é dividia em três faces e duas extremidades
a)      Face anterior: fronte, chanfro e aparelho nasal.
b)      Faces laterais: Orelha, fonte, olhos, chifre e narinas.
c)      Face posterior: gamacha, autri jamacha e barba
d)     Extremidade superior: nuca, parótida e garganta
e)      Extremidade inferior: boca

Obs: Face anterior

Constituída principalmente pelo osso frontal onde se implantam os chifres (marrafa). Está  na largura entre os chifres, possui superfície lisa ou com saliência caracterizando algumas raças em:
Gir- marrafa larga na extremidade superior de cabeça, bem alojada para trás sobre a nuca.
Nelore – marrafa estreita, podendo apresentar uma saliência óssea na superfície chamada de Nimbure ou Ninburg, denominação de origem indiana ou ainda Poll de origem européia. Todos esses temos são traduções em português e mais acentuada nos animais mochos.

Obs: A linha longitudinal partindo de marrafa, a fronte apresenta em algumas raças uma depressão característica, estreita – Nelore (também chamada de Guzerá) + larga – Guzerá com fronte em prato.

O chanfro anatomicamente constituído pelas extremidades inferiores do osso frontal, os nasais, os lacrimais, os zigomáticos, os maxilares superiores e as apófises dos intermaxilares.

O chanfro + fronte = Perfil

Em linhas de diversos padrões oficiais das raças brancas, o chanfro é considerado sempre reto observando-se apenas algumas tendências com o Guzerá ou que alguns animais apresentem ligeira depressão no chanfro dando a impressão de focinho arrebitado.

Perfil
Retilíneo
Concavilínio, (ultra ou sub)
Convexivilinio (ultra ou sub convexo) qualquer uma dessas duas  características constitui defeito.

Faces laterais

Orelhas: Devem  estar encobertas na face externa por pêlos curtos e finos e na porção interna por pelos mais grossos e longos o tamanho é médio para grande e pendentes, com exceção do nelore, kangayan, curtas e em posição diferentes do horizontal. São encartuchadas e com as extremidades dobradas para a face.

Face posterior

Ganacha: Porção exterior do maxilar inferior. São ligeiramente convexas e quando compridas e bem afastadas, oferecem melhores condições de mastigação.

Obs: Pescoço

Pele: 
Solta e pregueada, barbela contínua ate o manúbrio. Na raça Sindi o tipo ideal de barbela estende-se até o esterno sendo apenas dobrável até o umbigo.
O pescoço deve ser médio a comprido, correspondente ao animal tipo longilíneo.

Peito:
Deve ser amplo e bem musculoso denotando ampla capacidade respiratória. A amplitude do peito está relacionada com maior afastamento das ultimas costelas.

Cernelha
Deve ser plana em nível com o dorso e larga. Compreende 5 ou 6 vértebras. É ai que se apresenta o cupim na cernelha, formada por um exagerado crescimento do músculo rombóide em forma de rim ou de castanha de café. É a única massa muscular no Zebu que se apresenta entremeada de gordura.

Dorso
Deve ser reto, largo comprido e musculosa. Os defeitos apresentados são observados na elevação e convexo, xifose, côncavo ou selado, lordose defeito de grade.
Desvios laterais, escoliose, é  marcada pelo ligamento fraco da coluna vertebral.
Lombo
Situado entre o dorso e a garupa, alcança-se 6 vértebras lombares, largo e musculoso, pode apresentar os membros defeituosos citados para o dorso. Onde se situa os músculos mais nobres, filé mignon, frauda pelo músculo psoas.
Garupa
Limitada pelo lombo e cauda, músculos, ossos das coxas. A típica deve se aproximar da fossa quadrada com ligeiro estreitamento na região entre ísquios e coxais.

*Saliente pode corresponder a garupa inclinada e escorrida lateralmente (cortante) que constitui grave defeito.

Ocorrências (em toda ela) das “carnes de primeira” assim deve ser muscular e espessa, correspondem os
músculos glúteos, psoas, isquiotibiais.
Constitui o principal centro de impulsão e abriga os órgãos de reprodução (útero nas fêmeas).

Cilhadouro:
Região ímpar situada abaixo da costela entre a interaxilar e o ventre tem como estrutura a parte posterior do esterno e as extremidades das quatro últimas costelas externais.
Defeito: estrangulamento acentuado que prolonga até o nível da articulação escapulo umeral.

Cauda
Região ímpar, implantada na parte posterior da garupa. É formada pelas vértebras e unidades coccídeas possui cerca de 18 à 20 vértebras.
Defeito: quando ela se dirige para trás obliquamente em relação à garupa diz que tem inserção é alta ou baixa conforme o sentido da obliquidade o que constitui defeito em ambos os casos.

Coxa
Deve ser larga e descida, funciona como órgão propulsor do corpo. Apresenta três faces distintas.
Interna: bragada
Externa: coxão
Posterior: nádega. Porte inferior denomina-se culote.

Soldra
Situada no limite da coxa e da perna. Abrange principalmente a articulação fêmur rotulo tibiana, com uma massa muscular saliente na porção posterior (patinho). Na parte inferior ligada ao tronco chama-se virilha.

Perna
Ângulo fêmur tibial a abertura deve ser entre 145 a 160º.

Jarrete
Garrão ou curvilhão, é formado pelas articulações tarsianas, para essa região convergem todos os traços decorrentes do peso das estruturas musculares e do choque dos membros.

Canela
Basicamente  com metatarsianas e metacarpos

Boleto
Base articulações metacarpo falangeana, metatarso falangeana e tendões.


Quartela
Situada entre o boleto e a cova do pé. A posição normal é quando a sua direção para diante faz ângulo de 45º a 50º em linha horizontal.

Duas partes principais, coroa e unhas, que possuem:
Muralha, face interna côncava e externa convexa.
Sola é fria e arqueada, formando uma abóbada.
Ranilha, e estreita essa placa corresponde ao talão do coxo do cavalo.

segunda-feira, 4 de março de 2013

ANATOMIA TOPOGRÁFICA DO PESCOÇO


Pescoço
O pescoço apresenta uma pele relativamente solta, encontra-se duas ou mais pregas de pele longitudinais ventrais principalmente na região da calha da jugular, que em animais magros a jugular externa pode ser facilmente visualizada. O pescoço é dividido em regiões que facilitam a localização anatômica dos órgãos: porção ventral e porção dorsal do pescoço.


Na porção ventral encontra-se todas as estruturas visceromusculares localizadas abaixo da linha formada pela extremidade dos corpos vertebrais. Na porção dorsal, acima da linha formada pela extremidade dos corpos vertebrais encontra-se as estruturas osteomusculares.

Cada região possui uma importância clínica. Na região dorsal cervical podem ser vias de reconhecimento de lesões neuromusculares, assim como a região cervical ventral abriga a porção visceral do pescoço e órgãos importantes como laringe, faringe, traqueia, esôfago, tireoides, paratireoides, os grandes vasos como as jugulares e carótidas, etc. Lesões nessa região podem causar alterações no funcionamento desses órgãos.

Região cervical ventral

        Nessa região encontra-se o espaço visceral do pescoço, pode-se observar a passagem de grande parte das vísceras que compõe o trato digestório, circulatório, respiratório e endócrino.

         Na região ventral apresenta como limites 06 músculos do pescoço que vão desde a primeira a sétima vértebra cervical, (trapézio, romboide, esplênio, braquicefalico na porção cleidocefálico que por sua vez é dividia em cleidooccipital e cleido mastóideo, omotransverso, esternocefalico que é dividido em esternomastoide e esternomandibular e por fim o músculo esternotireoideo) sendo 04 destes facilmente identificados através da palpação cutânea. São possíveis de identificação através da apalpação os músculos braquiocefalicos, esternocefalicos, platisma, trapézio e ainda parte do tecido adiposo, ou seja, todas as estruturas viscerais apresentam-se no terço médio do pescoço em sua porção ventral.

Músculos cervicais e adjacentes do pescoço

            Esôfago

            O esôfago encontra-se numa porção dorsolateral à traqueia, mas essa localização pode variar, geralmente encontra-se dorsal a traqueia e a nível de 3ª vértebra cervical desvia-se lateralmente à esquerda da traqueia a nível de 5ª vértebra cervical e retorna a porção dorsal até o hiato esofágico. Não é possível observar em qual porção de um corte transversal qual nível vertebral se apresenta, a menos que o corte tenha atingido o terço cranial do pescoço para se observar as estruturas laringianas, a partir daí até seu terço distal a única mudança da estrutura está no diâmetro dos órgãos, porém, não é possível identificar a diferença facilmente. (segue a figura abaixo)
Corte Transversal de um pescoço

.
O músculo esternoioideo possui um formato de cordão largo encontrado ventralmente a traqueia que estende-se do manúbrio ate o osso hioide e o músculo esternotireoideo é possui uma forma de correia que corre lateralmente a traqueia.

Em casos clínicos onde é necessário ter acesso direto à traqueia, com o auxilio de uma pinça e uma pequena incisura na região ventral da pele do pescoço, divulsiona-se o espaço entre os músculos e consegue acesso à traqueia sem seccionar o tecido muscular e causar sangramentos.


A região do arco hioideo encontra-se na transição entre cabeça e pescoço especificamente no ponto de flexão da cabeça. Ao ser introduzido uma lâmina nesta região até a articulação atlantoccipital facilmente ocorre a desarticulação desta estrutura.  A ponto de curiosidade os músculos mais superficiais da parede lateral do pescoço estão os músculos omotransverso e escaleno.


Na região cervical ramos de nervos cervicais ventrais surge diretamente da medula espinhal dos animais, esse grande numero de nervos é denominado de placa mioneural, as lesões desta região não causam sequelas graves, visto que é uma porção terminal de nervos. Porém, se a lesão fossena base dos nervos na medula essas sequelas seria observadas.

O tendão clavicular ou intersecção clavicular situada no músculo braquiocefálico é o ponto ímpar de referência na divisão de articulação escapuloumeral. O ponto inicial de formação da calha da jugular se dá na região do esterno pela origem dos músculos braquicefalicos e esternocefalicos que fusionam-se na sua porção cranial, juntos evidenciam o trajeto subcutâneo da veia jugular externa. O garrote é a simples compressão digital da região onde a veia jugular se desemboca na localidade imediatamente ao lado onde ocorre a inserção do músculo esternocefalico. Esse local é denominado de cavidade da jugular ou cavidade jugulocaval.
  
Estruturas viscerais do pescoço

 Essas estruturas encontra-se na porção cranioventral do pescoço, é constituída pelos órgãos como traqueia, esôfago, tireoide, paratireoide, tronco vagossimpatico, carótidas e jugulares.


Esôfago:

É um órgão tubular (20) de musculatura lisa que segue caudal à laringe e dorsal à traqueia, possui um trajeto variável de acordo com a área em que atravessa. Segue dorsal a traqueia ate a 3 vértebra cervical passa lateralmente à esquerda ate a 5 vértebra e posteriormente toma seu trajeto normal ate o hiato esofágico.
Músculos profundo do pescoço.

A importância clinica está na grande possibilidade de obstrução do esôfago na entrada do tórax entre as costelas. Através da palpação esofágica transcutânea, procedimento mais fácil em pequenos animais, mas não impossível em grandes animais devido a possível visualização externa do bolo alimentar em todos os animais. A morte de animais com obstrução esofágica se da por infecções respiratórias devido a entrada de sólidos nas vias respiratórias causando brônquiopneumonia ou ainda a simples compressão da parede do órgão por sólidos pode causar isquemia e ruptura por inflamação e necrose do órgão devido a densa rede vascular e vir a entrar alimentos para a cavidade torácica.

Traqueia

É um órgão cilíndrico e cartilaginoso formado por anéis unidos entre si por uma membrana de tecido epitelial simples (19), está mais superficial que as demais vísceras. Possui um trajeto ventral a base óssea do pescoço (vértebras cervicais) sendo um ponto de referencia básica para localização das vísceras. Essa relação entre a porção visceral se mostra pelo fato das carótidas, esôfago, nervos vagossimpatico e frênico (pela porção esquerda da traqueia), tireoide, jugular interna e alguns linfocentros estarem próximos deste órgão, por este motivo a traqueia é utilizada como ponto de referencia para localização das demais estruturas viscerais desta região.
Em termos de musculatura profunda do pescoço na remoção dos músculos esternocefalicos, braquicefalicos e esternotireoideo resta as musculaturas denominadas de musculatura epaxial cervical. Exemplos são os músculos longuíssimo do pescoço que fazem várias inserções nos processos espinhosos das vértebras. Ainda nessa região do pescoço no seu terço caudal a partir da 3 ou 5 vértebra cervical surge cintas nervosas por conta da intumescência cervical, esses nervos irão fazer a inervação de membros anteriores.

Tireoides

Massa de tecido com uma coloração vermelho-amarronzada envolta por um tecido conjuntivo e apresenta-se diferente nas diversas espécies. Possui em carnívoros lobos alongados e normalmente está posterior ao 3º anel traqueal sendo vascularizada pelas Aa tireoidianas e drena para a veia jugular interna.

Paratireoides

É uma massa de tecido pálido encontrada no polo cranial da tireoide é um tecido ectópico envolto por uma capsula de tecido conjuntivo

Artérias Carótidas

Possui origem no tronco braquiocefálico e segue a direita e a esquerda dorsal à traqueia dividindo-se na altura da articulação atlanto occipital em Carotida interna e externa, a interna passa pelo forame da jugular acessa a base do cérebro (irriga encéfalo) Carótida externa (irriga porções da face). A carotida caminha junto com o nervo vagossimpático e o nervo faríngeo caudal.

Veias Jugulares

As veias jugulares externas recebem confluências vinda das veias linguofacial e maxilar e veias jugulares interna (exceto equinos e caprinos) juntas drenam a musculatura e diversos órgãos e estruturas da cabeça e pescoço. A jugular externa corre no sulco da jugular formado pelos músculos esternocefalico na porção laterodorsal e a porção ventral do músculo braquicefálico a outra lateral, o músculo homohioideo forma o assoalho da calha da jugular. Essa região é utilizada para fins terapêuticos na administração medicamentos e coleta de sangue etc.

Tronco vagossimpático


Saindo do forame da jugular até o nível de segunda vértebra cervical há a origem do nervo vago, este desce seguindo o esôfago e a carótida pelo seu lado esquerdo, esse nervo é importante na inervação de coração, assim como seguindo a traqueia encontra-se o nervo frênico que faz inervação de porção cranial de diafragma. Correm paralelamente jugular a carótida esquerda, nervo vago e nervo frênico, esse plexo é denominado de plexo vago simpático. O nervo vago é um nervo inibidor, ou seja, a lesão nesse nervo causa uma arritmia cardíaca, a simples compressão do olho dos animais com força aumenta os batimentos cardíacos, esse reflexo é denominado de reflexo vago simpático, devido o ponto de chegada do nervo vago e nervo óptico na base do encéfalo.


Faringe


As faringe relaciona-se com os órgãos do espaço maxilo-faríngeo: carótida e jugular internas, glosso-faríngeo, pneumogástrico, espinhal, grande hipoglosso e simpático atrás; - parótida, carótida externa e jugular externa à frente. Abaixo deste plano, as faces laterais da faringe relacionam-se com o pedículo vásculo-nervoso do pescoço, o corpo da tiróideia e os seus pedículos vasculares.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

NERVOS CRANIANOS


Embora não possuam uniformidade relativa de composição e padrão de distribuição encontrados nos nervos espinhais, torna-se possível arranjá-los em três grupos. Aqueles no qual possui função sensitiva como, por exemplo, os nervos olfatórios, da visão e vestibulococlear.
Aqueles que suprem a musculatura da cabeça de função somítica como exemplo os nervos oculomotor, troclear, abducente e hipoglosso. E ainda um terceiro grupo de funções mistas cujos nervos possuem relação com estruturas do arco faríngeo, nervos trigêmeos, facial, glossofaríngeo, vago e acessório.
Nervo Olfatório I
As fibras que compõe este nervo emerge como processo central de células olfatórias na cavidade nasal, não é um nervo único apresenta uma grande quantidade de axônios amielinizados cujos corpos celulares apresentam-se na região de epitélio olfatório. Esses axônios alcançam o bulbo olfatório após atravessar de forma separada a lâmina crivosa do etmoide onde na região de bulbo ocorrem as sinapses. O curto trajeto desses axônios e a localização protegem essas estruturas contra lesões casuais, exceto em casos de doenças infecciosas ou neoplásicas. As infecções ocorridas na cavidade craniana advinda desse nervo consistem em penetrar por uma bainha meníngea que envolve o axônio o que possibilita a disseminação de doença para o SNC por esta via.
Nervo Óptico II
Não é um nervo periférico verdadeiro e sim uma extensão do encéfalo, as fibras do nervo óptico se originam a partir da retina cuja origem embriológica é a mesma do diencéfalo. A parte intracraniana do encéfalo origina-se a partir do quiasma óptico onde parte das fibras decussam-se (cruza a linha mediana em forma de X) para o lado contralateral no quiasma óptico. Essas fibras formam tratos na base do encéfalo. As fibras ópticas fazem sinapses com fibras que se projetam para o córtex cerebral visual no lobo occipital.
Nervo Oculomotor III
Compõe-se de fibras eferentes somáticas do núcleo principal (motor) e neurônios eferentes viscerais do núcleo parassimpático, ambos os tipos apresentam-se no Mesencéfalo ou encéfalo médio. Possui origem na região superficial da face ventral do mesencéfalo próximo a linha média em série com outros nervos cranianos de composição predominantemente eferente somática e com as raízes ventrais dos nervos espinhais. Relaciona-se com o nervo troclear e nervos abducente e oftálmico e ainda com o seio cavernoso. Dentro do forame orbitário divide-se suprindo os músculos reto dorsal, ventral médio e oblíquo ventral e o levantador da pálpebra superior. As fibras pré-ganglionares parassimpáticas possuem um pequeno gânglio ciliar colocado sobre um dos músculos que oferece raízes para os músculos intraocular e constritor da pupila.
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Nervo Troclear IV
É um pequeno nervo motor que inerva o músculo oblíquo dorsal surge dos núcleos trocleares no encéfalo médio (mesencéfalo) da origem a um feixe de poucas fibras que decussa antes de emergir do véu medular rostral. Penetra na dura-máter na altura da prega ventral do tentório cerebelar e passa rostralmente lateral ao nervo maxilar. Deixa a cavidade craniana através do forame redondo, exceto nos equinos que há uma abertura separada.
Nervo Trigêmio V
            É um nervo complexo do tipo misto, emerge do aspecto lateral da raiz motora é o maior trato nervoso sensor da cabeça, compõe-se de fibras sensoriais da pele e tecidos mais profundos da cabeça e fibras motoras para, por exemplo, a musculatura da mastigação, músculo milo-hióideo, parte do véu do palatino e o músculo tensor do tímpano. O nervo periférico é formado pela fusão das fibras sensoriais e motoras que se ligam a face ventral da ponte. A maior raiz conduz o compacto gânglio trigêmeo e logo após divide-se em três ramos primários que confere o nome ao nervo. Cada uma dos três ramos primários é limitada a diferentes processos embrionários.
O núcleo motor do nervo trigêmeo encontra-se no metencéfalo. As fibras sensoriais emergem dos neurônios pseudounipolares do gânglio trigemial e passam para os núcleos sensoriais do trigêmeo no mesencéfalo na ponte e na coluna. Quando ele deixa o gânglio trigeminal divide-se em três ramos principais.
Nervo oftálmico, que da origem a ramos de nervos lacrimal, frontal e nasociliar que irão inervar estruturas como glândulas lacrimais , músculos ciliares, córnea, mucosa olfatória, pele, conjuntiva da pálpebra superior, canto nasal, testa etc.
Nervo maxilar é mais forte que o nervo oftálmico é sensorial para a pálpebra inferior, mucosa nasal, dentes superiores, lábio superior e nariz, os ramos distais compreendem fibras pós-ganglionares que abastecem glândulas lacrimais, nasal e palatina, antes de deixar a cavidade cranial destaca-se o ramo meningeo para as partes basais da dura-máter. Relaciona-se intimamente com o gânglio pterigoideo palatino parassimpático e divide-se em:
Nervo zigomatico que inerva pele da região temporal e frontal juntamente com os nervos lacrimal frontal e auriculopalpebral. Não existe no gato.
Nervo mandibular tão forte quanto o nervo maxilar, porém ao contrário dos outros ramos do nervo trigêmeo é tanto sensorial quanto motor, fornece inervação motora para os músculos voltados para preensão e mastigação e ainda propicia inervação para a cavidade bucal, dentes, língua e mandíbula conferindo sensibilidade a estas estruturas. Divide-se em diversos ramos como nervo mastigador, massetérico, temporais, pterigoideos medial e lateral, bucal, auriculotemporal, alveolar inferior e nervo da língua.
Nervos abducente VI
As fibras desse nervo surgem da porção caudal do tronco encefálico, e como se trata de fibras eferentes, encontra-se próximo a linha média (mesencéfalo) e inerva músculo reto do bulbo, lateral e quarto lateral do músculo retrator do bulbo do olho, suas fibras origina-se no núcleo motor desse nervo nas partes dorsais da ponte, onde as fibras do nervo facial traçam um arco ao seu redor. Deixa a cavidade craniana juntamente com os nervos maxilar oculomotor e troclear através da fissura orbital.
Nervo Facial VII
Conhecido como nervo intermédio facial, essa denominação consiste na sua natureza composta. O componente intermediário é um nervo visceral sensorial com funções inclusive gustativa e motora (parassimpática) o componente facial é o nervo do segundo arco faríngeo cuja distribuição segue principalmente a musculatura mimética. Os nervos faciais e vestibulococleares emergem juntos na extremidade lateral do corpo trapezoide e correm dentro de revestimentos meningeos para o meato acústico interno. Os ramos emitidos ao longo do osso representa o componente intermediário e os ramos emitidos após deixarem o osso representa o componente facial. Do nervo facial originam-se vários ramos como o nervo petroso maior, composto principalmente de fibras parassimpáticas que formam sinapses no gânglio pterigopalatino. As fibras pós ganglionares inervam glândulas lacrimal nasais e palatinas. Nervo estapedio inerva músculo que tenciona a corda do tímpano. Há uma infinidade de nervos que irão inervar as diversas estruturas da cabeça, como nervo auriculopalpebral, que emite ramos que se unem com o trigêmeo e forma um plexo auricular dorsal etc.
Nervo Vestibulococlear VIII
Fornece apenas inervação sensorial; divide-se em meato acústico interno em suas partes vestibular e coclear, a parte vestibular está referente ao equilíbrio do indivíduo e o nervo coclear esta ligado com a audição. Seguem caminhos separados ate a parte petrosa do osso temporal para o componente vestibular e coclear do labirinto membranoso da orelha interna.
Nervo Glossofaríngeo IX
É um nervo misto tanto sensorial quanto motor, suas fibras surgem na porção rostral ou ventrolateral da medula oblonga, a partir das radículas rostrais que também da origem ao nervo vago e parte medular do nervo acessório. Combina-se com fibras relacionadas com estruturas do terceiro arco branquial com componentes eferentes (parassimpático) e aferentes viscerais importantes. É motor para estruturas musculares palatofaríngea e determinadas glândulas salivares e sensorial para mucosas para raiz da língua do palato e da faringe. Esse nervo segue para o forame da jugular e apresenta um gânglio que emitem ramos como o nervo timpânico onde participa com os nervos caroticos internos (simpático) e facial para qual o nervo segue para um gânglio óptico suprindo a glândula parótida. Destaca-se o ramo do seio carotico que terminam em barorreceptores no seio carótico e em quimioreceptores do corpo carotico. O nervo Glossofaríngeo possui ainda ramos faríngeos que compreende ramos para o músculo estilofaringeo caudal e ramo lingual que entra na língua paralelo a artéria lingual aos ramos dos nervos mandibular e hipoglosso. É sensorial para a mucosa da língua e motor para o músculo levantador do véu do palatino e glândulas do palato mole.
Nervo Vago X
É o nervo do quarto arco braquial contem fibras parassimpáticas que inervam vísceras cervicais torácicas e abdominais. O segundo componente confere distribuição mais ampla em todos os nervos cranianos. Forma parte de feixes que passam pelo forame jugular, possui dois pequenos gânglios que ficam dentro do forame e imediatamente externo a este e tem intima relação com o glossofaríngeo e acessório. O nervo glossofaríngeo volta-se rostralmente e o vago continua com o acessório e relaciona-se com o gânglio cervical superficial. Continua-se abaixo do músculo longo do pescoço em íntimo contato com o tronco simpático o qual se liga com uma bainha fascial comum na margem dorsal da artéria carótida comum e relacionada com a traqueia. O tronco vagossimpatico esquerdo tem um contato extra com o esôfago.
Os nervo Vago e Simpático se divide na entrada do tórax no qual o nervo vago continua mais ou menos horizontalmente através do mediastino até que se divide sobre o pericárdio em ramos dorsais e ventrais, estes unem-se com os ramos contralaterais formando tronco vago dorsal e ventral que entram no abdômen ao longo das bordas correspondentes do esôfago. Esses nervos dividem-se livremente participando com as fibras simpáticas na formação dos plexos que suprem as vísceras abdominais. Outras emissões significantes do nervo vago são ramo auricular, ramos faríngeos, laríngeos, nervo depressor para o coração. A porção torácica o vago emite ramos cardíacos, nervo laríngeo caudal.
Nervo Acessório XI
Pertence ao grupo do nervo vago compõe apenas de fibras motoras, mas recebe fibras simpáticas do gânglio cervical cranial e formado por duas raízes a cranial que se origina na parte caudal do núcleo  ambíguo da medula oblonga e deixam o nervo acessório para unir-se ao vago. As fibras da raiz espinhal possuem corpos celulares no núcleo do nervo acessório o qual se localiza a porção cervical da medula espinhal. Essas fibras deixam a medula espinhal no aspecto lateral e se combinam em um tronco que percorre a medula espinhal ate entrar na cavidade craniana pelo forame magno.
O ramo dorsal corre caudalmente sobre os músculos esplênio e serrátil ventral antes de suprir os musculos braquicefalico omotransverso e trapézio. O ramo ventral supre apenas músculo esternocefálico o qual penetra próximo a sua inserção cranial.
Nervo hipoglosso XII
É um nervo motor para os músculos intrínsecos e extrínsecos da língua que tem origem nos miotomos dos somitos occipitais. Deixa a face ventral da medula oblonga e passa pelo canal do hipoglosso antes de cruzar o grupo de nervos vagal e ramifica-se na massa lingual acalcando vários músculos.